Muro da Mauá permanecerá (com 3m)

O fim da polêmica do muro

A decisão de fazer a manutenção das comportas do Muro da Mauá eliminou grande parte da motivação para a polêmica da sua derrubada. Na verdade, desde a construção ele serviu apenas como prevenção, nenhuma vez como solução para enchentes, que não houve. Além disso, com a construção do metrô e a manutenção dos armazéns do porto, sua derrubada seria de pouca utilidade. Só se enxergaria o Guaíba pelo portão principal. Esta aproximação com o Guaíba se dará agora com a revitalização do Cais Mauá e sua transformação em centro de lazer. Neste caso, o muro vai isolar o novo centro de lazer, separando-o da movimentada avenida Mauá.

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Categorias:Projeto de Revitalização do Cais Mauá

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4 respostas

  1. Prezado Gil Vicente
    Sou profissional da área de Controle de Cheias, Hidrologia e Hidráulica, portanto falo com conhecimento e não como normalmente fazem com coração grenal, uns de um lado outros do outro.
    O muro da Mauá, do qual fui o projetista desde a curva até a Usina do Gasômetro, baseado em estudo feito por equipe internacional. Portanto só fiz o estudo complementar de estanqueidade da obra em seu conjunto com o prédio da Usina.
    Quando do Concurso do melhor Projeto para o Cais, fui solicitado a dar parecer á um grupo de Arquitetos que concorriam com seu projeto.
    A pergunta deles éra no sentido de quanto poderia ser reduzido o muro da mauá, com a mesma probabilidade de precaver às inundações.
    Constatei nos dados usados pelos Espanhois que havia um desencontro com as informações recentes dos operadores das réguas que medem os níveis do Guaíba e uma outra diferênça na hora de executar a obra (todos os órgãos dizem ter seus níveis referênciados ao zero Torres, mas o que verifiquei é que cada órgão tem seu próprio zero, isto vale para DEPREC, Trensurbe, DNOS, Metroplan, entre outros) e a obra foi executada com referência á um marco do trensurb existente no local.
    Se a obra tivesse sido executada em relação ao DEPREC, de cujos dados foi o Estudo hidrológico, teriamos um erro de execução na cortina maior do que ocorre hoje.
    Neste endereço encontrarás o Gráfico de Gumbel (estatística) e o relatório que fiz.
    http://www.wittler.com.br/engenharia/site/default.asp?TroncoID=723849&SecaoID=819271
    Leia: Gráfico de Gumbel para o Guaíba em Porto Alegre (17/6/2004) e
    Inundações em Porto Alegre (27/6/2004)
    No relatório cheguei á conclusão que o muro esta 65 cm superior a cota necessária ao sistema de proteção.
    Pergunto, em uma obra pronta que tenha que demolir 65 cm de uma altura total de 3,0 m, quem teria coragem para tanto, levando em conta que se algum evento não previsivel ocorrer a mesma poderá vir á ruir e causar milhares de vítimas?

    Do ponto de vista das obras de edifícios de 100 m de altura, sou contrário em face de:
    1. Seriam mais ou menso 3.000 veículos entrando e saindo da área. Porto Alegre já tem excesso de veículos transitando alí tendo em vista seu formato de funil. Será um caos ao tráfego.
    2. Concentração de uma crga poluidors de mais de 600 m3/dia de esgoto em cima do cais. Deveria ser construído um tanque totalmente estanque de 1200 m3 no mínimo, para o caso de falta de energia.
    3. Quem controlará o uso do Rio como lixeira por parte de quem ocupará os escritórios?
    4. Deverá ser feita uma entrada em tunel para o Cais. Quem garante a estanqueidade deste em época de rio elevado? E neste caso como sairiam os carros e os ocupantes dos prédios?
    5. Existe Lei Federal (4771/65) que prevê 500 m de área de preservação que não é utilizada (ao arrepio da Lei), e foi adotado 30 m (chamando o Rio de Lago), mas no cais nem estes 30 m serão repeitados.
    6. O Código do Meio Ambiente do RS, quando trata de parcelamento do Solo, proíbe construções em áreas sujeitas ás inundações, que é o caso do Estaleiro Só, ´Cais Mauá e Volta do Gasômetro.
    7. O Código de Postura de Porto Alegre proibe aterro nas margens de rios.
    8. A ANTAQ que é a agencia que trata de portos, não deu ainda licença para as obras do Cais.

    Um abraço

  2. Entre a cidade e o Guaíba existe um muro que não pode ser derrubado, mas pior é a “PAREDE” que existe na cabeça de muitos portoalegrenses, que limita suas visões e pensamentos.

  3. Não vejo grande utilidade na manutençao deste muro com 3 m… 1,5m estaria de bom tamanho. Além do mais, creio que se o nível do Guaíba aumentasse muito, a água também entraria na cidade pelos bueiros e tubulações de esgoto que tem comunicação direta com ele. Claro que o muro ajudaria, mas creio que pouco.

  4. Isto é uma estupidez.

    A diminuição da altura do muro não serve para dar vista ao rio, mas para diminuir a agressão que aquela parede de concreto faz ao centro. Diminuindo para 1,5 metros, além de ser eficaz (duvido que algum dia o Guaíba possa sequer alcançar o muro novamente, graças às represas que foram construídas nos afluentes) faria com que a Mauá fosse bem mais aprazível, e abafaria muito o som dos veículos da Mauá.

    Por que não fazem algum estudo mostrando o quanto de chuva seria necessário para transbordar o rio, contando com as represas?

    É uma pena. Talvez depois de reformado o cais, possa ser repensado isso.

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