Ela tem 50 anos completados recentemente e um histórico de muitos e prestimosos serviços prestados ao Rio Grande do Sul. Esse currículo, porém, não é o bastante. É consenso que ela precisa de uma parceira. A Ponte do Guaíba já está sobrecarregada de trabalho. Foi para conferir a apresentação da maquete da nova ponte pela Concepa, que autoridades do Estado participaram de solenidade na Assembleia Legislativa (AL), nesta quinta-feira.
No encontro, em que estiveram presentes o líder da Frente Parlamentar Pró-Ponte do Guaíba, deputado estadual José Sperotto (DEM), o presidente da AL, Alceu Moreira (PMDB), o senador Sérgio Zambiasi (PTB), o diretor-presidente da Concepa, Odenir Sanches, entre outros deputados e prefeitos, foram apresentadas dimensões da nova construção. A nova ponte terá 2.280 metros de extensão, 16 metros de largura, uma pista por sentido, 40 metros em seu maior ponto de altura livre e ocupará uma área total de 61.806 metros quadrados. Apesar do projeto estar pronto, não existe previsão do início das obras e nem se elas ocorrerão.
“Essa será a obra de maior importância social e econômica para o desenvolvimento do Estado. A proposta já foi apresentada ao governo federal, basta o governo estadual tomar a frente nas ações”, afirma Sperotto. Para o senador Zambiasi, a ponte atual não satisfaz mais sozinha as necessidades do Estado. “Até pouco tempo atrás nós não dimensionávamos a importância da ponte. Nós não nos dávamos conta de que por sobre ela passam um milhão de veículos por mês. Nós queremos que essa velha ponte continue prestando seus serviços, mas queremos que, ao lado dela, seja construída uma alternativa segura para que o Rio Grande do Sul cresça e se desenvolva sem riscos”, destaca. Somente em 2007, o vão móvel da atual ponte ficou içado por 199 horas e 47 minutos, impedindo o tráfego de veículos.
Para o senador, o modo e por quem será feita a obra não são o mais importante. “Nós queremos a ponte, seja ela construída pelo governo federal, seja se o governo entender que deve ser feita uma parceria com a concessionária. O importante é que a obra, que será, indiscutivelmente, a obra do século no Estado, saia”, enfatiza.
O presidente da AL destacou o fato de a obra se pagar em pouco tempo. “Essa ponte se paga em cinco anos. O prejuízo que temos sem ela, a cada cinco anos, paga o que será gasto com a construção. Nós temos que encontrar uma solução inteligente para essa questão de quem fará a obra. Por que não ser feita uma parceria entre o governo federal e a concessionária, com cada um investindo uma parte dos recursos?”, questiona.
De acordo com o diretor-presidente da Concepa, a construção da nova travessia dispenderia um investimento de R$ 250 milhões. “Como concessionária nós temos que olhar a situação como um todo. Se tivermos a possibilidade de o prazo de concessão ser prolongado, nós faremos a ponte. Nós não sabemos ainda de quanto tempo seria esse aumento no prazo de concessão, mas ele variaria de acordo com a pressa que se tem para que a construção seja feita”, diz. A concessão da BR-290 para a Concepa se encerra em 2017. Segundo Sanches, depois de liberadas todas as licenças ambientais, a ponte levaria dois anos e meio para ficar pronta.
Jornal do Comércio, 30/01/2009
Categorias:Nova ponte Guaíba
Sérgio Zambiasi
Pioneiro na defesa da construção da segunda ponte, o ex-senador Sérgio Zambiasi chegou a ouvir da presidente Dilma Rousseff que diante do seu esforço, “a ponte deveria chamar-se Sérgio Zambiasi”.