
Nations Cup - Match Race, em Porto Alegre
Essa semana Porto Alegre teve dois eventos que me chamaram a atenção: o show de Nando Reis e a etapa final da Nations Cup de Match Race. Porquê? Por serem dois belos eventos que poderiam perfeitamente serem mais comuns na capital – e com magnitude muito maior.
Vários setores se queixam que, no verão, o movimento cai muito. Hotéis vazios, lojas vazias, taxistas parados. O faturamento de todo o comércio despenca no verão. Chega-se à situação de assistirmos vários grandes restaurantes e bares facharem ( ! ) .

Nando Reis em Porto Alegre - Foto: Gilberto Simon
Esse quadro foi o principal motivo alegado para a criação do Liquida Porto Alegre: tentar dar uma aquecida na cidade-fantasma que a capital se transforma.
Pois bem: muitos gostam de afirmar que Porto Alegre é uma cidade roqueira, mais européia (…) , não tendo expressão em manifestações culturais mais tropicais. Não vou discutir se isso é preconceito ou não, pois minha idéia é propositiva: porque Porto Alegre não inventa um grande festival de verão? E no Anfiteatro, um lugar bonito e com bela visão do Centro, do Centro Administrativo, e na orla… Um festival grande e de expressão nacional. Que atraia muita gente de todo o RS e de todo o Brasil. Como o Festival de Verão, de Salvador. Como o Planeta Atlântida, no nosso litoral. Como os saudosos Hollywood Rock, dos anos 80.
Ricardo Medina, que criou o Rock in Rio (que tem edições até em outros países, como Portugal), poderia ser contratado para executar o evento. Porque não?
Um grande festival de Rock no verão, que virasse atração no Brasil inteiro, atrairia muita gente e turistas, e movimentaria a cidade no verão, como alguns queriam com o Fórum Social Mundial todos os anos aqui.
Seria uma grande festa e um programa muito legal as pessoas pegarem seu chimarrão e rumarem para marinas, bares, parques, para topo de prédios e de hotéis, para a orla toda, para assistir ao espetáculo. Concomitantemente haveriam eventos paralelos, tendas, atrações diversas na orla e nas marinas, para assistir ao belo evento esportivo.
E, claro, essa etapa da regata também deveria ser amplamente divulgada em todo o Brasil, da mesma forma que outros eventos brasileiros o são.
Nenhuma dessas idéias precisa de mudança de leis.
Basta haver empreendedorismo.
Ricardo Haberland
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