Estudo do governo federal avaliará possibilidade de construir novas unidades geradoras no país
Por motivos diferentes, técnicos, empresários e ambientalistas do Rio Grande do Sul resistem à possibilidade de instalação no Estado de uma usina nuclear, em estudo pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Eletronuclear. Do ponto de vista econômico, o argumento é de que faz mais sentido aproveitar o carvão abundante no Estado, enquanto do ambiental e científico a objeção é relativa ao risco de acidentes e do manejo de resíduos.
Tanto a EPE quanto a Eletronuclear informam que o levantamento de áreas que podem receber usinas nucleares, no Rio Grande do Sul e em outros oito Estados, anunciado ontem em ZH, deve começar dentro de algumas semanas. A justificativa para a avaliação do potencial nuclear é a possibilidade de esgotamento do potencial hidrelétrico. O que ajudou a reabilitar essa alternativa de geração de energia foi o fato de que a geração de gás carbônico, vilão do efeito estufa, é zero.
A Secretaria de Infraestrutura, diz o assessor técnico Wagner Kaehler, não foi consultada sobre o início do estudo. E tampouco se entusiasma:
– É mais caro implantar uma central nuclear do que desenvolver recursos que temos por aqui, como o carvão. Mesmo com o controle, o risco persiste.
Para o coordenador do Grupo Temático de Energia da Fiergs, Carlos Faria, embora possa representar um investimento, uma usina nuclear embute o desafio da administração dos resíduos radioativos e do enriquecimento do urânio. Mesmo tendo jazidas, o Brasil seria obrigado a fazer o enriquecimento no Exterior, sob pena de se transformar em outro Irã – alvo de sanções econômicas causadas pelo programa nuclear.
Brasil tem opções, apontam especialistas
Embora já tenha abrandado sua oposição à aplicação em energia atômica, o físico nuclear Cesar Augusto Zen Vasconcellos, ex-pró-reitor de pesquisa da UFRGS, também prefere outras formas de geração.
– Apesar de as usinas estarem em um estágio de controle muito mais avançado do que no passado, seria melhor esgotar as alternativas. Outros países não têm, mas o Brasil pode desenvolver outras formas de energia. Os riscos diminuíram bastante, mas se ocorre um acidente de grandes proporções, repercute por centenas de anos – pondera o físico.
E nem o argumento da redução do efeito estufa comove Millos Stringuini, consultor ambiental com pós-doutorado em Planejamento e Administração Ambiental, professor da Universidade de Liège, na Bélgica:
– É uma loucura, um absurdo. O Rio Grande do Sul não precisa de usina nuclear. Temos parques eólicos, energia fotovoltaica (solar). Mesmo o tratamento de rejeitos que resulta em material teoricamente sem carga tem problemas. Há pouco, a Noruega processou a Irlanda porque encontrou resíduos no seu bacalhau.
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Eu sou contra usinas nucleares não só aqui, mas em qualquer lugar do Brasil (e do mundo). Até podemos estar dominando mais a tecnologia hoje em dia, deixando muito mais seguras as usinas. Mas e o lixo atômico ? O que fazer com ele? Colocar em caixões no fundo do mar ? Quanto tempo levará pra arrebentar estes caixões ? Deixaremos isto para quem resolver ? Por mim deveria se desativar todas as usinas e substituir gradativamente por eólicas e outros meios alternativos.
Produzimos energia suficiente para o consumo atual, mas não esqueçam que 2/3 da população a recém está entrando no mundo de consumo e precisaram de muita energia nas próximas décadas para atender essa demanda.
Na minha opinião, não precisamos de mais usinas nucleares, pois o investimento em Usinas Hidrelétrica ainda poderão suprir as necessidades de energia do país no futuro. Já as energias alternativas (solar e eólicas) ainda são muito caras, mas em 20 ou 30 anos poderão ser competitivas, se tornando um opção viável.
A Energia Nuclear é tão segura quanto qualquer outra, desde que 100% executada de forma precavida, tecnicamente perfeita, segura.
Mas no Brasil isso não aconteceria dessa forma, basta ver o descaso com a segurança no trabalho na maioria das empresa, publicas ou privadas.
Desta forma, é conprensivel que o povo, e inclusive alguns orgãos governamentais, tenha total receio.
Temos outras possibilidades e fontes de energia sim, mas a alternativa nuclear não é de todo ruim. Países como a França possuem 50% de sua matriz energética baseada em energia atômica. Se bem executado, repito, bem executado, plantas nucleares são boas alternativas sim.
Creio que já produzimos energia o suficiente para todos, e a população brasileira parou de crescer.
Acredito que podemos parar de pensar em construir mais grandes usinas e racionalizar a utilização da energia elétrica, para evitar os desperdícios, que são enormes e uma substituição gradual das atuais usinas termelétricas por formas mais sustentáveis como eólica e solar. Incentivo para a instalação desse tipo sustentável de geração de energia em residências, comércio e indústria, descentralizando a geração de energia, é uma das soluçoes mais inteligentes.
Acredito que existem boas alternativas de produção de energia, como a eólica e solar. Mas daí a dizer que primeiro é preciso esgotar o carvão para depois pensar em energia nuclear é um terrível absurdo e ignorância. O carvão é muito prejudcial, é muito nocivo ao meio ambiente deve ser descartado como alternativa de produção de energia.
Abaixo o uso do carvão! os desinformados precisam se eslcarecer, deixar de resistir e de serem preconceituosos com a energia nuclear.
Bah cara, como se energia a carvão fosse algo ótimo para o meio ambiente.
Li essa noticia no começo da manhá e fiquei puto da cara… esse papinho de desastres… a fala serio…
Mas ainda assim, concordo sobre outras fontes de energia (eólica e solar)