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Parece não haver planos ; quando há , moradores rejeitam grandes obras
Esse é um projeto dos alunos de pós graduação de arquitetura da Ufrgs para a orla da Assunção, na área do antigo boteco Timbuca:
E essa é a situação hoje:
“Morador do bairro’ Tristeza, passo com frequência pela frente do antigo Timbuka. Já levei ao local amigos que visitavam Porto Alegre, e passei vergonha ao dizer que aquele local seria ótimo para ver o Guaíba e o famoso cair do sol.”
Do emblemático 10 de abril de 2008 até hoje, nada mudou na área do antigo Bar do Timbuka, junto ao Guaíba, na Vila Assunção. A remoção do último estabelecimento do gênero localizado na orla da região está prestes a completar dois anos sem que a prefeitura apresente o projeto que pretende dar cara nova à área.
No local, a base de concreto do prédio é o único resquício de que por ali havia um movimentado bar. No entorno, mato e lixo fazem parte da paisagem atual. Apesar da falta de infraestrutura, a área abandonada às margens do Guaíba segue atraindo admiradores do belo pôr do sol e das águas calmas.
Na época da demolição, autorizada pela Justiça, a prefeitura chegou a anunciar que pretendia construir um trapiche, com quiosque, concha acústica e espaço de convivência no local. Com a resistência da população, acabou arquivando a proposta.
O novo projeto, concluído pela equipe da Secretaria do Planejamento Municipal (SPM) e outros órgãos no ano passado, é mantido em sigilo há meses. Ele contemplará calçadão, com bancos e mureta de proteção contra quedas no Guaíba. Não haverá quiosque. A proposta é baseada no desejo da comunidade local.
– Acho estranho que a SPM mantenha sigilo sobre o projeto, já que segue a vontade dos moradores – afirma um alto funcionário da prefeitura que prefere não se identificar.
Oficialmente, ninguém fala sobre o assunto. Procurada pelo ZH Zona Sul por três dias seguidos, a SPM não deu retorno. A reportagem pediu entrevista com os arquitetos Marcelo Allet e Ada Schwartz, que integram o grupo de trabalho (GT) Orla e estão por dentro do projeto, mas não teve o pedido aceito. A assessoria de imprensa informou que o secretário Márcio Bins Ely falaria sobre o assunto, mas ele não retornou as ligações.
“A falta de ação faz parte do reacionarismo do Rio Grande do Sul. Sempre tem alguém contra o que se pretende fazer.
No Rio, onde já morei, eles fazem e acontecem”
Eduardo Caminha, 47 anos, publicitário
Cronologia |
2008 |
8 de fevereiro: no ZH Zona Sul, o então secretário do Planejamento Municipal, José Fortunati, comemora a reintegração de posse da área onde se situava o Bar do Timbuka, garantida na Justiça, e afirma que não havia projeto final para substituir o bar. |
10 de abril: depois de mais de 40 anos às margens do Guaíba, o Timbuka é demolido por ordem judicial. Na época, a prefeitura anunciava que pretendia construir um trapiche com quiosque , concha acústica e espaço de convivência no local. |
22 de abril: em audiência, a comunidade se mostra contrária à proposta da prefeitura. O projeto acaba arquivado. |
30 de abril: o Clube de Mães da Vila Assunção pede ao Programa de Pós-graduação da Faculdade de Arquitetura da UFRGS um projeto paisagístico para a área. |
13 de maio: audiência pública debate a revitalização da área. |
7 de julho: o projeto elaborado pelos arquitetos Fernanda Schaan, Lilian Freitas de Souza e Rafael Carvalho, na disciplina de paisagismo da UFRGS, é apresentado a representantes da comunidade e da Secretaria de Planejamento Municipal (SPM). |
16 de julho: técnicos da SPM começam a fazer levantamentos topográficos na área. |
19 de dezembro: no ZH Zona Sul, a prefeitura informa que aguarda uma parceria público-privada para investir no local ou tentar verba do Ministério do Turismo, com a possibilidade (depois confirmada) de a Capital ser uma das subsedes da Copa de 2014. |
2009 |
30 de janeiro: técnicos da SPM e arquitetos da UFRGS dão início a uma série de reuniões. O estudo preliminar para a área elaborado na universidade é encaminhado à SPM, sofre alterações e é finalizado nos meses seguintes. |
2010 |
26 de janeiro: ZH Zona Sul retoma contatos com a SPM, mas não obtém retorno sobre o novo projeto |
ZH Zona Sul
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Jonathas perguntou: “Até quando uma minoria seguirá prejudicando a maioria?”
A resposta é: durante muito tempo. Essa conclusão é baseada nos sinais que temos hoje. Há algo sinalizando alguma mudança no modo de agir e na cultura portoalegrense? Não.
Mas e a Copa do Mundo? Você viu alguma mudança na cultura portoalegrense nos ultimos tempos? A consulta popular do Pontal foi feita no fim do ano passado, e o apoio popular ao empreendimento foi aquilo que sabemos.
Há projetos para a orla de Porto Alegre? Até agora, 2010, não há projeto nenhum para nossa orla – e nem mesmo se fala nesse assunto.
Continua-se a ver maniosfestações provenicianas ou xiitas na cidade no tocante a orla? Sim, como sempre.
Concluindo, é percebida alguma nova tendência no modo de pensar portoalegrense no sentido de desejar uma nova cidade? Olha, até hoje só se fala em Gremo, Inter, Copa, e só, com as pessoas lembrando sómente de futebol e de copa. Não se vê as pessoas lembrando de construir uma nova cidade. Não vê as pessoas desejando mudanças. Nem orla com bastante coisas legais.
Ao contrario. Em todas as vezes que alguem lembra algo, como no cado da primeira torre panorâmica portoalegrense (na Diário de Notocias) os moradores já vem gritar que não querem nada na orla. Na Assunção a prefeitura pensou em fazer píer e concha acustica, e os moradores já vieram gritar contra empreendimentos de novo.
Você vê os moradores virem gritar e protestar que querem coisas novas, empreendimentos novos, orla desenvolvida?????????????????
Até quando uma minoria seguirá prejudicando a maioria?
Toda vez q se anuncia um projeto com muita antecedência, acaba dando tempo pros contra-tudo protestarem e inviablizarem, então deixa esse ser tocado na moita mesmo.