O prefeito José Fortunati recebeu hoje, 30, um conjunto de propostas arquitetônicas para oferecer à população alternativas de lazer e esportes na orla do Guaíba. A entrega das Diretrizes de Desenho Urbano para Orla Central foi realizada em solenidade no Paço Municipal. A revitalização da orla faz parte do conjunto de obras projetadas para preparar a cidade à Copa do Mundo 2014. (fotos) (veja o vídeo)
As diretrizes prevêem a instalação de equipamentos públicos e privados no trecho que vai da Usina do Gasômetro até a área do Sport Club Internacional (cerca de três quilômetros de extensão). O trabalho foi coordenador pelo grupo de trabalho “Orla”, da Secretaria do Planejamento Municipal, com o objetivo de tornar realidade a integração da cidade com o lago. “Esse estudo permitirá a manutenção das características básicas da estrutura da Orla, cujas intervenções terão o papel fundamental de integrar o cidadão com o meio ambiente. Vamos discutir essas diretrizes de forma propositiva, transparente e democrática, buscando a qualificação desse espaço privilegiado da cidade”, enfatizou o prefeito, ao receber o documento. Fortunati ressaltou ainda que, para viabilizar o projeto, é preciso buscar a liberação de recursos junto ao governo Federal.
Formado pos técnicos de secretarias e departamentos da prefeitura, o grupo dividiu a área em cinco partes e apresentou intervenções conforme suas características. As diretrizes têm como foco incentivar as pessoas a ocuparem a orla. Para isso, serão construídos caminhos em toda a beira do lago, como calçadas, pistas para caminhada, ciclovias e passeios sobre palafitas nas áreas onde há vegetação na margem.
Acesso – O projeto prevê várias passarelas para unir a orla aos parques Marinha do Brasil e Harmonia, além de estacionamentos onde se possa apreciar a paisagem. Ao final de cada passarela serão construídos restaurantes, bares, quiosques, banheiros públicos e locais para alugar bicicletas. Na foz do arroio Dilúvio haverá uma marina publica com restaurante e garagem para barcos. Também será instalado um conjunto de equipamentos esportivos: arena multiuso, campo de futebol, quadras para esportes da areia e arvorismo, esporte radical que consiste na travessia entre plataformas montadas no alto das árvores e ultrapassagem de obstáculos como escadas e pontes suspensas.
Fotos: Ricardo Giusti / PMPA
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Vejam o vídeo sobre o lançamento do projeto, da TV WEB, da Prefeitura de Porto Alegre.
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Sinto muito, mas és cego sim! A questão não é para se concordar ou não, hoje é fato que “obras viárias para facilitar o fluxo de automóveis” é pura ilusão, qualquer especialista sabe disso, pois elas nunca conseguem acompanhar o crescimento da frota, é um dinheiro posto fora, que se utilizado no transporte público tornaria Porto Alegre uma cidade de primeiro mundo em poucos anos.
E além disso, mesmo se houvesse dinheiro infinito para as tais obras e elas fossem rápidas o suficiente, isso tornaria a cidade um inferno, barulho, polução, e todo o espaço que não fosse um prédio seria uma rua ou avenida. Sério, quem quer morar num lugar assim?
Li, entendi e não concordo. E não sou cego.
Sou a favor da Duplicação, de obras viárias que facilitem o fluxo de automóveis, pontes, estradas, o que for. Ponto.
Anderson, dá uma lida no que eu escrevi e não distorcer minhas palavras, em nenhum momento falei em proibição do uso de automóveis, e escrevi sobre as principais medidas tomadas, destacadas não por mim mas pelo próprio prefeito de Bogotá na época.
Para as pessoas, que mesmo lendo e entendendo tudo que escrevi aqui, ainda são a favor da duplicação da Beira Rio, eu só posso é citar um velho ditado: “O pior cego é aquele que não quer ver”
Em Bogotá foi uma série de medidas e não a proibição de uso de automóveis que melhoraram os índices de homicídios.
Estamos em uma metrópole. Porto Alegre não tem uma estrutura viária de primeiro mundo. Precisa melhorar e muito.
Sou a favor sim da duplicação da Avenida Beira-Rio e de melhorias em ruas e estradas da cidade.
Escrevi mais do que a própria postagem…mas tem mais um dado interessante. Em Bogotá se diminuiu inclusive o índice de homicídios, apenas tomando as medidas que eu falei que melhoram a qualidade de vida das pessoas, assim elas se sentem valorizadas, e acaba tendo menos homicidas.
Guilherme,
Mesmo com a duplicação da Av. Beira Rio, quem usa ela no dia a dia vai continuar preso no transito pouco depois de sua conclusão. Uma citar uma frase dita por um especialista postada aqui mesmo no blog: “Com 70 carros novos por dia entrando em circulação não há engenharia que resolva”.
Já está mais que comprovado aumento na estrutura para o trânsito de carros só fazem aparecer mais carros, e continuasse gastando-se milhões com isso, esses mesmo milhões bem aplicados em transporte público e uma estrutura cicloviária por toda a cidade resolveria os problemas.
Já falei antes também de um documentário “E2 Transport” (Seoul: The Stream of Consciouness) que pode ser assistido direto no site http://www.e2-series.com/ no menu Webcast. Nesse documentário um especialista fala que: “Antigamente, se pensava que o trânsito de carros se comportava como um líquido, que era só abrir novas vias e ele fluiria, hoje sabe-se que ele comporta-se como um gás, quanto mais espaço se tem mais ele ocupa esse espaço, ou seja, se expandimos o volume das vias o trânsito de carros se expande, se comprimirmos o volume das vias o trânsito de carros diminui. Eles fizeram isto em uma parte de Seoul. Ele fala inclusive que parece algo mágico, pois simplesmente todo aquele fluxo de carros que tinha antes desapareceu, não foi distribuído em vias alternativas como se imaginava inicialmente, o que acarretaria problemas nestas outras vias. Este é só um exemplo, existem milhares.
Então, a receita é simples, desestimular o uso do carro não criando mais estrutura para ele circular, inclusive diminuindo estas estruturas, e usando o dinheiro que sobra disso e que se arrecada com mais taxas para circulação de carros em Transporte Público e estrutura cicloviária.
De quebra, as cidades que fizeram isso ou estão fazendo melhoram consideravelmente a qualidade de vida de seus cidadão, com menos poluição do ar e sonora, menos stress e mais interação entre as pessoas nos espaços públicos.
Então, mesmo sabendo de tudo isso, como pode se achar um absurdo a NÂO duplicação da AV. Beira Rio?
Eu mesmo respondo, é a maldita cultura do automóvel impedindo as pessoas enxergarem um pouco além da lataria e vidros dos seus carros.
Não nego a utilidade e conforto de um carro, e ele poderia ser utilizado de uma forma racional, mas com todos os problemas que ele causa, ele se tornou a maior PRAGA da atualidade.
A Alemanha fechou os acessos aos estadios DURANTE OS JOGOS pela segurança, ataques terroristas e outras coisas, a mesma coisa com as Olimpiadas na China….
O mesmo acontece no Olimpico em dias de jogos, porem, são em ruas bem mais proximas.
Como não duplicar a avenida? e quem usa ela no dia a dia vai continuar preso no transito?
Que absurdo isso.
Ah…quanto a duplicação da Beira Rio, isso é absurdo, só vai piorar o trânsito na região trazendo todas aquelas consequências que descrevi no comentário acima. O Idela é que ela fosse fechada aos carros.
Podem alegar que o Beira Rio vai sediar jogos da copa e o acesso é necessário. Basta pesquisarem o caus do trânsito próximo aos estádios na Africa do Sul. E então seguir o exemplo da Alemanha, que fechou o acesso aos carros a 3 km dos estádios.
No geral eu gostei,mas tenho alguma dúvidas e perguntas:
1) O que são exatamente os “Eixos de acessoas diferenciados com passeio público convencional”,no desenho são as faixas largas em amarelo, e porque nesses eixos não tem ciclofaixas ou ciclovias?
2) Quanto as passagens de de nível superior, não terão rampas com acesso para os ciclistas e pedestres?
3) Se esses “Eixos de acessoas diferenciados com passeio público convencional” é permitida a entrada de carros particulares, isso acabará tornando a orla muito mais poluída (ar, barulho e visualmente) além de correr o risco de ficar igual a porcaria da orla de Ipanema, onde no final de semana é impossível passar por lá e se ter uma sensação agradável, devido ao extremo barulho das motos, carros, sons e jetski, além se estacionarem e caminharem na ciclovia que é ridiculamente estreita. Para melhor lá a solução seria nos finais de semana fechar a rua para veículos motorizados.