Falta limpeza, falta sinalização, falta conforto, falta segurança nas rodoviárias: o Bom Dia Brasil visitou todos os 12 terminais das cidades-sede do mundial no país e ouviu reclamações.
O mundo sabe: os aeroportos brasileiros precisam de reformas urgentes. E as rodoviárias? Estariam prontas para a Copa no Brasil? As equipes de reportagem do Bom Dia Brasil percorreram os terminais das doze cidades-sede. Tem muita reclamação e de todo tipo: sujeira, falta de informação, filas, falta de cadeiras e trânsito congestionado.
As rodoviárias serão importantíssimas para receber os brasileiros que moram fora das cidades que vão sediar os jogos e também para os estrangeiros que vão se deslocar de uma sede para outra. O Bom Dia mostra o tamanho do desafio que ainda temos pela frente.
Bagagem na mão e insatisfação à vista: de Norte a Sul do país, quem frequenta as rodoviárias reclama muito. “É antiga, suja, não tem segurança. Já fui assaltado na saída aqui, não tem conforto, uma rodoviária feia”, diz um professor universitário de Curitiba.
“É um transtorno medonho, você tem de ficar horas e horas na fila para comprar passagem. Para chegar em torno da rodoviária, o trânsito também é complicado”, conta um passageiro de Belo Horizonte.
Na lista de queixas, falta de limpeza e de conforto. “Não tem como a gente sentar e ficar com as crianças. Tem de chegar e ficar de pé, esperar o ônibus chegar. A condição está péssima”, aponta uma senhora de Cuiabá.
“Poderia ter cadeiras mais confortáveis num ambiente com ar condicionado”, sugere um engenheiro de Porto Alegre. “Está muito precário o serviço, até mesmo em questão de limpeza da rodoviária, fila, organização”, diz outro passageiro de Fortaleza. “Questão de higiene, atendimento, das refeições, com relação aos boxes das refeições”, fala um senhor do Recife.
Carregar a bagagem é um transtorno. “Está em falta de carrinho aqui. Trouxe tudo no ombro”, comentou um passageiro de Brasília.
O jeito é guardar a mala até a hora de pegar o ônibus, mas não é em todo o lugar que dá para fazer isso. “Cheguei, procurei guarda-volume aqui e não tem. Em outros lugares sempre tem. Fui almoçar, mas foi preciso levar as malas na chuva”, conta um senhor de Manaus.
Isso sem falar na confusão para saber aonde ir. “Demanda, por exemplo, de funcionários dando assistência por onde, informando, informações de táxi, desembarque, coisa do tipo assim”, diz uma passageira de Salvador.
“Sobre a questão das vendas dos bilhetes de passagens deveria haver uma organização e explicitar os horários de saída dos ônibus”, sugere outro passageiro de Natal.
Tanta reclamação dá uma ideia do desafio que as autoridades públicas têm pela frente até a Copa do Mundo. O consultor de gestão da Table Partners, João Navarro, analisou o movimento e as condições de várias rodoviárias do país.
“Não só cadeira e climatização, mas limpeza dos banheiros, deslocamento dentro do terminal, principalmente deslocamento com malas e equipamento de viagem, isso é muito deficiente no Brasil ainda, além da falta de carrinho e da falta de facilidade para a pessoa se deslocar”, confirma João Navarro, consultor da Table Partners.
Em São Paulo, o Terminal Rodoviário do Tietê, o maior do Brasil, foi reformado há nove anos. Na avaliação geral de quem transita no local, os serviços melhoraram muito, mas existe ainda quem aponte falhas. “Ao sair do metrô, faz falta um pouco de sinalização”, comenta um jovem paulistano.
Nas placas, em inglês, só há a indicação do câmbio. Todas as outras informações estão apenas em português, inclusive nos painéis. Na rodoviária por onde passam 90 mil passageiros diariamente, há 280 guarda-volumes, mas não é para todo tipo de bagagem.
Quem chega à área de embarque acaba tendo de esperar em pé ou sentado no chão, porque faltam cadeiras. Só há algumas para dar conta do movimento entre dois portões. “Foi uma hora esperando uma cadeira”, conta uma cozinheira.
“Tinha uma senhora grávida em pé, não existe banco preferencial para idoso ou gestante”, diz o empresário Fábio Ricardo Amaral. A costureira Sidnéia dos Santos e a filha não aguentaram: “Estamos cansadas”, afirma.
Os carrinhos existem, mas só podem circular nas áreas de desembarque e no embarque para longas distâncias. Para o consultor João Navarro, ainda há muito a ser feito até a Copa do Mundo. Melhorar a comunicação visual, com informações em espanhol e inglês e treinar os funcionários para atendimento internacional são algumas medidas que precisam entrar no pacote.
“A gente precisa entender que o turista que vem é o estrangeiro que fala outro idioma. O brasileiro, principalmente da estação rodoviária, não está preparado para atender esse tipo de público”, explica o consultor João Navarro.
Contentes parecem estar mesmo os passageiros do Rio de Janeiro. A rodoviária passou por uma reforma que acabou no ano passado e a avaliação é de que o lugar está bem melhor.
“A gente pode fazer um lanche, a escada também está ótima, e o banheiro não se fala. O tratamento é ótimo. Eu não tenho o que falar”, diz uma passageira do Rio.
“O Rio ganhou um ponto interessante de saber receber as pessoas que vão estar aqui tanto para as Olimpíadas como para a Copa do Mundo. Para quem já conheceu a rodoviária há anos e agora como está vendo, teve uma mudança bastante significativa”, compara o administrador de empresas Marcos Azevedo.
Os terminais rodoviários são administrados por concessionárias. Para alguns, como o de Natal, Recife, Cuiabá e Belo Horizonte, já existem projetos para reforma ou ampliação. Para os demais, não há informações sobre novos projetos. Há muito para fazer, e não é só nos aeroportos.
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Em POA é só dobrar a capacidade da rodoviária, já resolve.
Mas uma materia no diego casagrande, mostra que a rodoviaria de porto e’ considerada a terceira melhor avaliada no brasil.
Concordo que ela parece encardida mesmo estando limpa. As paradas de táxi, e a educação deles, é um exemplo do que há de pior ali.
Outro fiasco da rodoviária, a área de embarque e desembarque, é lamentável aquela rua com táxis de todo o lado…
Não poder comprar passagens com cartão (de crédito ou à vista), pela Internet ou através de máquinas, por exemplo, demonstram o atraso de nosso sistema de Estações Rodoviárias.
Eu acho que até a nossa rodoviária não é, mas parece suja…
Bom, ja anunciaram que vão reformar a rodoviaria, mas acho que não vai ficar 100%.
Mas ja fica uma dica, a prefeitura poderia apoiar tambem.
A questão de ar condicionado, acho complicada, o que poderiam fazer, é como na rodoviaria de Floripa, coloca uma parede onde os passageiros ficam com ar.
Nossa rodoviaria é muito grande, uma obra assim, fechar todos os buracos para ter o ar é complicado, iria descaracterizar a rodoviaria, mas é uma coisa boa a ser feita.
Poderia ter umas telinhas com horarios de onibus.
Não sei como ta o site da rodoviaria, mas a uns anos a tras era bem simples, não era dos melhores, poderiam por um pouco mais de tecnologia.
Outra coisa, melhorar aqueles botecos que temos la, parece mais bar estilo Farrapos pra beber todas.
Pelo jeito nossa rodoviária é apenas igual à maioria das outras cidades 🙂 Se bem que nunca achei ela suja.