RUÍNAS NA CAPITAL – À espera de um projeto para o terreno da Corlac

Correntes e cadeados mantêm intrusos afastados do que sobrou dos prédios, no bairro São João

A ocupação da área da antiga Companhia Rio-grandense de Laticínios e Correlatos (Corlac), na zona norte de Porto Alegre, depende de um projeto que ainda nem chegou ao papel. O terreno junto à Terceira Perimetral foi comprado por R$ 13,61 milhões, em novembro de 2009 pela Torre de Pedra Empreendimentos, que estuda o futuro do local.

Enquanto isso, a área de 10 mil metros quadrados continua sem uso, à espera de uma pesquisa de mercado que indicaria qual o projeto ideal – comercial, residencial ou ambos.

– O estudo deveria ter sido concluído no final de 2010, mas tínhamos ideias diferentes a toda hora. Agora, com as férias, não tem como dar uma previsão – explica Adriana Zaffari, diretora da Torre de Pedra.

Logo que fechou o negócio, há mais de um ano, a empresa esperava ter o estudo terminado em seis meses. No local, conforme o Plano Diretor da Capital e a Secretaria de Planejamento Municipal (SPM), é possível construir edifícios de, no máximo, 51 metros de altura (o equivalente a 17 andares). Certo é que praticamente a metade do terreno será uma praça, como contrapartida da empreendedora.

Em maio passado, prédios do complexo foram derrubados. A medida foi preventiva, já que as estruturas estavam comprometidas depois de décadas de abandono.

O prédio e a história
O TERRENO
– Área: 10 mil metros quadrados no bairro São João, em Porto Alegre
– Empreendimento: prédio residencial, comercial ou misto com no máximo 51 metros de altura (17 andares)
– Espaço público: cerca de metade da área será ocupada por uma praça, a ser construída pelo empreendedor, como ação compensatória
ENTENDA O CASO
– A Corlac foi uma das marcas mais importantes do Estado nas décadas de 70 e 80, com fábricas em várias cidades do Interior.
– Na Capital, funcionava a sede da companhia, que entrou em crise no início dos anos 90. Em 1994, a falência foi decretada.
– Ex-funcionários e produtores de leite deram início à Cooperativa Rio-Grandense de Laticínios e Correlatos (Coorlac). A área se tornou patrimônio do Estado, em 1998, para saldar dívidas da cooperativa.
– Em 2006, foi colocada à venda, mas o negócio atrasou em mais três anos porque o prédio foi bloqueado judicialmente para servir como garantia de pagamento a ações trabalhistas de antigos funcionários da Corlac.
– Em 2009, apenas a empresa Torre de Pedra participou da licitação, adquirindo a área por R$ 13,61 milhões.
– Em duas ocasiões, nos anos 2003 e 2007, a área foi invadida por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Desempregados.
Fonte: Fonte: Plano Diretor e Secretaria de Planejamento Municipal

 Zero Hora



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2 respostas

  1. Eu ainda acho melhor recuperarem outras praças atualmente viradas em antros de drogados que ficar abrindo mais uma praça. O empreendedor usando totalmente esse terreno possibilitaria mais lucros e uma contrapartida maior a ser aplicada na recuperação de outras áreas.

  2. Boa notícia, moro perto.

    Uma praça é bem vinda. =)

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