Ao completar 238 anos, a capital gaúcha expõe o que tem de melhor e de pior: ao lado de uma metrópole acolhedora, arborizada, com atrativos culturais e turísticos reconhecidos, também há uma cidade triste, com trânsito congestionado, mendigos sob as marquises, parques e monumentos públicos depredados. E não é responsabilidade apenas do poder público: a sujeira no lago da Praça dos Açorianos e a depredação da sinalização de trânsito, documentada esta semana pelos jornais, mostram que a população também precisa colaborar mais para que a Capital faça jus ao seu nome.
No início de um século que valoriza o ambiente e que terá na questão ecológica uma de suas bandeiras permanentes, Porto Alegre – por seus governos e seus cidadãos – não pode deixar de se preocupar com a questão de sua viabilidade como metrópole e de sua sustentabilidade como local de vida e de trabalho dos hoje mais de 1,4 milhão de habitantes. O compromisso com a cidade é um processo que ainda precisa ser ampliado. Além de questões estratégicas para o futuro, como a solução para seu transporte ou a definição de padrões urbanos que efetivamente favoreçam a qualidade de vida, há maus exemplos que uma sociedade cidadã não pode deixar de combater. As pichações de muros, de prédios e de monumentos são uma constante porto-alegrense que enfeia as ruas. O vandalismo em suas várias formas deixa muitos cidadãos sem luz, sem telefone e sem orientação. O furto de fios, de placas de sinalização ou de tampões da rede de esgotos tem consequências evidentes, todas danosas para o conforto dos cidadãos ou para a qualidade dos serviços.
O melhor presente que Porto Alegre pode pedir no dia de seu aniversário é o compromisso de seus cidadãos com essas responsabilidades.
ZH
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