O Mundial de 2014 pode mudar, e rápido, a forma como visitantes e moradores vêem Porto Alegre. Tida historicamente como cidade não-turística, a capital gaúcha jamais recebeu tantos recursos do Prodetur nacional. Somente entre 2009 e 2010, sem contar o valor que vem dos cofres municipais, o valor injetado na cidade pelo Programa de Desenvolvimento do Turismo foi de R$ 8,8 milhões, a serem utilizados em projetos que vão de pesquisas sobre a qualidade dos serviços até a sinalização urbana. “Antes da Copa, trabalhávamos sozinhos”, diz o secretário municipal do Turismo, Luiz Fernando Moraes, que completa: “agora, a importância do turismo porto-alegrense está na boca do povo”.

Aproveitando o Guaíba: centro cultural da Usina do Gasômetro terá novo cais para barcos turísticos Foto: Ivo Gonçalves - PMPA
A maioria dos projetos promete valorizar pontos turísticos que já existem, mas não funcionam como deveriam ou não tem a merecida divulgação. Caso de vários prédios do centro histórico, organizados em três rotas específicas para pedestres, e do cais da Usina do Gasômetro, de onde saem vários barcos de passeio pelo Guaíba. Para orientar os motoristas, serão instalados quatro pórticos nas principais entradas da cidade, além de placas aéreas que indicarão como chegar aos lugares de maior interesse. Em função do Mundial, a sinalização referente ao aeroporto, à rodoviária, ao centro histórico e as informações turísticas será bilíngüe – português e inglês.
No total, contando com recursos próprios do Ministério do Turismo, do Prodetur e a contrapartida do município, o turismo gaúcho porto-alegrense já tem quase R$ 20 milhões em caixa. É verdade que boa parte foi captada antes de o Brasil ser escolhido como sede do campeonato, mas os jogos conseguiram acelerar o processo. “Para as nossas circunstâncias históricas, a Copa (de 2014) será um grande impulso”, comemora o secretário. “A gente vê as pessoas, as lideranças políticas e as empresariais falando da importância do turismo”, completa, salientando que as obras vêm para ficar, sem dar origem a “elefantes brancos” – em outras palavras, mega-construções que são utilizadas somente por determinado tempo, eternizando-se como símbolos do desperdício do dinheiro público.
Com o objetivo de promover Porto Alegre antes, durante e depois do Mundial, o secretário defende a criação de uma marca para a cidade, assunto que está sendo discutido com a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio. Na contramão das campanhas de divulgação do Brasil, focada num país tropical (um dos maiores exemplo é o vídeo que o presidente Lula apresentou na África do Sul, já comentado aqui no blog), a idéia é mostrar que Porto Alegre, apesar de não ter praia, exemplifica uma das maiores qualidades brasileiras: a diversidade.
Fonte: De Olho em 2014
Só falta a prefeitura cumprir com seus compromissos, convocando por exemplo, os 56 agentes de fiscalização aprovados em concurso, esperando a mais de 2 anos para trabalhar em cargos previstos em orçamento (onde será que está indo parar todo esse dinheiro?)
E, por ser perto da orla, jamais iriam deixar fazer uma torre altíssima como, por exemplo, aquela do projeto do Shopping Belvedere.
Uma grande torre ameaçaria a preservação da orla.
É a altura máxima para permitida em Porto Alegre para torres panorâmicas, Gonçalves.
Jackson, esqueceste de dizer a altura da nova torre: incríveis 22 metros !!! Até a torre com restaurante de Veranópolis – RS é mais alta.
Oh, me enganei: haverá uma nova atração da cidade, sim.
Será a TORRE PANORÂMICA PORTOALEGRENSE
(na Diário)
Até hoje não vi ninguem falar em criar atrações em Porto Alegre.
Não vi ninguém falando em criar alguma coisa na orla – que na Copa 2014 continuará sem acesso, portanto.
Não vi ninguem falando em trazer de volta à vida nosso belvedere (entregue ao mato, assaltos e mortes).
Não vi ninguem dizendo que o Pontal será, sim, construido.
Eles poderiam aproveitar a criação de uma marca para a cidade e desenvolverem uma campanha de valorização da capital. Já disse que Porto Alegre tem inúmeras atrações turísticas – e potencial para ter muitas outras. O que acontece é que a própria população não dá valor a esse patrimônio.
Concordo parcialmente contigo Stefano. Há muita gente na cidade que pensa de forma negativa e, por isso, acaba diminuindo o potencial da cidade. Mas eu acredito que o potencial dela é imenso, mas demandaria muitos investimentos para que, de potencial, se transformasse realmente numa cidade turística. Há muitas coisas a fazer e não só uma maquiagem no centro e em praças. As grandes coisas a fazer ainda enfrentam grandes barreiras, e a maior delas é a cultural. A cidade ainda não quer ser grande.
Realmente Georgeano, o texto parece uma piada de mal gosto.
“Nunca houve tanta verba pro turismo em POA…”
“Agora POA vai se tornar turistica…”
Fora o Centro, falado no texto, o que está sendo feito pra cidade ficar turistica? Tá certio que o Centro vai ficar bem melhor, tá recebendo um grande upgrade. Mas só isso não é suficiente pra tornar a cidade turistica. Eu não pegaria um avião pra POA por causa do Centro, quando há outras cidades com mais opções que eu poderia escolher.