Câmara quer qualificar catadores

Ilustração do futuro triciclo que será implantado para os catadores

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou por unanimidade uma moção de solidariedade aos catadores de lixo. Com assinatura de cerca de 200 apoiadores, a medida propõe incluir esses profissionais informais no Programa de Coleta Seletiva. A proposta, apresentada pelo vereador Carlos Todeschini (PT), foi aprovada após um mês de mobilizações por parte de várias associações, empresas, ONGs, CUT/RS, sindicatos, igrejas, professores e entidades como o Semapi e o Instituto Biofilia.

O projeto objetiva a inclusão profissional dos catadores de resíduos para que continuem a realizar esse serviço, porém de maneira qualificada. Atualmente, grande parte desses trabalhadores aluga seus carrinhos a um custo mensal que pode alcançar R$ 90,00. Com o projeto de inclusão, os catadores teriam garantidos não apenas a padronização dos carrinhos com tração mecânica (triciclo), mas também o fornecimento de uniformes, equipamentos de proteção individual (EPIs), além do estabelecimento e da definição de horários e rotas.

A gestão do sistema e dos triciclos seria coordenada por uma entidade sem fins lucrativos, até a constituição de uma organização social que garanta a sustentabilidade do projeto e dos catadores, como uma cooperativa ou associação.

A urgência do projeto se deve à aprovação da Lei das Carroças, que não pretende apenas extinguir o uso da tração animal, mas também estabelece o fim dos veículos de tração humana – as carrocinhas dos catadores. A estimativa é que existem 7 mil catadores em atuação na Capital. Felipe Amaral, do Instituto Biofilia, observa que o projeto depende agora de vontade política.

Fonte: Correio do Povo

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Boa iniciativa. Parabenizo a Câmara Municipal. Mas uma coisa é certa: devido à velocidade dos triciclos, continuarão a causar lentidão no trânsito por onde andarem.



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15 respostas

  1. A existência de flanelinhas e a sua tolerância pela Polícia e parte da sociedade simplesmente significam a falência dos Estado. Pagamos ao Estado impostos para nos dar, entre outras coisas, segurança pública e não para que terceiros se apropriem, sem qualquer, cerimônia dessa função pública em plena rua.

    Nunca dei e nunca vou dar um centavo para esse MARGINAIS que lotearam as vias de todas as cidades e agem como as máfias faziam antigamente- dando proteção. Mas não protegem coisa nenhuma, pois quem paga o faz para não ter seu bem danificado pelos próprios que se oferecem para dar uma “ollhadinha” ou “cuidadinha”, como dizem.

    Eu simplesmente abomino essa tipo de pessoas que não geram nada de produtivo para sociedade. São uns SANGUESSUGAS que usam do medo para extorquir dinheiro dos cidadãos.

    Fazem pior do extorquir as pessoas em via pública, para mim são cúmplices de roubos de carros (já vi sua forma de atuar), tráfico de drogas e no furto e roubo das casas da vizinhança, pois sabem de toda rotina de uma família e repassam essas informações aos seus parceiros do crime, quando não praticam eles mesmo esse outro crime.

    No meu ponto de vista essa atividade deveria ser TIPIFICADA criminalmente para evitar que a preguiça da polícia, que atarefado com outros crimes não enquadra como deveria essa praga urbana, e a demagogia de políticos, que sempre aparecem para querer oficializar esse criminosos com crachas e coletes, em troca de mais alguns votinhos.

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  2. Flanelinhas e câmelos são extremamente prejudiciais à sociedade? Pra mim, extremamente prejudicial é o trânsito, que MATA pessoas.

    Que prejuízo o flanelinha faz? Te deixa constrangido por não quereres dar dois reais para ele?

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  3. A questão social tem de parar de ser usada para fundamentar medidas assistencialistas, que eu chamo de “coitadismo”, por políticos e organizações sociais, normalmente objetivando promoção pessoal e partidária.

    Isso não é bom, a menos que queremos formar uma sociedade de pessoas dependentes.

    Simplesmente a lei tem de ser cumprida e ela deve valer para todos, independente da classe social, pois não podemos criar um sociedade separada em níveis de leis para cada classe social diferente.

    Essas pessoas (carroceiros, flanelinhas, camelôs, pedintes, mendigos) e seus filhos devem receber, isso sim, uma formação profissional (social e educacional, se for o caso) pelo Estado e arrumar um emprego decente.

    Atualmente, vagas de empregos não preenchidas é o que mais temos no Brasil (a construção civil está trabalhando a pleno emprego, que chega arruma emprego e curso de formação, se preciso). O que falta é gente para trabalhar.

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  4. Isso que querem fazer, ao meu ver, se chama explorar a questão social e não resolver o problema. Da mesma forma que fazem cadastrando flanelinhas e camelôs, liberando suas atividades extremamente prejudiciais a sociedade.

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  5. Julião, vou responder item por item:

    – crianças continuariam a ser exploradas;

    Já existe lei que proíbe a exploração de menores, basta aplicá-las.

    – haveria o trânsito de pessoas inabilitadas em veículos inseguros;

    Então teríamos que proibir o carros antes de tudo. Pois é o veículo mais inseguro e duvido que tu discordes que não está cheio de motoristas incompetentes e despreparados psicologicamente por aí.

    – manteria-se o acúmulo de materiais inflamáveis em casas sem qualquer sistema de segurança;

    As pessoas não guardam lixo dentro de suas casas porque querem, elas guaram pq o lixo pra eles é valioso e não possuem outro local para colocá-lo. É preciso tratar seriamente essa questão, mas não proibindo eles de trabalhar, mas oferecendo um galpão ou outro espaço no qual possam fazer esse armazenamento.

    – separação e rejeição de lixo sem valor em via pública ou terrenos baldios…

    Isso se resolve com medidas educativas, tanto dos catadores, mostrando que eles não serão bem-vindos onde fizerem sujeira, quanto dos moradores que produzem lixo e não fazem a separação corretamente. É possível educar a população para que separa o lixo de forma a facilitar o trabalho do catador.

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  6. Com essa proposta apresentada todos problemas, exceto o fim da exploração de animais, permaneceriam:

    – crianças continuariam a ser exploradas;
    – haveria o trânsito de pessoas inabilitadas em veículos inseguros;
    – manteria-se o acúmulo de materiais inflamáveis em casas sem qualquer sistema de segurança;
    – separaçã e rejeição de lixo sem valor em via pública ou terrenos baldios…

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  7. Realmente boa parte dos motoristas não respeita a sinalização, nem os pedestres. E a própria EPTC não se interessa em educar eles, seguindo um fiscal da EPTC com quem conversamos a prioridade da EPTC é garantir o fluxo de veículos, mesmo que seja passando no sinal vermelho.

    Com certeza um motorista imprudente é pior que um motorista prudente. Mas o problema que acidentes acontecem, mesmo com o motorista mais prudente, porque seres humanos se distraem, falham, se equivocam, às vezes não enxergam alguma coisa quando tem tantas outras coisas com que se preocupar. E a partir do momento em que temos milhares de seres humanos conduzindo pilhas de metal de uma tonelada, a 40, 60km/h, acidentes vão acontecer, e é bem provável que gente se machuque.

    O carro é o modo de transporte urbano mais ineficiente e perigoso já inventado, basta compará-lo com ônibus, bondes, trens, metros, bicicletas e pés que veremos que não existe justificativa possível para continuarmos utilizando-os diariamente para transporte na cidade.

    E a prefeitura gasta a maior parte do dinheiro destinado a transporte para garantir que os carros consigam continuar fluindo, por isso nunca sobra dinheiro para investir adequadamente em transporte público.

    Acho que a descentralização da cidade também é algo pelo qual devemos lutar. Eu acredito que uma cidade ideal seria onde os bairros fossem praticamente autônomos, tivessem todos os serviços e gerenciassem a si próprios. Acho que devemos buscar isso repensando nossas vidas e encontrarmos empregos e lares próximos um dos outros, assim economizamos tempo e recursos que podem ser utilizados para lazer e outras atividades que nos dão mais prazer.

    Tenho amigos que moram na zona sul e vão de bicicleta trabalhar diariamente no centro da cidade, levam 30 minutos para fazer o trajeto. Aí está uma alternativa viável e barata aos carros. Que praticamente não precisa de nenhuma infra-estrutura ou investimento. O cara ainda se exercita, o que faz com que economize tempo ou dinheiro, pois não precisa pagar academia. Sem contar que andar de bicicleta é uma delícia. Dá uma sensação de liberdade incomparável.

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  8. Ah, e em relação a velocidade no trânsito, não acho que o maior problema seja velocidade mas sim imprudência. Todos dias vejo motoristas passando sinal vermelho, passando por cima de pedestres, etc e nenhum é multado. Tudo que a EPTC faz é botar uns pardais móveis por aí, e sempre tem um grupo barulhento que começa a bradar “indústria da multa”.

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  9. Na minha opinião estás misturando dois assuntos, mas vamos lá.

    Não sei por que temos que forçar as pessoas a usar o transporte para só então ele ter um mínimo de conforto. Eu pegava ônibus (e deixava meu carro em casa) apesar de ter que encarar ônibus abarrotados e sem ar-condicionado seguidamente. Mas um belo dia mudei de emprego e comecei a levar 50mins de ônibus por um trecho que se faz de carro em 20mins. Detalhe: moro perto do barra shopping e trabalho no Moinhos. Duas regiões bem populosas e de trânsito intenso.

    O problema não é o trânsito intenso dos carros particulares no caminho, mas sim o fato de existir apenas uma linha integrando os dois pontos, que faz 5 voltas na vila Cruzeiro, morro Santo Antônio e bairro Santana até chegar no Moinhos. É lamentável.

    Outro problema é que POA ainda é cidade pequena e todo setor de serviços fica no Moinhos, em volta dele ou no centro. Como não podemos ter 2 milhões de pessoas morando lá, temos que nos locomover.

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  10. Felipe, eles vão trafegar no horário em que as pessoas colocarem seus lixos para a rua. A prefeitura pode pensar nisso se não quiser que eles “atrapalhem” o trânsito

    Em momento nenhum eu disse que os catadores não atrapalham o trânsito de carros. Eu disse que o enorme trânsito de carros é o que mais atrapalha a cidade no meu ponto de vista. Segundo a EPTC, em 2009, POA bateu recorde de vítimas fatais no trânsito, isso é inadmissível.

    Sob o meu ponto de vista, atrapalhar o trânsito de carros particulares é algo bom. Inclusive a prefeitura de Lyon adotou esta prática para melhorar o trânsito na cidade: dificultar ao máximo a utilização dos carros. Assim as pessoas passam a utilizar mais o transporte público, o que diminui os gastos da prefeitura com obras viárias, e sobra mais dinheiro para investir em melhorias para o transporte público. As empresas de transporte coletivo também ganharão mais, podendo aumentar a frota. Enfim, é um ciclo vicioso.

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  11. Se eles puderem trafegar apenas fora dos horários de pico, não vejo nenhum problema.

    No meu ponto de vista, é demagogia ignorar a situação econômica destas pessoas, mas também é demagogia dizer que eles não atrapalham o trânsito, é só pegar uma carroça na perimetral em horário de pico para ver todos motoristas tendo que desviar dela.

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  12. “além do estabelecimento e da definição de horários e rotas”. Será?

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  13. Realmente, ótima iniciativa.

    Mas acho que eles causarem um pouco de lentidão por onde passam não é problema. Pra mim um problema muito mais grave são os carros que dirigem em velocidades incompatíveis com a segurança de pedestres e ciclistas. Uma lentidão no trânsito até que vem a calhar, capaz até de poupar algumas vidas e deixar os pedestres mais tranqüilos.

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  14. Eu não acho que resolveram e sim que assinaram embaixo em um dos maiores problemas da cidade.

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  15. E sempre a mesma laia de gente (PT, sindicatos, ONGs, Igreja…) fazendo demagogia e políticas do COITADISMO para não resolver uma situação e tirar vantagens com isso.

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