Detran informa que a frota do Estado chegou aos 4,7 milhões em 2010 e pode dobrar até 2020
A cada dia, 794 veículos estreiam nas ruas do Estado. Porto Alegre já registra a taxa de 48,7 veículos para cada grupo de cem moradores – é quase um volante para duas pessoas.
As cidades e as rodovias estão se entupindo de carros, motocicletas, ônibus e caminhões, num ritmo que aumenta, em média, 6,4% ao ano. O crescimento acelerado, descontados os carros que saíram de circulação, fez com que a frota gaúcha atingisse os 4,7 milhões de veículos, ano passado. Se a tendência se mantiver, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) avisa que serão 8,8 milhões em 2020, o dobro da frota atual.
A informação de que a frota cresceu 6,6% em 2010, na relação com 2009, preocupa especialistas. Jaime Waisman, professor da Universidade de São Paulo (USP), compara que as cidades são como o corpo humano. Veias e artérias equiparam-se a ruas e avenidas. Se ocorre um congestionamento, é o caos.
– A curto prazo, o trânsito não mata uma cidade, mas ela vai ficando doente – alerta Waisman, do Departamento de Engenharia de Transportes da USP.
Especialista cogita de implantação de rodízio
O professor exemplifica que motoristas, quando deparam com uma avenida engarrafada, optam por outras vias menores, de bairro residenciais. Isso espalha o congestionamento, compromete a qualidade de vida dos moradores e deteriora a cidade.
– Como evitar isso? O que se pode fazer é domesticar o uso do automóvel. Use o carro com moderação. Mas isso só vai se realizar com um bom transporte público – observa Waisman.
No balanço divulgado ontem, o Detran informa que foram emplacados, em 2010, 291 mil veículos no Estado – mais de 50% são automóveis. Diretor-presidente da autarquia, Alessandro Barcellos diz que o crescimento indica a necessidade de planejamento e mais segurança.
Para o professor João Fortini Albano, do Laboratório de Sistemas de Transportes (Lastran), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a solução seria limitar o uso do carro e melhorar o transporte coletivo. Cogita que o Estado possa adotar medidas restritivas, como em Nova York e Londres. São pedágios para circular em determinadas áreas, rodízio de placas, parquímetros e proibição de estacionar em certos lugares.
– A vida nas cidades pode ficar impraticável – prevê João Fortini Albano.
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http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a3180504.xml
Julião,
Em torno de 70% da população anda de transporte público, ou seja, a grande maioria, dados da própria EPTC.
Adriano Silva,
O Cerutti não é egoísta não, ele está pesando na maioria da população que anda no péssimo transporte publico que temos. O que precisamos é de um transporte público de qualidade para os que hoje “precisam” do carro possam também usar o transporte público sem ficar sentindo o o cheiro de asa do operário, esperando na parada, e demorando um monte para chegar ao seu destino ou por pouco transporte, ou por congestionamento causado pela quantidade de carros nas ruas.
Já vivemos num colapso do trânsito, talvez não no sentido de congestionamentos, mas no sentido das vidas que são perdidas e famílias destruídas. Além da poluição sonora e do ar, ou seja, tá horrível, cada vez pior de se viver nas cidades!!!!!
Lugar de ciclista e qualquer outro veículo é na rua, definido pelo CTB, te informa disso e não fala besteira. Calçada é para pedestre.
Liulso Cerutti, não quero lhe ofender, mas este é o típico comportamento de brasileiro: pensando unicamente em si. Para quem não precisa utilizar carro diariamente é fácil dizer que tinha que ter tudo (pedágio, rodízio). Como faria a mãe que tem que levar os filhos na creche e depois vai pro trabalho e mora a 10km do trabalho como você? Como fariam as outras pessoas que tem que se deslocar por grandes distâncias? Nosso transito é tão disfuncional que tenha que ser proibido? Pense bem, é como amputar um membro: só se faz quando põe em risco a vida do paciente. Neste caso o paciente é a cidade toda, e não acho que ela esta a beira da morte.
Trânsito rumo ao colapso é uma manchete sensacionalista!!!!
Onde nesta matéria está escrito quantas horas os porto alegrenses perdem em congestionamentos por dia? Diz o impacto financeiro em horas de trabalho perdidas ou compromissos adiados? Cadê o gráfico com projeção disto ano a ano? Dizer que o número de carros emplacados em porto alegre aumenta não quer dizer que o transito está à beira do colapso.
Outra coisa: lugar de ciclista é em ciclovia ou na calçada. As faixas de rolamento não tem espaço para ciclistas, não foram pensadas ou planejadas para este uso. Não apenas você corre o risco de ser atropelado como os motoristas tem que desviar invadindo a faixa da esquerda e ficam tensos perto de ciclistas com medo que os mesmos desviem abruptamente e entrem na frente do carro.
Tinha é que ter um transporte público e coletivo de qualidade, isso sim! Comprar carro está fácil… É só parcelar em trocentas vezes! Tem que ter pedágio! Tem que ter rodízio! E tudo junto ao mesmo tempo!!! OK… Vou de bicicleta pro trabalho. 10Km de bike não é nada… Mas e correr o risco de ser atropelado numa Sertório ou Assis Brasil da vida? Não dá, né? Tem que ter um respeito à população e aos impostos que pagamos.