De forma repetitiva vemos notícias de carros caindo no Arroio Dilúvio. A Avenida Ipiranga, que acompanha o Dilúvio, é muito movimentada e traz sérios problemas aos motoristas. Além da irresponsabilidade de alguns, a via por si só coloca todos em perigos. As faixas muito estreitas e o asfalto irregular causam acidentes e congestionamentos. Em dias de chuva, a situação piora. As pistas da esquerda e da direita ficam intransitáveis em vários pontos. Alagamentos e mais alagamentos.
Além de um estudo mais profundo, a Ipiranga precisa urgentemente que se instale um guard-rail (mureta de proteção), a fim de evitar que os carros caiam no arroio. Ontem (3) caiu um carro. Hoje (4) caiu outro. Somente esse ano, seis veículos despencaram, um deles o do ator Werner Schünemann, que se acidentou no local em junho.
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Guard-rail é botar a sujeira para debaixo do carpete. Ao invés de cair no dilúvio, os carros vão arrebentar a proteção. Não é melhor evitar que haja qualquer forma de colisão?
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Jorge:
Eu até acho interessante a ideia de cobrir o arroio dilúvio. No entanto, cobri-lo para criar MAIS pistas de rolamento é uma temeridade sem tamanho. Todas as cidades modernas já aprenderam que aumentar a capacidade de circulação de veículos particulares só faz aumentar a proporção de veículos particulares em circulação. Não podemos realmente querer isso.
Se fosse pra cobrir o arroio dilúvio, eu preferiria que fosse com áreas verdes, calçadas e praças, formando um parque longitudinal. O fato é que o custo de cobrir toda a extensão do arroio é simplesmente muito elevado, de forma que talvez faça mais sentido fazer esse tipo de intervenção apenas em pontos específicos.
Outra opção que seria interessante seria usar o canteiro central como ciclovia ou pista de lazer, estendendo a área do platô onde fosse possível (isto é, diminuindo a inclinação do barranco)
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Coisa curiosa: bom número dos casos de amerrisagem de carros no Dilúvio aconteceram de madrugada, com pista molhada e a turma ignorando os efeitos do “aquaplaning” (e alguns, certamente muitos, em consequência do “tragoplaning”). Solução? Guard-rails ao longo da Ipiranga? Pode ser. Talvez mais inteligente seria cobrir aquele arroio-latrina com placas de concreto pré-moldadas, (aqui, nenhuma novidade, já foi feito isto antes, inclusive em Terra Brasilis) o que permitiria a instalação de nova via de escoamento e, de quebra, evitaria o permanente descarte de sofás, pneus, geladeiras, etc. etc. por parte de uma marginália tão sofrida, tão desassistida, tão coitadinhos… Mas imediatamente acordo para a realidade: vivemos todos numa aldeia administrada por indigentes intelectuais e sem – queiram perdoar – culhões para enfrentar uma caterva raivosa e ruidosa de ditos “resistentes”, “ambientalistas” e outros quetais que nos condenam ao eterno atraso, à eterna pobreza e mediocridade de soluções urbanísticas. Depois de ler o brilhante comentário do Ricardo mais acima, começo a considerar com seriedade a mudança para uma cidade arejada, sem o mofo e o limo tão característicos e tão presentes nesta triste Porto Alegre…
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Acho que antes de tudo, tem que mudar as leis, tem que mudar muita coisa.
Não adianta dar multa tendo limites absurdos…
Por exemplo, andar a 100km/h na free way, é um absurdo, no resto do Brasil uma rodovia como ela teria o limite de 120km/h, sendo que é uma rodovia que certamente nem limite de velocidade precisava ter, a não ser em dias de grandes movimentos.
Não falo isso por que gosto de correr, coloca o limite de 100km/h, sempre vai ter gente correndo, sempre vai ter gente tomando multa, não vai adiantar.
Mas no caso do Diluvio, só em ter abs, daria o controle aos carros na hora de uma freada brusca e de um desvio.
Outra coisa, tirar as carroças, quase sofri um acidente por causa de uma carroça depois de uma curva na terceira perimetral em horario de pico… o cara deixou a carroça la…
Quando vou pra faculdade sempre passo por umas carroças, sempre vejo algum carro quase bater na hora de desviar dela….
Não adianta uma via de 60km/h se tu vai encontrar uma carroça a 20.
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Sem dúvida Guilherme!
Um ser humano dentro de um carro é o equivalente a um cachorro atrás de uma grade.
Os dois mudam sua personalidade.
É preciso ser muito bem resolvido e ter muito auto-controle e vontade de ter auto-controle para conduzir um carro pondo pessoas inocentes em menos risco.
Com muita multa e campanhas de concientização podemos diminuir muito as mortes por acidente de trânsito como em grande parte da Europa porém sempre haverão mortes de inocentes causadas pela mistura de seres humanos com poder.
Aqui no Brasil se multa muito pouco (‘indústria da multa’ é coisa de quem prefere reclamar por mais comodismo ao invés de não se importar a final conduz seu veículo de maneira inteligente) parece que se tem pena dos pobres motoristas que não tem a menor noção da responsabilidade inerte a conduzir um veículo capaz de tirar a vida ou deixar uma pessoa tetraplégica no piscar de um olho. É muito chato ter tanta responsabilidade nas mãos.
Vivemos um moderno velho oeste em que ao invés de cauboys com pistolas temos homens e mulheres com carros.
Ai, que horror, diriam algumas pessoas.
Não são vocês que tem a própria vida e integridade física posta em risco todos os dias por diversos motoristas que não respeitam a vida e a lei e não mantém os 1,5 metros de distância na ultrapassagem do ciclista. Depois muitos gurizões, mães e pais de família cortam minha frente em saídas da Ipiranga ao invés de esperar uns segundinhos a mais para eu poder seguir em paz.
Dureza são os artigos que dizem que jamais foi multado um motorista por tirar fino(é o mesmo que dar um tiro de raspão para quem recebe o tiro) ou cortar a frente de um ciclista em saída de avenida isso que ambas são infrações gravíssimas segundo as leis que protegem o ciclista.
Eu sempre preciso pedir com sinais para que me respeitem e sempre agradeço com sinal de positivo aos motoristas que não fazem nada mais que sua obrigação pois grande parte dos motoristas nem ao menos faz isso. Jamais houve uma boa campanha de concientização de motoristas quanto ao respeito aos ciclistas e é preciso mesmo que devesse ser óbvio que devemos respeitar a vida dos outros.
É uma tremenda hipocrisia achar que a bicicleta atrapalha o trânsito principalmente vindo de gente que não se da o trabalho de ajudar a construir uma cidade melhor ao utilizar outros meios de transporte que não o carro privado que ocupa em movimento(para estacionar multiplica-se esse número) 6m2 por cidadão e isso é um absurdo em termos de gestão de espaço urbano. Sem contar a poluição per capita.
A velocidade média dos carros é menor que da bicicleta. Tem tantas bicicletinhas assim atrapalhando o trânsito ou será que tem demais automóveis?
Não tira pedaço de ninguém utilizar coletivos de vez enquando. Utilizando coletivos as pessoas interagem mais e passam a colaborar pela integração da sociedade ou seja por uma Porto Alegre mais humana e menos perigosa.
Aí gastam uma fortuna para construir os guardrails ao invés de fazer campanhas de concientização que serão um começo em direção a evolução da mentalidade das pessoas.
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sera que ja foi feito um levantamento para ver se isso acontece sempre nos mesmos lugares
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Na minha opinião, 80% das causas de carros no diluvio são por irresponsabilidade do motorista.
Normalmente alguem da uma freada brusca, o carro que ta a tras como sempre colado no da frente, freia e tenta desviar e perde o controle.
Só um ABS ja resolveria isso.
A Ipiranga quase não tem curvas…. as que tem são fracas… é o nosso transito de ultima categoria que causa isso.
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