Uma situação que quase ninguém fala em Porto Alegre: quando as carroças sairem das ruas, até 2016 (para alguns, até 2014, devido a Copa) os carroceiros deverão ser realocados, ou pelo menos capacitados a desenvolver outras profissões que não a de papeleiros. Um jeito se dará, de uma forma ou de outra.
Mas e os cavalos ?
Para onde irão 8 mil cavalos ?
Os donos provavelmente não irão ficar com eles, pois eles “só servem pra puxar a carroça”. Eles são seres vivos, necessitam ser cuidados. E agora? O que farão com os cavalos ? Soltar na área rural de Porto Alegre ? Soltar na Africa ? Quem os alimentará ? Não falo de meia dúzia de cavalos. Falo de milhares, mais de 8 mil.
Alguém já parou pra pensar nisso ?
Já ouvi falar que eles virarão “guisadinho”.
Pensem nisso.
Categorias:Meio Ambiente, Outros assuntos
“Eu sugiro que os cavalos virem carne para as populações carentes.” Esse tipo de pensamento pra mim< Antônio, é o mesmo que dizer "continuemos com as carroças!"
Esses cavalos que andam por aí como zumbis, já estão mortos. Essa gente que administra as coisas da cidade, não se importa com os cavalinhos, não está nem aí. Eu sugiro que os cavalos virem carne para as populações carentes.
Antônio, o tempo de escravidão já passou. Hoje os animais domésticos tem q ter seus direitos respeitados sob a ótica do Bem-Estar Animal. Cavalos q trabalhou mtos anos e sob insalubridade ou risco deve ter aposentadoria assegurada. Assim é nos países mais desnvolvidos não há pq tbém ñ ser aqui
Vanessa,
Concordo com tudo que escreveste.
Quanto ao problema do lixo, falei porque essa lei não é só para as carroças, inclui os catadores que puxam carrinhos também. Eu penso que é um absurdo o lixo ser recolhido desta forma, mas é nossa realidade, que tem que mudar tem, mas não será até 2014.
Sinceramente? Qualquer destino que for dado a esses cavalos será melhor do que o destino que lhes é dado atualmente. A situação de abandono, maus tratos e escravidão em que eles vivem é insustentável e não pode continuar. Quanto à dúvida o Olavo, é só olhar para outras grandes cidades do país. O problema não é catar lixo, o problema é utilizar carroças para isso, pois são um perigo potencial para o trânsito, além de ser uma tortura para os animais utilizados. Sem contar as vezes em que vemos crianças sozinhas dirigindo carroças…
Eu não sou de Porto Alegre, mas moro aqui há seis anos. Vim de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul…uma das coisas mais surreais que vi em Porto Alegre (e eu vi várias) foi carroças no meio da rua, cheiro de esterco de cavalo em avenidas…em Campo Grande raramente se vê carroças…as poucas que aparecem servem de transporte aos seus donos, não ficam abarrotadas de lixo, ameaçando o trânsito…os cavalos são bem cuidados e não têm a aparência de exaustos que os daqui têm. Catadores de lixo reciclável carregam o que aguentam, em carrinhos puxados (ou empurrados) por eles mesmos, ou em sacolas. Crianças não conseguem fazer isso sozinhas, então ou vão com os pais, ou não vão.
Se não podemos consertar tudo de uma vez, então acho completamente válido minimizar os problemas. Ou trocá-los por outros com menores riscos. Isso é trabalhar dentro da realidade. Porto Alegre não merece continuar incentivando o uso de carroças, sob nenhum aspecto! Não há justificativa plausível para elas.
Abraços.
Boa pergunta Gilberto!
Eu acho que toda esta história dos carroceiros será ainda bem complicada, pois não se resolve isso assim tão rápido, o problema é a pobreza, esta não vai acabar até 2014 com certeza. Como é que se impedirá de pessoas catarem o lixo, vão prender todos catadores que encontrarem? Além disso, o recolhimento do lixo reciclável em Porto Alegre tá cada vez pior.