Achei essa imagem do final do ano passado. Ela mostra as ações dos contra o Cais Mauá. Além de entrar com ações na justiça, partidos políticos contra e entidades convocam a população para protestos como esse:
“…resolveram que o porto, apesar de razoavelmente equipado e capaz de movimentar grandes tonelagens, deveria ser área para especulação imobiliária , de prédios para residências, escritórios, e até indústrias! (logicamente, sem consultar o Plano Diretor da Cidade, já que é um “projeto especial”!)
Tudo isso naquela largurinha que se sabe. Junto a essa leviandade proposta, vem também a demolição de parte do dique da Mauá, porque, certamente, ninguém quererá morar atrás de uma MURALHA , que o isolará no meio de alagamentos monstruosos, a cada vez que as enchentes de São Miguel nos prepararem mais uma das suas.
Três prédios com 100 metros de altura, nas imediações da Estação Rodoviária, que, certamente, espicharão suas sombras até a Igreja da Conceição , e provocarão maiores congestionamentos no tráfego já conturbado e afunilado da rodovia Castelo Branco, da estação rodoviária, e das imediações da Elevada da Conceição. Teríamos ainda estacionamento para alguns milhares de carros, que multiplicarão o problema, e prédios de tamanho médio na outra ponta, junto ao Gasômetro, para competir com a Usina e sua chaminé, num local que achamos excepcional para a extensão do Parque da Usina (ah, esquecíamos o sistema de passarelas, passagens elevadas, passagens subterrâneas e outras, para garantir a vida dos incautos pedestres no meio dessa confusão)”
Ações na Justiça
Contrários ao projeto, ambientalistas e urbanistas do Movimento em Defesa da Orla do Guaíba prometem resistir. A entidade anuncia que irá recorrer ao Ministério Público , nos próximos dias, para que trechos da proposta sejam barrados – entre eles, o de construção de um prédio de até 33 andares na orla.
– Não respeitam o Plano Diretor, criam projetos especiais para permitir a especulação imobiliária. Assim, estão descaracterizando a Capital – afirmou o arquiteto Nestor Nadruz.
Fontes:
http://abraceoguaiba.wordpress.com/2009/09/28/cais-do-porto/
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Pequeno acerto no texto acima no item 6:
“Entretanto é assim no resto do mundo, principalmente nas cidades que não tem a sorte de ter uma cultura quase milenar como Paris, por exemplo.”
Acho que tem um engano no comentário acima. Alguns pontos:
1) a vista do rio (lago) já está encoberta por um muro horrível
2) a vista do rio (lago) já está encoberta pelos galpões abandonados e sem manutenção adequada
3) a área em que o povo tem contato com o rio fica ao sul da usina do gasômetro e não entrou neste projeto
4) 100% do dinheiro vai para o estado (para o povo) após ter sido abatido o valor de construção do projeto. Este dinheiro virá do aluguel dos imóveis a serem construidos
5) Esta área não pertence ao povo, tanto quanto por exemplo a sede da CEEE não pertence ao povo ou tanto quanto uma área de propriedade do estado e fechada não pertence ao povo. Se a capitania dos portos quiser, fecha o portão de acesso e não abre mais.
6) Prédios são as maiores atrações em qualquer cidade turística. Claro que não há exemplos a encontrar por perto, pois não é cultura do brasileiro tornar sua cidade atraente através da arquitetura. Entretanto é assim no resto do mundo, principalmente nas cidades que não tem a sorte de ter uma cultura quase milenar, como Paris por exemplo. Mesmo em Paris alguns prédios modernos são atração turistica, como por exemplo “La Defense”.
7) Pólo cultural se faz com artistas e artistas se faz com pessoas interessadas em pagar por cultura. Artistas também precisam de dinheiro para viver. Pessoas só pagam por cultura quando a arte é de qualidade, e para isso precisamos incentivar os artistas e as escolas de arte. Não me recordo de qualquer plano arrojado de apoio à formação de artistas. Diga o nome de um pintor porto alegrense que expôs obras em museus internacionais nos ultimos anos. Consegue?
8) Shopping Centers não são mais apenas pólos comerciais. As pessoas vão aos shoppings em Porto Alegre apenas para fazer compras?
9) 500 milhões é um preço alto. Mas não vai ser gasto nem um centavo do dinheiro publico.
CARA VOCÊS NÃO ENTENDERAM NADA? ELES QUEREM COLOCAR PREDIOS RESIDENCIAIS E COMERCIS NA ORLA DO GUAIBA!!!!!!!!!!! TA LOCO AQUELE ESPAÇO É DA POPULAÇÃO!!!!!!!!!!! DIZEM QUE VÃO GASTAR $R 500 MILHOES DE REAIS MAS COMO SE O CAIS MAUA JA TA CONSTRUIDO? 90% DESSE DINHEIRO VAI PROS PREDIOS QUE VÃO TAMPAR NOSSA VISÃO DO GUIABA, EU NUNCA VI UM TURISTA IR A UMA CIDADE VER PREDIOS, SE QUEREM MELHORAR O CAIS MAUA TEM É QUE TRANSFORMALO EM UM POLO CULTURAL E NÃO NUM POLO COMERCIAL!!!!!!!!!!!!! SEUS %*@#$$%¨&*
Acho engraçado a comparação com Copenhagen e oportuna, porque há menos de 1 mês revi uma amiga de anos que está há 10 anos lá e disse que não volta pra Porto Alegre. Aliás, foi chato revê-la, porque ela só criticava a cidade, dizendo que nada mudou nos últimos 10 anos, que isso ou aquilo é ruim, que é suja, mal cuidada, prédios feios, perigosa.. enfim…
Eu também queria que Porto Alegre virasse uma Copenhagen, mas não é isso que eu vejo nos Ecoxiitas. Se eles quisessem que Porto Alegre se tornasse uma Copenhagen, eu estaria junto nesse abraço aí no Gasômetro. Mas eles não querem uma Copanheagen. Querem uma Havana.
Eu já conhecia muito de Copenhagen por causa dessa minha amiga, mas reolvendo ir a fundo na pesquisa, vejo uma cidade cheia de vida, cheia de espaços onde os turistas e moradores podem conviver, desfrutar, sem medo nem paranóia. Com orla, com prédios e projetos futuristos de babar. E mantendo ainda as características, prédios antigos e históriocos restaurados…
Era tudo o que eu queria pra Porto Alegre.
E me ofendo muito quando vejo um acoxiita me chamar de ignorante ou ofender de algum modo por não concordar com a opinião dele e principalmente por afirmar que eu quero o pior para minha cidade. Eu quero o melhor para a cidade, qualidade de vida, modernidade e sim, com respeito à natureza. Mas sem exageros. Respeito à natureza não é deixar de crescer ou melhorar a qualidade de vida porque uma coruja decidiu fazer um ninho no meio da área onde deve ser construída algo que vai servir pra toda a população. Respeito à natureza não pode significar desrespeito ao cidadão.