Há um “porém”. O regime de vento no Atlântico Sul desfavorece a formação de ciclones tropicais porque existe maior divergência na atmosfera. A região não está coberta sequer por algum centro de área definido pela Organização Meteorológica Mundial que seja responsável por prognósticos deste tipo de ciclone. Até mesmo porque a história mostra que somente um furacão (Catarina de 2004) foi documentado na região até hoje. Ocorre que neste momento, além da temperatura do mar estar muito alta, caiu a divergência de vento por conta de um bloqueio atmosférico no Sul da América do Sul. Com a atmosfera menos perturbada, o cenário guarda semelhança com o que precedeu o furacão Catarina de 2004.
O fenômeno pode se repetir neste fim de verão ou começo do outono? Somente a natureza poderá responder, mas nunca desde 2004 o cenário esteve tão favorável à gênese de ciclones tropicais, o que não é motivo para alarme, mas exige mais atenção dos especialistas. A análise completa, com gráficos, pode ser lida no site da MetSul Meteorologia.
Correio do Povo
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