Manifestantes protestam contra o aumento das passagens de ônibus na Capital

A entrada da prefeitura foi isolada por haver princípio de tumulto

Cerca de 40 pessoas se reuniram nesta quinta-feira, ao meio-dia, no Largo Glênio Peres, na Capital, para reivindicar contra o aumento das passagens de ônibus em Porto Alegre. Houve princípio de tumulto e a entrada da prefeitura foi isolada pela Brigada Militar e Guarda Municipal.

Protesto contra o aumento das passagens urbanas ocorreu em frente à prefeitura - Ronaldo Bernardi/ZH

O ato público, promovido pelo Comitê contra o Aumento das Passagens, quer mobilizar o prefeito José Fortunati para vetar o pedido das empresas de transporte público que buscam o reajuste. O presidente do Sindicaixa, Erico Corrêa, membro do Comitê, afirma que o aumento é abusivo diante do reajuste do salário mínimo:

— É inaceitável. As empresas pediram um reajuste de 16,5% e o salário mínimo só aumentou 6%. Para os trabalhadores que não têm auxílio, é gasto um quarto do salário só para ir até o serviço — fala Corrêa.

O Comitê já panfletou na quinta-feira passada, com cerca de cem pessoas — a maioria jovens ligados ao Movimento Estudantil — nos terminais de ônibus do centro da cidade. Segundo Corrêa, mais de cinco mil panfletos foram entregues.

Atualmente a passagem urbana de Porto Alegre custa R$ 2,45. O reajuste deixaria o valor em R$ 2,81.

A proposta do sindicato das empresas de ônibus será analisada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que encaminhará para o Conselho Municipal de Transportes Urbanos uma contraproposta até a próxima segunda-feira. Depois da decisão do Conselho, o prefeito veta ou não o pedido. Não há previsão para uma decisão sobre o assunto.

ZERO HORA

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7 respostas

  1. Deveria haver uma paralisação total na cidade.
    Já não basta o transporte público não só de Porto Alegre, como também da região metropolitana, serem de péssima qualidade, ainda pedirem um reajuste do VT totalmente fora da realidade. Só para ter uma idéia, os reajuste salariais, estão em média 9%, o IGP-M está aproximadamente 11 % e eles querem 14,69%. Quem vai arcar com este custo?
    Nós é claro.

  2. Foi uma ironia, óbvio

  3. Concordo com o aumento da passagem se tiver onibus a cada 5 minutos, linhas decentes e não esse traçado que nós temos de linhas sobrepostas e que vao do nada ao lugar nenhum. Além de ar condicionado.

  4. Tem muitas empresas que acabam utilizando transporte próprio, que pega e larga os funcionários em casa com vans e ônibus.

  5. Um dos poucos protestos dos quais concordo!
    Tenho desconto do valor integral do vale-transporte em folha de pagamento. Ou seja, quem arca com transporte público sou eu e não o empregador. Com esse preço, daqui a pouco vai sair mais barato eu vir trabalhar de carro.
    Já chega o fato que a maioria dos ônibus sequer tem ar condicionado (neste calor infernal do verão, é pedir pra sofrer!). E olha que posso pegar qualquer um dos ônibus que passam pela Osvaldo Aranha.
    Dessa forma, cada vez mais pessoas vão deixar o transporte público. Vai ver que é isso que as autoridades querem… tirar de sua responsabilidade o transporte dos trabalhadores.

  6. É um absurdo o preço da passagem, alguém sugeriu aqui uma vez em retirar os impostos sobre o combustivel que estas empresas utilizam, acho que era uma boa.

  7. bah, tomara que estejam ali quando eu vazar do trampo, vo aparecer ali pra fazer numero.
    sahsahusahuashuas

    Tem que protestar mesmo, que palhaçada.

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