Alternativas são analisadas para desafogar trânsito na ligação entre a Capital e o Sul

Departamento do governo federal analisa opções no Guaíba

Ainda são linhas tracejadas no mapa da Capital, mas os traçados que estão em estudo pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) dão novo fôlego para que a esperada construção de uma nova ponte no Guaíba saia finalmente do papel. O Dnit e a Ecoplan, empresa contratada para estudar a viabilidade dos projetos, apresentaram na semana passada a um público seleto – engenheiros, arquitetos, técnicos de concessionárias e de órgãos estadual e federal – as alternativas de locais onde poderá ser erguida a travessia que desafogará a saturada ligação atual onde transitam por dia 40 mil veículos.

Cinco pontos foram identificados. Segundo o superintendente regional do Dnit, Vladimir Casa, a estrutura terá de ser erguida entre a ponte atual e a futura ligação com a Rodovia do Parque, que está em construção.

– Foi imaginada uma ponte que partiria do cais, mas foi totalmente descartada por ser uma zona conturbada demais. Ao sul da ponte nada pode ser construído, pois os veículos em viagem acabariam se envolvendo no trânsito de Porto Alegre. Iríamos só piorar a situação – sustenta Casa.


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As cinco alternativas têm peculiaridades distintas e precisam agora ser analisadas por técnicos do Dnit para avaliar as viabilidades técnicas e econômicas de cada uma. A nova ponte não seria móvel com atual. Por isso, teria ser mais alta para que embarcações possam navegar pelo Guaíba.

O projeto considerado mais viável seria bem próximo ao apresentado pela Concepa. Ligaria a Avenida Dona Teodora, onde hoje já existe uma estrutura e espaço para serem construídas as conexões, até Saco da Alemoa. A estrutura, porém, seria bem mais complexa do que a projetada pela concessionária, com sete conexões e maior espaço para o trânsito de veículos.

Presidente do Movimento Ponte do Guaíba, Sérgio Luiz Costa defende a criação da nova travessia neste local.

– É o melhor. Teria menos impacto na população e faria as conexões necessárias. Essa prestação de contas feita pelo Dnit demonstra que é possível começar fazer a ponte já no ano que vem – aposta Costa.

Apesar do avanço, o início das obras ainda está longe. A previsão inicial do Dnit é começar os trabalhos em 2012 para concluir três anos depois.

Gustavo Azevedo 

ZERO HORA



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito, Nova ponte Guaíba

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2 respostas

  1. Acho que a Grande Porto Alegre precisa de uma nova ponte no Guaíba e desse anel viário com uma terceira ponte. Um projeto não exclui o outro.

    Quanto a ponte ao lada da atual, para mim a melhor opção seria a alternativa 5, mas parece que nesse caso teriam de parar e redefinir a construção da estrada do Parque, pois ambas as rodovias teriam que se encaixar no mesmo lugar da Free-way.

    Ou seja, não temos uma espécie de plano direitor rodoviário na região metropolitana e vivemos de projetos desencontrados e, as vezes, contraditórios dos governo federais e estaduais. Isso tudo culpa do nosso pseudossistema federativo, pois racinalmente a organização do espaço, transporte e da circulação de um região metropolitana deveriam ser competência exclusivamente estadual. Se a União quisesse (e deveria, pois tem mais recursos – leva 2/3 dos nossos tributos) poderia fazer essas obras dentro do plano pré-estabelecido no estado.

    No caso, o DAER, órgão estadual de transporte, parece que nem foi convidade para a Comissão que escolherá a melhor alternativa de ponte para o Guaíba. Isso é um absurdo!

    Chega de CENTRALISMO! Chega desse Império de Brasília.

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  2. Na minha opinião, o melhor traçado seria a opção 5. Só que mais ao norte. Deveria terminar em Canoas.

    Depois de concluída, poderiam construir uma nova no lugar da atual ponte.

    E se sair o rodoanel, teríamos uma terceira, na zona sul.

    Dessa forma, haveriam três formas de acesso: norte, centro e sul.

    Quem quisesse ir em direção a Serra Gaúcha, bastaria pegar a via norte, em direção a Canoas.
    Quem quisesse vir a Porto Alegre ou ir em direção ao litoral, pegaria a ponte central.
    Quem quisesse ir para a zona sul de Porto Alegre ou pegar a Rodovia do Progresso, usaria a ponte sul.

    Sei que parece utópico, mas não é. É possível. Basta o governo federal construir a ponte norte e o estado bancar a ponte sul. Já a reconstrução de atual, poderia ser concedido a Concepa.

    O que acham?

    Dessa forma, a capital realmente teria uma estrutura viária decente.

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