Juntamente com a gama de oportunidades que os grandes centros urbanos oferecem às pessoas – mercado de trabalho, saúde e educação com mais qualidade e variadas opções de cultura e lazer –, também os problemas são inúmeros. As principais cidades brasileiras têm apresentado desafios muito semelhantes: gargalos no trânsito, favelização, desequilíbrio ambiental, criminalidade, drogadição e vandalismo, situações que angustiam e fragilizam brasileiros e brasileiras e que estão no centro do debate nacional.
Assim é que a capital gaúcha, com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano entre as metrópoles do país, também enfrenta esses problemas, notadamente o binômio drogadição/ vandalismo, constituindo-se numa das mais traumáticas chagas sociais: o aumento do consumo do crack leva a mais e mais atos de depredação, perpetrados para sustentar um vício que se alastra em todas as camadas sociais. Para se ter ideia, um quilo de cobre furtado da rede de iluminação pública pode ser trocado por uma ou duas pedras da droga. Em excelente hora, a RBS promove a maior campanha realizada pela mídia nacional para informar e debater o enfrentamento dessa problemática, e não é à toa que todas as secretarias municipais de Porto Alegre também estão debruçadas sobre o assunto.
Enquanto o projeto Porto Alegre + Luz está substituindo o antigo parque de iluminação por um sistema mais econômico e não poluente, já tendo contemplado 30% dos 80,5 mil pontos existentes; renovando a iluminação de 116 praças e já projetado para outras 50, constituindo-se no maior Reluz do Brasil – chega a R$ 1 milhão o prejuízo médio anual entre estragos e furtos de semáforos, paradas de ônibus, postes e luminárias, sinalização e outros bens públicos. Atenta a esta realidade, a Secretaria Municipal de Obras e Viação desencadeou a Campanha Contra o Vandalismo, em 2007, quando foram investidos R$ 288 mil na reposição de itens de iluminação pública. Em 2008 e 2009, alcançamos economia de 74%! Porém, neste ano, constatamos um recrudescimento do vandalismo, o que levou a Smov a propor intensificar as ações em parceria com outras secretarias e entidades: Direitos Humanos, Gestão, Governança, Procempa, Indústria e Comércio, EPTC, Guarda Municipal, Secretaria de Segurança Pública, Brigada Militar e Polícia Civil.
A prefeitura está consciente da natureza deste desafio, da sua dimensão e complexidade. Por isso, trabalha com toda sua expertise. Mas, para maior eficiência dos programas, precisa contar com a participação direta dos cidadãos. Da corresponsabilidade em denunciar e fiscalizar é que garantiremos as benfeitorias. Se recolocamos quilômetros de cabos e centenas de luminárias para serem vandalizados no dia seguinte, como estamos constatando, todo o esforço para a segurança e embelezamento da cidade fica comprometido. Acertadamente, a mídia tem destacado a importância da qualidade da gestão pública. Nós, gestores, queremos trazer também ao debate a importância da prática cidadã. Nosso sentimento de pertencermos ao lugar em que moramos – onde todos somos um, e cada um faz parte do todo – é determinante para a efetiva solução dos desafios da nossa grande e querida Porto Alegre.
*SECRETÁRIO MUNICIPAL DE OBRAS E VIAÇÃO DE PORTO ALEGRE
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Infelizmente vemos cada vez mais uma falta de respeito com o patrimônio público e privado.
São pinchações, depredações, pequenos furtos (como roubo de lâmpadas econômicas), roubos de cabos elétricos por uma marginalidade que muitas vezes não “esta nem ai” para o seu conterrâneos.
Passando pela Av. 24 de outubro alguns dias atrás pude verificar que as novas cabines telefônicas já foram alvo de vândalos.
abaixo coloco algumas fotos:
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Vivemos no país da impunidade. No dia em que vândalos ficarem 2, 3 meses na cadeia por pixar, grudar chiclete, amassar, riscar, podem ter certeza, não vai mais acontecer. No Brasil, só funciona assim. Pois tem gente que não adianta tentar conscientizar, tem que pesar no bolso ou ir pro xadrez mesmo.
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Sem a participação direta dos cidadãos na fiscalização e proteção dos bens público não existe estrutura estatal no mundo que de conta de proteger esse patrimônio.
Isso, no meu modo de ver, não é repassar responsabilidade, como logo viciados no embate político querem fazer parecer, mas uma defesa do próprio bolso dos cidadãos que, no final das contas, é que paga tudo, através do impostos.
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