Gramado cria cidade de neve para turistas

Projeto do vilarejo coberto com neve é da arquiteta Renata Benetti e remete à cidade na década de 1950 Crédito: reprodução / CP

Neve o ano inteiro para turista na Serra

Município busca apoio para viabilizar parque, orçado em R$ 8 milhões

O município de Gramado estuda a criação de um empreendimento inédito no Brasil. Utilizando tecnologia de ponta, a proposta é fazer nevar durante o ano todo na Serra gaúcha. O Parque de Neve Gramado foi idealizado por Paulo Machado e Pedro Henrique Bertolucci, ex-prefeito da cidade em quatro gestões. Para viabilizar a iniciativa, o município busca parceiros. O orçamento é de R$ 8 milhões.

Segundo o diretor comercial do empreendimento, Pedro Bertolucci, o espaço irá reproduzir a região central de Gramado na década de 1950. “Quando o turista entrar no parque, vai viajar no tempo ao encontrar um vilarejo coberto com 20 centímetros de neve. Estamos lançando a ideia e buscando parceiros para desenvolver o projeto”, diz. De acordo com ele, a proposta é entreter turistas e a comunidade local. “Podemos sim produzir neve real. Queremos oferecer a possibilidade de as pessoas conhecerem o fenômeno durante o ano inteiro, independente das condições climáticas. Não será uma estação de esqui, mas um espaço de lazer onde as pessoas possam brincar com a neve”, destaca.

O diretor técnico Paulo Machado explica que a produção utiliza um método biodegradável único e com alta preocupação ambiental. “O projeto é resultado de 25 anos de estudos. Vamos fazer neve utilizando nitrogênio, água e eletricidade. O sistema é o único que não polui no mundo porque não consome óleo diesel, além de utilizar a água da chuva. Toda a tecnologia foi produzida no Rio Grande do Sul”, diz Machado.

Conforme ele, serão recriadas todas as condições necessárias para a ocorrência do fenômeno natural: temperatura e umidade relativa do ar. No parque coberto, que terá área de mil metros quadrados, a temperatura irá variar entre 7 e 10 graus negativos. “Não vamos fazer gelo, mas neve em pó. O espaço de entretenimento irá comportar 350 pessoas simultaneamente”, afirma.

Correio do Povo



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10 respostas

  1. Será mais um entretenimento para o turista. Gramado já é bonita sem evento algum, fica deslumbrante durante o período natalino, com mais essa atração, uma cidade de neve para turista, será o apogeu! Concordo plenamente

  2. “O sistema é o único que não polui no mundo porque não consome óleo diesel” – e a eletricidade??? Cai do céu???? O gasto de energia vai ser enorme!!! Pessoal não se preocupe nem um pouco, mais vai detonando as próprias bases do turismo…. Na Europa (lá, sistemas deste tipo existem há décadas, só que funcionam quando a temperatura é quase certo para neve natural), há um lindo debate sobre esta problemática, aqui, ninguém pensa a respeito…

    E pensem bem – 1000 metros quadrados, com prédios e tudo (árvores artificiais, q coisa mais linda…), para 350 pessoas… muito espaço mesmo para brincar! Igual os peixinhos na latinha, só mais frio…para um ingresso de R$ 100 ou algo assim… Divertem-se!!!

    • Jorge – Como adivinhou o que eu estava pensando?!!
      – a questão do meio-ambiente ( eletricidade!!) e o tamanho do local ( 1000m2 para 350 pessoas !!! )
      Isso além , é claro, do gosto duvidoso de um projeto como esse…
      :o)

  3. Adorei a idéia! Iria trazer gente de todo canto do Brasil pra ver neve! Os 8 milhoes se recuperaria logo logo!

  4. Acho duas coisas estranhas nessa historia:

    Primeiro, por que reinventar a roda? Na europa e estados unidos existem ha decadas pistas de ski indoor com neve artificial. Tenho certeza que empresas europeias vendem esses equipamentos e tem knowhow para implantar um projeto completo.

    Segundo, por que fazer uma vila, em vez de fazer a pista da ski indoor? Parece que ninguem da prefeitura de gramado se da ao trabalho de ir na europa no inverno ver como se faz turismo pra frio.

    Mas fica o aviso: o ingresso pra essa vila vai custar uns 100 reais. Isso tendo como base o outro parque que tem na regiao e que cobra até 100 por uma unica atração.

  5. Prefiro muito mais essa cafonice do que a não-cafonice das serras catarinenses, que não tem atração nenhuma fora o frio.
    Pode ser cafona, mas por tudo o que Gramado oferece em atrações, urbanismo, infraestrutura, hotéis, cultura, gastronomia, e até mesmo sua Borges de Medeiros enfeitada… Gramado torna-se deliciosa de estar lá.

  6. Se levar em conta a competência da Prefeitura, a Copa no RS poderia ser em Gramado, e não em Porto Alegre (brincadeira meio séria).

  7. Gramado sempre se superando em sua cafonice. Mas dá dinheiro, pelo jeito. Tem quem goste.

  8. Aham, enquanto isso a enorme poa não consegue nem preservar um mirante num morro.

  9. Quem pensa grande e tem visão faz até nevar. É outro nível.

    Que diferença faz uma população e uma administração que compartilham um memso pensamento turístico.

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