Todos serão beneficiados
Um projeto ousado, orçado em quase R$ 2 milhões, tem mobilizado as prefeituras de Tramandaí e Imbé. As duas cidades querem iniciar até o próximo verão a construção de uma nova ponte para pedestres sobre o Rio Tramandaí – a anterior foi demolida em 2002, por problemas na infraestrutura.
A ideia de fazer ressurgir a Ponte da Sardinha vem sendo defendida há cerca de um ano, mas sofreu uma grande mudança desde então. Inicialmente, os dois governos planejavam a construção de uma ponte pênsil no local, com estrado de madeira, mas acabou-se optando por uma do tipo estaiada (veja imagem ao lado).
– Se a ponte fosse pênsil, teríamos um problema de movimentação excessiva. Com a estaiada, garantimos o conforto dos usuários – disse o engenheiro civil Gilberto Gheller, um dos responsáveis pela execução do novo anteprojeto.
A proposta foi finalizada ainda no ano passado. Agora, a empresa que presta consultoria às prefeituras trabalha para concluir o projeto executivo, no qual serão detalhadas todas as etapas da obra. A expectativa é de que esse trabalho esteja pronto em até quatro meses. Já a construção da ponte, caso o projeto seja aprovado, levaria em torno de 180 dias.
Cabe a Tramandaí e a Imbé trabalhar para angariar os recursos necessários para a obra. Uma parte da verba está sendo pleiteada junto ao governo federal, por meio do Ministério das Cidades. O restante seria obtido com verbas parlamentares.
– Queremos criar um cartão-postal para a região. Todo esforço vale a pena – afirmou o prefeito Anderson Hoffmeister, de Tramandaí.
As duas cidades estudam também a instalação de uma balsa no local. A estrutura serviria de palco para eventos importantes, entre eles, o Natal Luz e Mar, ideia que ainda está em fase de planejamento
Zero Hora
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Parabéns para Imbé e Tramadaí. E nota zero para Porto Alegre, que deveria mirar-se nesse exemplo e criar atrações para si. Para a Copa do Mundo, serão duplicadas algumas avenidas, e só. Não se houve falar nada de novas atrações para a cidade, para a orla, para as marinas, para a avenida Diário de Notícias, para a horripilante prainha do Gasômetro e seu bar flutuante, para os morros, para a construção de algum hotel numa bela localização, para o privilegiado belvedere do morro Santa Tereza, para o turismo. Em fins de semana, tem que abandonar Porto Alegre mesmo.
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A propósito, veja-se o belo exemplo sendo dado por Londres, com seu projeto “Legado dos Jogos de Londres 2012”. No site do UOL de hoje há uma longa entrevista com Bill Hanway, vice-presidente da Aecom, encarregada do projeto que deverá sanear toda uma área da cidade, hoje considerada das mais pobres da Europa. Alí será instalado todo o complexo dos jogos olímpicos, com aproveitamento futuro e permanente. Mas algo parecido acontecer em Porto Alegre seria esperar demais de nossa inteligência administrativa local, onde o espírito provinciano é cláusula pétrea, para todo o sempre, amém.
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