Capital usará contêineres nas ruas de cincos bairros

Codeca investiu R$ 10,6 milhões na aquisição de equipamentos

A colocação de sacos de lixo nas calçadas de Porto Alegre virou uma grande dor de cabeça para os moradores e para o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). A principal reclamação da comunidade está relacionada à atuação de carroceiros, catadores e moradores de rua que, em busca de produtos como latas de cerveja, garrafas PET, jornais velhos e papelão, entre outros materiais, acabam rasgando os sacos.

O resultado dessa ação é que o lixo fica espalhado pelas calçadas e pelas ruas da Capital. Um levantamento do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) mostra que 60% dos entupimentos das bocas de lobo da cidade ocorrem devido aos sacos plásticos.

Para resolver o problema, o DMLU busca uma solução utilizada em algumas cidades do Interior do Estado e por alguns países da América Latina: a colocação de contêineres nas vias públicas. A partir de 2011, um projeto-piloto começa a ser testado no Centro e também nos bairros Bom Fim, Santana, Praia de Belas e Cidade Baixa.

“O nosso objetivo com a colocação dos contêineres é diminuir o número de sacolas e sacos de lixo na via pública”, comenta o diretor-geral do departamento, Mário Moncks. Segundo ele, os mil contêineres que serão colocados na área central e nos quatro bairros a partir de 2011 serão exclusivamente para coleta de lixo domiciliar (comum). Os contêineres, que serão estacionados na via pública, ocuparão um espaço equivalente ao de um veículo. Também está definido que, a partir dos primeiros meses de 2011, será realizada uma campanha publicitária para explicar à população os detalhes da coleta mecanizada.

O vereador Adeli Sell (PT) salienta que a colocação dos contêineres na cidade está vinculada ao fim da circulação das carroças. “Não é possível que em 2010 ainda tenhamos que conviver com a má educação e o lixo espalhado pelos carroceiros e pelos moradores de rua”, destaca. De acordo com Sell, além de terminar com o problema das sacolas e sacos de lixo nas calçadas, a colocação dos contêineres vai evitar a sujeira, o mau cheiro e a ação de roedores. Para ele, está mais do que na hora de o poder público municipal acabar com a “farra” que é feita pelos catadores e carroceiros na cidade.

O vereador acredita que a implantação da coleta mecanizada em Porto Alegre vai resolver um outro problema: o de homens correrem atrás de um caminhão de lixo pelas ruas da Capital. “É um absurdo que isto ainda ocorra em pleno século XXI”, lamenta.

Caxias do Sul comemora três anos da coleta mecanizada

A coleta mecanizada do lixo de Caxias do Sul completou três anos. O sistema começou a ser implantado em 270 quadras da área central em agosto de 2007. Inicialmente foram 500 contêineres de cada tipo (orgânico e seletivo). Na segunda etapa, em março de 2008, foram mais 500 de cada. Uma terceira etapa ocorreu em maio, com outras 400 unidades de cada tipo.

O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Adiló Didomenico, explica que atualmente existem 2,8 mil contêineres – 1,4 mil verdes para lixo orgânico e 1,4 mil amarelos para resíduo seletivo. O projeto cobre 900 quadras na área central e diversos bairros.

A utilização de contêineres beneficia mais de 165 mil pessoas na cidade. Entre os benefícios conquistados está o aumento de mais de 100% no volume de resíduos seletivos. “O sistema também reduziu o mau cheiro, o lixo nas calçadas e a proliferação de insetos e outros animais”, destaca. O recolhimento dos contêineres acontece das 18h às 6h e cada equipamento fica a uma distância de 100 metros um do outro. A lavagem com desinfetante é feita uma vez por semana pela equipe da Codeca.

Em 2009, a companhia investiu R$ 10,6 milhões na aquisição de todos os equipamentos, que eram locados, e na implantação da terceira fase. Houve redução de custos, domínio de tecnologia, aquisição de patrimônio e racionalização de despesas. “Não ocorreram demissões. Pelo contrário: o número de coletores aumentou porque as equipes reforçaram o serviço em outros bairros”, destaca. Em função da utilização de contêineres na área central, a coleta seletiva passou de uma para duas vezes por semana nos bairros mais afastados.

No entanto, o principal problema continua sendo o vandalismo e o mau uso dos equipamentos. Desde que o sistema está em vigor, 244 contêineres já foram danificados – metade por ataques de vândalos e os outros 50% por acidentes de trânsito. Didomenico diz que a prefeitura atua em parceria com a Brigada Militar e a Guarda Municipal no combate aos incêndios criminosos.

Jornal do Comércio



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7 respostas

  1. É uma alternativa para a limpesa da nossa cidade. Sugiro que no Bairro Cidade Baixa, um conteiners seja colocado na praça atrás do Edel Traide Center, ” Praça Professor Saint Pastous”, por ser um local estratégico.

  2. Sabia que ia ler um comentario tipo o do LG.

    Absurdo ler uma ladainha dessas.

    Lixo não é brinquedo pra ficar colocando a mão…

    A culpa é de quem então?
    Aqui em casa a calçada só ficou utilizavel depois que colocamos um cadeado na lixerira, nunca mais ficou os restos de comida.

    Por favor cara, para com esse papo de queridinho e defensor dos pobres.

    Outra coisa, o lixo é de quem? MEU. NÃO QUERO QUE COLOQUEM A MÃO NELE, SÓ UMA EMPRESA DA PREFEITURA.

    JA SEPARO O LIXO FAZ TEMPO…. NÃO QUERO CARROCEIRO METENDO A MÃO E SUJANDO MINHA CIDADE.

  3. Lixo é um questão de saúde pública e os cidadãos pagam muito bem para que a Prefeitura faça esse recolhimento da melhor forma possível. Se os recursos públicos são insuficiente para estender esse sistema de recolhimento através de conteineres por toda capital, que se cobre mais, mas que se acabe com a imundície que fazem esses carroceiros nas ruas e terrenos invadidos da cidade.

  4. LG, a medida é muito eficiente e bem vinda. Conteiners separados para lixo orgânico e reciclado, não sabe ler? E os carroceiros devem migrar para os centros de reciclagem e garantir la o seu sustento já que não o conseguem de outra forma. Melhor para todos, inclusive para eles.

  5. Essa coisa toda é uma estupidez.
    Dizer que a culpa de o lixo ficar podre nas calçadas seja dos catadores é a coisa mais besta que existe.
    Seria muito mais inteligente da nossa parte se nos ocupassemos nossas gordas bundas em separar o lixo na nossa casa, numa sacola colocar as garrafas, latas e papelões – tudo limpo para que as pessoas possam levar e reciclar e ganhar um dinheiro honesto.

    O que as pessoas querem e mais segregação e pobreza e criminalidade. A cidade é de todos. Não é apenas dos carros e prédios. ou das pessoas que tem carros e as que podem comprar apartamento.

    O ideal e ir tudo para um container junto e misturado e depois prum aterro bem cheio.

    E os carroceiros vão trabalhar onde agora? A grana que as pessoas arrecadavam para sustentar suas famílias trabalhando na cidade sai de onde agora? As pessoas tem uma cultura e ums saber que era específico seu. Eu que sou uma classe média conectada urbana não saberia galopar numa carroça em plena ipiranga. Mal consigo andar de bicicleta – que é outro tema difícil…ciclista não tem muita vez tb.

    Porque não pega essa grana que vai para alugar conteiner e faz uns cursos para as pessoas pegarem o hábito de separar. Ou pensar numa lei que obrigue aos estabelecimentos comerciais que vendem bebidas e comidas a separar seu lixo podre que fica todo misturado e as ruas com grande concentração desses estabelecimentos como a R Lima e Silva vira um lixão aberto.

    chatissimo esse adeli sell.

  6. Já é um começo…

  7. Na cidade de Natal, JÁ são usados esses conteiners.

    E são bem bonitos.

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