Prefeitura de Porto Alegre anuncia criação de bicicletários em pontos do Centro

Equipamentos serão colocados de forma experimental no Mercado Público e Gasômetro

 

Após o caso polêmico das bicicletas acorrentadas no portão do Mercado Público, o prefeito de Porto Alegre anunciou a instalação de bicicletários em pontos do Centro, em caráter experimental.

Mercado será um dos pontos que terão bicicletários. Foto: Gilberto Simon - Arquivo Porto Imagem

Segundo José Fortunati, os equipamentos serão colocados no Mercado Público e Usina do Gasômetro antes de serem instalados em outros locais na cidade.

— A criação dos bicicletários é importante, mas em locais seguros. Nós pretendemos colocar, inclusive com possibilidade de locação de bicicletas, um bicicletário no Mercado Público e outro na Usina do Gasômetro. Seria em caráter experimental, para depois levar o projeto para outras áreas — disse o prefeito.

Segundo Fortunati, já está em andamento a negociação para colocar também um bicicletário na estação do Trensurb, na Capital. O importante, segundo ele, é criar uma cultura.

— Temos que lembrar que o Centro Histórico é composto por vias apertadas, sem condições de receber ciclovias. Mas nessa questão do bicicletário é importante primeiro criar uma cultura. É uma questão de cidadania. E vamos focar muito nisso em 2011. No respeito ao ciclista. Não é só por reduzir o número de carros ou diminuir a poluição. Também impacta na área da saúde, já que vai levar as pessoas a praticar exercícios físicos.

Os bicicletários na Capital estão previstos para serem colocados com ajuda da iniciativa privada.

Polêmica no Mercado Público

Um caso ocorrido no dia 25 de novembro ganhou repercussão. Um casal foi fazer compras no Mercado Público. Sem espaço para acorrentar as bicicletas no Largo Glênio Peres, as bicicletas foram presas nas grades do portão central do prédio. Ao retornar das compras, eles depararam com outras correntes sobre as suas, impedindo a retirada das bicicletas.

Indignado, o casal encaminhou e-mail relatando a situação à coordenação do Mercado Público. A resposta de uma servidora do local percorreu a Internet, provocando revolta de ciclistas, o que levou o secretário da Smic, Valter Nagelstein, a emitir nota oficial, desculpando-se.

Em seu perfil no microblog Twitter, Nagelstein se queixou da manchete da reportagem de ZH sobre o assunto.

Ciclovias na Capital

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, estima que um dos trechos mais aguardados de ciclovia na Capital tenha sua obra iniciada até o fim do primeiro semestre de 2011. Trata-se de uma extensão da Avenida Ipiranga, desde a Edvaldo Pereira Paiva (Beira Rio) até a região da PUCRS.

A obra já está sendo orçada e terá contrapartida da iniciativa privada.

— Nós levamos três anos para discutir plano cicloviário de Porto Alegre. Temos um estudo técnico detalhado, rua por rua, onde é possível de realizar a ciclovia. Isso já foi aprovado pela Câmara de Vereadores, o prefeito Fogaça sancionou, e agora nós vamos começar a executar — explicou Fortunati.

Além desse trecho da Ipiranga, outros locais que receberão ciclovias são a Edvaldo Pereira Paiva (Beira Rio), onde a obra deverá ser executada ao longo dos trabalhos de duplicação, e a Avenida Sertório, que está em fase de estudo.

Em fase de finalização na Capital, trechos de coclovia já podem ser verificados na Restinga (cerca de 4,6 quilômetros), Avenida Diário de Notícias, que deverá ter ligação com a Edvaldo Pereira Paiva, além de um trecho de cerca de dois quilômetros que já está pronto em Ipanema, na Zona Sul.

— E temos a ideia de implementar ainda uma ciclovia ao longo da Orla do Guaíba, o que está previsto no projeto de revitalização e seria um passeio maravilhoso para todos na Capital — destacou o prefeito.

Veja mais:

Plano Cicloviário para a Capital foi apresentado em 2008

Conforme secretário, expectativa é de inaugurar 18 quilômetros ainda em 2008 (Zero Hora, 28 de maio de 2008)

O prefeito José Fogaça apresentou nesta manhã o Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre, na Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), com a presença do secretário municipal de Mobilidade Urbana, Luiz Afonso Senna, e de técnicos que contribuíram na elaboração do trabalho.

O projeto, que será encaminhado à Câmara de Vereadores, identifica 495 quilômetros (veja mapa ao lado e abaixo) de vias na cidade com possibilidade de abrigar ciclovias até 2022. Para este ano, conforme o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Luiz Afonso Senna, a expectativa é de inaugurar ao menos 18 quilômetros.

 

Os primeiros trechos*

> 6,6 quilômetros da Avenida Ipiranga, entre a orla do Guaíba e o Campus da PUCRS, trecho considerado de maior demanda futura, com mais de 10 mil viagens diárias
> 7,8 quilômetros entre a Avenida Sertório e Avenida Assis Brasil, conectando a Estação Farrapos da Trensurb com a Avenida Francisco Silveira Bittencourt
> 3,2 quilômetros da Avenida João Antônio da Silveira, principal via de acesso à Restinga, onde a bicicleta já é utilizada com intensidade, mas há alto índice de acidentes

* também integram o plano outras ciclovias em implantação nas avenidas Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio), Diário de Notícias e Vicente Monteggia (bairro Vila Nova).

ZEROHORA.COM

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Categorias:Bicicleta

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8 respostas

  1. Essa ciclovia da Sertório seria a senha para eu deixar o carro na garagem e ir para o trabalho de bicicleta.

  2. Infelizmente para os nossos qualificados gestores.
    Projeto/desejo é similar a suvaco/axila, so muda o nome.

  3. Na verdade não há projeto algum de duplicação da Vicente Monteggia. O que há é um desejo da prefeitura de que a via seja duplicada. Projeto é bem mais do que desejo ou plano.

  4. Augusto, existe proposta de duplicação da Vicente Monteggia. Apenas com a duplicação a ciclovia sai.

    “Conforme secretário, expectativa é de inaugurar 18 quilômetros ainda em 2008 ”

    Luiz Afonso Senna, gestor público de grande qualidade e compromisso. 😛

  5. Como??? Ciclovia na Vicente Monteggia? Parem o mundo que eu quero descer. Lá não tem espaço nem pros pedestres…imaginem para ciclovia.
    Sequer há passeio em vários trechos da via. Quem teve essa ideia “brilhante”?

  6. Ja é um começo.
    Ja vi muita bicicleta presa em lixeiras no centro, acho que vai vingar.

    E tambem acho que deveriam fazer um prédio de 100 andares, só a rampa pra bike que não eras…

  7. Eu acho que a solução é fazer prédios de 100 andares com uma rampa para subir de bicicleta. Só assim POA será moderna 😀

  8. Não acredito que vão ser só experimentais esses bicicletários, mas é importante ver a questão das ciclovias e ciclofaixas. Uma coisa que eu não me oporia em alguns casos até seria a implantação de túneis e passarelas em alguns pontos, que poderiam permitir a passagem das bicicletas e pedestres com o máximo de segurança e conforto. O que não deveria mais ter espaço é esse pensamento medíocre de que passarelas deixariam o centro mais feio ou as ruas menos “humanizadas” (um ser humano espatifado no asfalto depois de ser atropelado por tentar atravessar alguma rua movimentada fora de uma faixa devidamente sinalizada e com semáforo durante a noite é tão humano quanto outro que use uma passarela e saia vivo).

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