A Capital da Resistência é a capital mais parada do país
Com receio de um veto do Executivo ao projeto Pontal do Estaleiro, os 20 vereadores favoráveis às mudanças se anteciparam e sugeriram a convocação de um referendo popular em caso de rejeição do prefeito José Fogaça. A proposta foi entregue ao próprio prefeito ontem à tarde. Mesmo cauteloso, Fogaça mostrou-se favorável à consulta.
A possibilidade de referendo ganhou espaço em reunião da Câmara de Vereadores na manhã de ontem. De acordo com o presidente da Casa, Sebastião Melo (PMDB), a consulta popular colocaria a decisão final acima dos poderes Legislativo e Executivo.
–Se a matéria é polêmica, então vamos consultar a nossa população, que está acima de tudo. O que queremos é desobstruir essa matéria para iniciar a discussão de outras, como os projetos da dupla Gre-Nal para a Copa do Mundo de 2014 – afirmou Melo.
Ao entregar o documento com a sugestão a Fogaça, Melo manifestou-se sobre a investigação instaurada pelo Ministério Público para apurar irregularidades no processo de votação do projeto. Na opinião dele, a discussão foi radicalizada e condenada de forma precoce.
–Esta casa (a Câmara) não tem o direito de ficar sob suspeita. Estamos sem respirar, engasgados. Por isso, levamos tudo que podíamos para a análise da promotoria – afirmou.
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Em caso de veto, para viabilizar o referendo, o prefeito deverá encaminhar o projeto novamente à Câmara sem alteração na redação. Apenas deverá incluir um artigo convocando uma consulta popular. A matéria precisa ser discutida pela segunda vez no Legislativo e submetida à apreciação – provavelmente da próxima legislatura, eleita no pleito deste ano.
Pelo proposto, os moradores da Capital escolheriam entre “sim” ou “não” ao projeto do pontal, a exemplo do promovido para opinar sobre a comercialização de armas no Brasil, em 2005. A idéia do presidente da Câmara, Sebastião Melo, é de que a votação seja realizada com o pleito de 2010.
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O advogado Milton Terra Machado está incumbido de defender a empresa BM Par Empreendimentos e entende que não há motivos para haver um referendo.
Zero Hora – Qual deve ser o futuro do Pontal?
Milton Machado – Independentemente do projeto votado, o futuro do Pontal será esse empreendimento. A construção desses edifícios está prevista em lei desde 2002. O que está em discussão é unicamente a possibilidade de incluir áreas residenciais. Caso o prefeito vete, a edificação na área sairá da mesma forma, porém sem residências.
ZH – Quais os planos se o projeto for vetado?
Milton Machado – Fazer o empreendimento, porém sem a ocupação residencial. Ninguém sabe que o projeto votado foi a possibilidade de se fazer uma área residencial lá.
ZH – E se for aprovado?
Milton Machado – Iremos construir o empreendimento misto. Pela proposta, que ainda não tem um projeto arquitetônico concluído, 54% da área será à população, inclusive com a construção de museus.
ZH – E como vê a provável convocação de um referendo?
Milton Machado – Se for confirmado, o referendo terá um objeto restrito. Somente poderá definir se pode ou não incluir no empreendimento áreas residenciais. A população não poderá decidir se terá ou não construção naquela região. Por isso, acredito que esse referendo seria uma heresia.
Milton Machado, advogado da BM Par Empreendimentos
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O referendo sugerido ao prefeito José Fogaça pelos vereadores que votaram a favor do projeto do Pontal do Estaleiro é o tipo de solução construída para não deixar ninguém mal. Vejamos:
1. Fogaça fica livre de sancionar um projeto que considera necessário discutir melhor;
2. Os vereadores da base governista não se desmoralizam com o veto a uma proposta que defenderam com tanta convicção;
3. A população terá tempo para debater à vontade e votar em outubro de 2010;
4. Os empreendedores ganham porque a provável aprovação dos projetos do Inter e do Grêmio, com prédios bem mais altos do que os do Pontal, retira argumentos de quem é contra o projeto.
Rosane Oliveira
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“(votação popular) Deve ser sobre toda a orla”
Entrevista: Paulo Guarnieri, secretário-geral do Fórum de Entidades
Zero Hora – Qual deve ser o futuro do Pontal?
Paulo Guarnieri – A expectativa é do veto, confiamos no prefeito. Ele já acolheu nosso pedido de receber uma comissão do fórum. Ele vai perceber a diversidade das organizações que estão no fórum.
ZH – Quais os planos se o projeto for vetado?
Guarnieri – Ainda não discutimos no fórum. Posso colocar minha opinião: penso que, vetado, o próximo passo em defesa da orla é a luta pela aprovação do plano diretor com um plano de uso geral da orla com muita participação popular. Não tem cabimento aprovar projetos especiais antes do plano geral.
ZH – E se for aprovado?
Guarnieri – O movimento vai contestar isso de todas as formas possíveis. O movimento popular, quando se sente acuado, não abre mão de nenhuma forma de luta.
ZH – E como vê a provável convocação de um referendo?
Guarnieri – Não concordamos com um referendo específico para esse projeto. Nada pode ser feito unicamente em cima de um projeto pontual. Essa consulta popular deve ser realizada em cima de toda a orla do Guaíba. Portanto, concordamos com a legitimidade de um referendo, mas ele precisa considerar os 72 quilômetros de orla.
Zero Hora
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Ontem à noite, no programa de Clóvis Duarte, ele falou que nessa cidade nada acontece, que aqui se discute, se discute se discute se discute se discute se discute e não se faz nada, a cidade está sempre parada , que querem que o morador do Bairro Itu Sabara decida como deve ser a vida dos moradores do Cristal, que Porto Alegre é a Capital do Assembleísmo.
E mais: isso desqualifica a legitimidade da Câmara. Agora tudo que a Câmara decide fica desqualificado? sob suspeita? tudo que a Câmara decide soberanamente deverá ir para plebiscito?
Falou que todas as capitais brasileiras se reinventaram, melhoraram, tornaram-se melhores, e no mundo tambem há “n” cidades que fazem e acontecem, mas que Porto Alegre há anos está afogada em discussões, discussões, mas que não se decide nada. Por isso a Capital da Resistência está PARADA e torna-se cada vez mais desinteressante.
Ricardo Haberland
Categorias:ORLA, Pontal do Estaleiro, Zona Sul
para mim seria muito bom quye o rio quaiba voce como no rio de janeiro uma praia para todos os port alegre se que possams ter belo qualsa dão sem nada pera do rio que podemos ver por do sol que a avenida beira rio voce ate belem novo pela beira rio como e o probio progeto diretor seria muito bom para turimos daria otimo retorno financeiro para a cidade em fim pois nenhum turista ficão em porto alegre vão direto para santa catarina tem fazer mais trabalho para a cidade menas politica um abraço de um gaucho que quer ver porto alegre bonita para todos.
PORTO ALEGRE
O CENTRO ESTA MUITO MAL CUIDADO
DEVE SER FEITO
REFORMA OU PINTURA EM ALGUNS PRÉDIOS, AS RUAS ESTREITAS DO CENTRO, PORQUE NÃO TORNÁ-LAS SOMENTE PARA PEDESTRES, AO INVÉZ DE ASFALTO COLOCAR UM PISO BONITO, O MURO DO CAIS PINTADO, VIADUTOS E PASSARELAS TODOS COM PINTURA, TRABALHO EDUCATIVO ATRAVÉZ IMPRENSA NÃO JOGAR LIXO, SACOLAS NA RUA, MUITA LIMPEZA, PRAÇAS COM PISO, GRAMA E FLORES, AMPLIAÇÃO REDE METRÔ OU AEROMÓVEL, O SETOR PÚBLICO ABATER DO IPTU AS DISPEZAS FEITAS POR PARTICULARES EM REFORMAS, PINTURAS E OUTROS (PASSAR ATRAVÉZ CÂMARA), IMPRENSA ENSENTIVANDO MUITO…
OS LUGARES MAIS FEIOS DEVEM SE TORNAR OS MAIS BONITOS.
PREPARAR PORTO ALEGRE PARA O TURISMO.
ESTÁ MAIS DO QUE NA HORA DE TOMAR PROVIDÊNCIAS.
ESTAMOS SENDO ULTRAPASSADOS POR MUITAS CIDADES EM QUALIDADE E HABITANTES.
CONSTRUIR TORES, HOTEIS E OUTROS.
WALTER HAAKE – MIRIM DOCE – SC – OBRIGADO
Acontece que so tendo comerciais, tambem nao sera construida a area publica.
Em outras palavras, os ecoxiitas nao vao conseguir impedir o Pontal, mas vai conseguir tirar o acesso da populacao à orla, caso nao se aprove o projeto.
Acredito que construirão mas apenas comercial conforme aprovado em janeiro de 2002, acho q poderá até ficar melhor, prédios comerciais tendem a ser mais bonitos q os residenciais. Mas o que fica dessa história toda é a ignorância, a manipulação dos fatos, o ódio político e a insensatez desses pseudos intelectuais que não querm o progresso da nossa cidade. Enquanto isso a Multiplan construirá 16 prédios RESIDENCIAIS ali perto, na área do Jockey e ninguém acha ruim, tem coisas que não dá pra entender, talvez o fato dessa empresa sera maior doadora privada das campanhas a prefeito de oposição e situação explique.
Pessoal da bmpar, porque vocês não vão investir em cidades que querem se desenvolver ? Porque Porto Alegre ? Esta cidade quer ficar no meio do mato, sem desenvolvimento e criar novos parques na orla para os mendigos tomarem conta durante o dia e os ladrões tomarem conta a noite. Ou alguém em sã consciência vai passear na orla a noite ou mesmo no cair do dia ?
Plebiscito pra decidir isso ? Sem lógica ?
Meu Deus, em qualquer lugar do mundo desenvolvido esse projeto iria sair sem nenhuma repercussão como teve esse empreendimento.
Não tem lógica nenhuma !!!
A cidade e sua população deveria se preocupar com coisas mais importantes e não travar, impedir o embelezamento da cidade. Tomara que aquilo continue um matagal, abandonado, com drogados e mendigos. Porto Alegre não merece empreendimentos bonitos e muito menos sua orla bonita e desenvolvida. Isso é coisa pra outras cidades do mundo. Os xiítas contra-tudo vão todos os finais de semana do verão pra Punta Del Este e vão passar as férias em cidades como Santiago do Chile, Miami, cheias de arranhacéus, só pra citar três cidades entre as preferidas dos porto-alegrenses hipócritas que não querem ver sua própria cidade se desenvolver e são cegos, pois não conhecem e não vêem os projetos que criticam.
Se for para plebiscito, imagina quanto tempo vai demorar pra começar a obra.
Fazer um plebiscito pra decidir se deve ser prédios comerciais ou residenciais no local é algo sem lógica.
Maravilha.
Por favor, vetem a alteração da lei. Deixem que apenas comerciais sejam construidos. Espero que a BM Par construa vários “espigões” na área do estaleiro, de cor amarela e totalmente sem vida, já que hoje isso é permitido.
Talvez assim, e apenas assim, as pessoas tentem se informar das coisas antes de assumir o seu discurso “pseudo-esquerdista”, “pseudo-ambientalista”, “pseudo-revolucionário” e ser contra qualquer coisa que aparecer na frente.
Talvez apenas olhando pra “espigões” de verdade na beira do guaíba, mas aqueles de causar nojo em qualquer lugar do mundo, as pessoas comecem a se tocar da quantidade de oportunidades que já foram perdidas devido a mentalidade provinciana que se instalou aqui e parece não querer se mudar.
É cansativo. É triste, mas realmente torço pra que o representante da BM Par não esteja blefando e o empreendimento seja realizado, mesmo que apenas comercial. Que sejam construídos os verdadeiros espigões.