Ministério Público Federal anunciou que não aceitará novas interrupções no vão móvel da ponte

Rigor sobre panes no vão móvel 
 
O Ministério Público Federal garantiu ontem que irá atuar com rigor sobre o caso das panes no vão móvel da Ponte do Guaíba. Na audiência pública realizada na sede do MPF na Capital, a concessionária Concepa apresentou um histórico sobre os danos ocorridos na estrutura durante os seus anos de gestão e anunciou medidas para atenuar o problema. As interrupções no tráfego, mais frequentes nos últimos três anos, motivaram a abertura de um inquérito civil público para apurar responsabilidades da Concepa, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, da Agência Nacional de Transportes Terrestres e da União.

Para o procurador da República Alexandre Amaral Gavronsski, o que não pode acontecer é o constante prejuízo à sociedade com as interrupções na fluidez do tráfego. “O MPF não aceitará mais interrupções dessa natureza. Além de estudarmos um horário mais adequado para os içamentos, diante de panes haverá repostas jurídicas com determinação de obrigações e cobrança de indenizações sobre os responsáveis”, disse o procurador. De acordo com levantamento, cerca de 20 mil veículos passam todos os dias pela ponte, com pelo menos 40 mil pessoas.

Já para o presidente da Concepa, Odenir Sanches, a solução definitiva seria a construção de uma nova ponte, em substituição à atual, que está com 52 anos de uso. Ele explicou que em razão da condição estrutural, comprometida depois do acidente ocorrido em 30 de abril de 2008, eventuais falhas serão “inevitáveis”. Naquela ocasião, o vão móvel não elevou e a torre de um navio colidiu contra as longarinas que sustentam a ponte, causando danos permanentes.

A construção da nova ponte, segundo o MPF, não estaria prevista no contrato de concessão e provocaria um conflito de interesses econômicos entre o fornecedor do serviço – que não estaria obrigado a dar solução definitiva embora interessado no resultado – e os consumidores, que seguem pagando pelo serviço.

A proposta apresentada pela Concepa é de automatizar o sistema e aprimorar ações preventivas. O prazo para execução das melhorias seria de 12 meses. A concessionária disponibilizaria um helicóptero de prontidão para emergências.

A falha mais recente aconteceu em 1 de outubro, entre 9h15min e 13h45min, ocasionando congestionamento de até 15 quilômetros e contenção de três grávidas e dois pacientes com câncer, os quais deslocavam-se para cirurgias.

Correio do Povo
http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=116&Numero=26&Caderno=0&Editoria=91

 

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Categorias:Nova ponte Guaíba

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