Sou um dos idealizadores do projeto Memorial de Ipanema (www.memoriasdeipanema.com.br). Outro dia, durante roteiro com o fotógrafo Ricardo Stricher, descobri que o Morro do Sabiá foi privatizado. Não é mais possível visitá-lo, porque o Colégio Anchieta trancou o portão de acesso. Apenas alunos, com visita marcada, frequentam o local em atividades desportivas e outras.
O cidadão comum não pode mais subir o morro, nem descer a famosa escadaria de trocentos degraus que dá acesso à praia, ou percorrer as trilhas que seguem do topo em direção à beira d’água.
Caco Belmonte
Morro do Sabiá – Wikimapia
Categorias:ORLA
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Gilberto, o Morro do Sabiá, mais precisamente a “Casa da Juventude”, que ocupa parte do morro, pertence a Sociedade Antonio Vieira, mantenedora do Colégio Anchieta desde a década de 50 do século XX. Segundo o Plano Diretor de Porto Alegre, a totalidade da área do Morro do Sabiá está gravada como “Parque Natural”, ou seja, não é permitido que lá se faça condomínios residenciais ou coisa do gênero. Frequentei muito o Moro do Sabiá quando fui aluno do Anchieta nos anos 60 e 70 inclusive dormíamos lá no alojamento. Sempre foi área privada, durante um longo tempo a manutenção era precária e o acesso era mais liberado, porém depois o Colégio investiu (muito) em manutenção do campo, do ginásio e de toda a infraestrutura existente e, evidentemente o acesso é limitado. è possível reservar o espaço para grupos, de preferência ex-alunos do Anchieta. E se pode afirmar com certeza de que o Morro ainda tem a sua vegetação nativa totalmente preservada graças à manutenção e o cuidado dado pelos padres.
Bom saber disso Roberto. Eu cheguei a ir lá quando criança. Algumas décadas atrás. Se a iniciativa privada está cuidando do local não vejo problema. Mas por outro lado, é uma pena que a população em geral não possa usufruir. Eu lembro que tinha um tipo de restaurante la e íamos com meus pais tomar café e comer doces, principalmente aos domingos.
Se tiver fotos lá do local e puder mandar, fique a vontade.
Nosso e-mail: blog@portoimagem.com
Que bom que a iniciativa privada está cuidando do local e mantendo a preservação do ambiente natural cada vez mais ameaçado pela especulação imobiliária de entorno. Mas é uma pena a populacao não poder visitar. Acho que com planejamento, segurança, limitação do número de visitantes por dia e todas regras necessarias se poderia aliar preservação e contato das pessoas com o meio ambiente. Nuncs vou esquecer das tardes passadas no morro com meu pai e irmã.
Frequentei o Morro do sabiá desde os meus 2 anos e meio de idade junto ao meu irmão mais velho, ele e os amigos dele alugavam e jogavam no campo de futebol desde os 16 anos isso nos anos 70, até que lá pelo inicio dos anos 2000 começaram a reformar a estrutura do ginásio de esportes, dos dormitórios e a reforma no campo que grama tinha muito pouca, disseram que seria algo provisório mas infelizmente foi algo que se tornou permanente pois após serem realizadas todas as reformas nunca mais foi liberada novamente a locação do espaço mesmo após várias tentativas através de reuniões com os responsáveis pelo comando do Anchieta, O mesmo foi fechado e seu acesso não mais permitido, uma pena pois além de nós que jogávamos tinha sempre um grande movimento de pessoas visitando e usufruindo do local e do restaurante, uma pena um colégio tão bem visto como o Anchieta fazer de lá um local elitizado e de desuso o lugar onde eu convivi praticamente todos os sábados de minha vida por mais de 20 anos, hoje tenho 39 anos e assim como todos os amigos da turma do meu irmão sinto muito a falta do local e de tudo que me proporcionou, Quem sabe um dia desses os padres que comandam o colégio se deem conta do mal que estão fazendo para a população em geral que Porto Alegre de não poder conviver com um local tão cheio de vida e opções de entretenimento para todos.
Estou de acordo com o Guilherme 2. Querem valorizar a orla, então continuem o calçadão de Ipanema; Tem mais, os invasores de um terreno particular que fica ao lado do Ipanema Esporte foram despejados por ação jucidial. Para onde foram? para o pé do Morro do Sabiá, ali onde tem uma ponta com pedras bonitas. Tem mais de 100 pessoas fazendo barracos no meio da mata, roubando luz dos postes das ruas próximas, jogando toneladas de lixo, tipo sofás, pneus, móveis velhos cheios de pregos, plásticos etc, etc, etc. Já comunicamos a Prefeitura, mas não acharam nas margens. Claro, estão entocados no mato. Meu vizinho que mora defronte ao Guaiba, já presenciou os caras puxando fumo, fazendo sexo, vendendo drogas, e lá vai. Até estupro já houve ali. Andaram roubando bicicletas na nossa rua, chamamos a BM , foi dois brigadianos lá e contaram, há dois meses atrás, 15 barracos, e cada vez vem mais gente. Socorro!
Já passou da hora de exigirmos a construção da AVENIDA GUAÍBA, completa, em seu projeto original, que circunda toda a orla de Porto Alegre, entre a Tristeza e o Guarujá.
Caros, contado assim a notícia traz muita indignação, pois como uma área pública pode ser privatizada? A verdade é que a área, outrora área rural, já pertencia aos Jesuítas e todas as benfeitoras, estradas, caminhos, construções, a infra estrutura existente foi bancada pelos Jesuítas e em termos de conservação ambiental, foi muito bem preservada. Para o acesso da população hoje, o município pode solicitar seu tombamento e ressarcir os prejudicados. Uma questão do Povo se organizar, querer, pedir e ganhar!
Só lembram porque é cuidado, só é cuidado porque é privado.
Se houvesse um monte de maloca, com narcotraficantes, ninguém estaria reinvindicando… Olha há uma região do bairro Ponta Grossa (depois do Guarujá), tinha tudo para ser linda… mas não…é só maloca, assim…pelas suas visitações ninguém luta. Sou contra privatizações de bens desse gênero… Mas pensem, se não fosse a famigerada comunidade escolar.. não estariam aqui todos lembrando “de como era bom ir lá quando criança” … eu tive a mesma experiência em Ivoti/Dois-irmãos… ia lá quando criança… esses tempos fui visitar… dei meia-volta… só maloca e “batidão”, lata de cerveja pra todos lados etc. … ao menos o anchieta estivesse por lá… algum dia estaria garantido o acesso, já que restaria preservada a natureza…
Tá Felipe, malocas não pode, mas mansões de ricaços e condomínios de luxo que estão tomando conta dos morros da zona sul podem? Não sabemos na real como está o local atualmente, afinal, ninguém mais pode entrar não sendo um burguesinho do Anchieta. Passei minha infância indo lá!! Adorava esse local, gostaria tanto de levar meu marido e um dia meus filhos para conhecê-lo, mas graças a prefeitura e ao Anchieta isso será impossível. Eu não acredito que não pudessem ser realizadas ações de preservação e educação ambiental no local sem ser privatizado! Como é que no Morro do Osso funciona?
Estudei no Anchieta, moça. Quer parar de repetir “burguesinho”?
Em tempo: lamento muito que o Morro esteja fechado, lamento profundamente.
Com a palavra a SMAM… para confirmar se a área realmente passou à ser particular e o porquê…Ney
Ha ha ha!!!!! Infelizes daqueles que acham que as instituições religiosas são boas… pobres seres humanos que nem vendo diante de seus olhos as atrocidades históricas e a falta de respeito com os mais pobres, e a não divisão de seus bens milionários acumulados durante o tempo… Que vocês fiquem assim mesmo chateados e quietos perante as religiões, aos que temem só resta o silencio!
Concordo com vc, Jose.
Isso deve ser discutido mais a fundo.
O Colégio Ancheita deveria se explicar, a prefeitura de Porto Alegre se justificar e o Ministério Público estar incluído nessa discussão.
Será que não há nada que possa ser feito afinal? Ao que tudo indica a cedência (ou venda, ou seja lá o que for o nome disso) ao Anchieta ocorreu silenciosamente, não deixando espaço para nenhum tipo de manifestação. Acredito que deveriam haver regras para a conservação e manutenção da limpeza da área, mas tirar um espaço público de uso dos cidadãos é completamente errado. Não é assim que se protege e conscientiza. Atividades de educação ambiental sim deveriam ter sido pensadas. Acho que é o caso sim do ministério público. O problema é que o “outro” lado tem dinheiro …
Gramo, me parece que se trata de uma area rural, um sítio privado, de propriedade dos Jesiítas ou da CPM do Anchieta, Há de verificar no registro de inóveis a real propriedade e dimensões. Mas não é loteamento e os caminhos antigos construídos devem ser da iniciativa privada. Ou seja, parece que a Prefeitura não tem muito a ver com a restrição/permissão. Se estiver enganado, então sim acionar o Ministério Públco, através de uma associação de bairro.
Minha indignação também fica aqui. Como acho que é difícil reverter o livre acesso, minha sujestão e pedido é aos Padres Jesuitas, donos do pedaço: Imagino que sujeira e muito lixo era depositado por visitantes não identificados além de prejuizos à segurança e propriedade lá estabelecida. Porque não abrir as portas para reservas de pessoas identificadas que paguem pelo desfrute de um recanto conservado e seguro. O espaço tinha abrigo para desenvolvimento de atividade de grupos em retiro e um restaurante de economato. Não sei se isso foi descontinuado, no entanto é um local que bem administrado, pode contribuir ao desenvolvimento social e ao lazer em Porto Alegre. E pelo que me consta os Jesuitas não copiam o avestruz que ao medo enfia sua cabeça ao chão! É meio infantil querer esconder aquele pedaço! Para mim essa história deve estar mal contada!
Que decepção ter uma área natural privatizada para poucos desfrutarem. Qual será o argumento da prefeitura para permitir que uma instituição particular use como bem entender um espaço que é da comunidade porto alegrense ??? Aos poucos a prefeitura, sorrateiramente, vai entregando, loteando e bagunçando. O que é do meio ambiente tem que ser preservado e valorizado. Só quando as pessoas, e principalmente os mais jovens, sentem-se donas do espaço é que tomam consciência da importância de conservar as espécies nativas da fauna e da flora. LAMENTÁVEL !!!!
Assim vai o portinho de mal em pior, o morro Embratel não da para subir como o morro Santa Teresa porque tem favela, o morro do osso lado Vila Conceição porque foi entregue aos indios, o filho de um amigo já foi ameaçado de revólver, agora o Morro do Sabiá de aqui a pouco vai ser o Calçadão de Ipanema, etc….
É um absurdo mesmo uma coisa dessas!! Um dos poucos locais naturais de Porto Alegre, de contato com o Guaíba, privatizado por um colégio de burgueses cheio da grana, para que filhinhos de papai se divirtam uma vez por ano!! Que nojo que me dá isso!! Que raiva! Que nojo a prefeitura de Porto Alegre ceder em tudo quando lhe molham a mão! Por que ninguém se mobiliza contra um treco desses??? Porque no Brasil as pessoas aceitam tudo?? se isso fosse na Europa, as pessoas moveriam céus e terra em vez de aceitar caladinho e só ficar triste.
O pior ainda virá. Ouvi falar que a sede campestre da Fundação Rubem Berta será vendida e como a Vila Clotilde ao lado já é de particular, dentro em breve tudo aquilo será um Condominio Residencial a exemplo do que já ocorre ao lado.A população deve se organizar para que toda aquela área seja protegida.
Registro aqui minha indignação pelo fato de terem permitido a privatização do morro do sabía, quando criança eu me lembro de tê-lo visitado diversas vezes e agora sou impossibilitada de visitá-lo é uma área publica, é um absurdo terem fechado para um colégio particular, temos de fazer alguma coisa, não é possível permanecer desta forma, me coloco a disposição para fazermos alguma coisa.
Que saudade da época do colegio e piqueniques nesse local. Gostaria de saber se é possivel privatizar um morro. Penso em comprar o morro santa tereza, será que deixam???