O anúncio da instalação de um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) no sul do Estado, combinado a uma usina térmica, obrigou as lideranças de Rio Grande a repensar as ações de planejamento.
Em menos de três anos, a cidade do maior porto gaúcho viu surgir investimentos como o Dique Seco, a fábrica de cascos e a construção e montagem de plataformas oceânicas. Agora, o município, que buscava avançar no crescimento para acomodar as mudanças provocadas pelo pólo naval, terá de se desdobrar para receber o empreendimento energético de US$ 1,25 bilhão.
Com o novo complexo de gás natural, as primeiras projeções apontam a geração de 5,2 mil empregos diretos e indiretos na fase de obras.
Cumprindo agenda em Porto Alegre ontem à tarde, o prefeito Janir Branco (PMDB) ainda não tivera a chance de reunir-se com o seu grupo de trabalho para definir os próximos passos.
– O empreendimento será muito mais ligado ao uso da tecnologia do que à mão-de-obra – antecipa, destacando que a Universidade Federal do Rio Grande deverá cumprir papel importante no apoio ao complexo.
O presidente da Câmara de Comércio de Rio Grande, João Nélson Touguinha, concorda que a cidade se vê obrigada a se expandir.
– Estamos passando por um ciclo de rotatividade de empreendimentos, e a cidade está se preparando como pode – avalia, em tom positivo.
– Ainda há incertezas sobre a tipificação da demanda que irá surgir no setor de gás natural, até então inédito para nós – confessa o presidente do Centro de Indústrias de Rio Grande, Paulo Edison Pinho. – Mas estamos aperfeiçoando os setores imobiliário, habitacional e de trânsito, e a nossa posição geográfica já nos beneficia naturalmente, o que facilita a vinda de outros projetos – completa.
Os secretários estaduais de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade, e de Desenvolvimento, Márcio Biolchi, visitam a Câmara de Comércio de Rio Grande hoje acompanhados de uma equipe técnica da Gás Energy New Ventures. Depois do almoço, a comitiva se desloca ao Distrito Industrial, onde conhecerá o local das futuras instalações da planta de GNL.
ZH, 18/12/2008
Rio Grande é o novo eldorado gaúcho! Se bobear, se transformará no maior pólo industrial do Estado. Muito bom para a zona sul do RS, que finalmente ve uma oportunidade de se desenvolver. Com certeza, num futuro não tão distante, estará se formando a região metropolitana de Rio Grande / Pelotas.
Porto confirma dois empreendimentos
O estaleiro do grupo Wilson, Sons será destinado à fabricação de pequenas e médias embarcações de apoio à plataforma marítima. A obra demandará investimo de US$ 60 milhões.
A WTorre construirá estaleiro de suporte à construção de plataformas e de embarcações de apoio às necessidades industriais do Estaleiro Rio Grande 1 (ERG1 – Dique Seco).
ZH
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