Está estreando hoje, um novo colunista no Porto Imagem: Matheus Simon, um estudante de arquitetura, já pesquisador em Arquitetura/Urbanismo, na área de sustentabilidade, na PUCRS.
O artigo:
Sim, começo falando de sustentabilidade! Vocês podem estar pensando que é um assunto muito recorrente. Por isso mesmo que me proponho escrever sobre ele. A sustentabilidade tomou ares de venda de produtos e de uma banalização, sim banalização, do termo.
Sustentabilidade é muito maior do que a simples compra de um produto e a suposta plantação de árvores em alguma fazenda que ninguém sabe onde fica, nem se a “minha” árvore realmente está lá. E o que dizer dos postos de gasolina, que “plantam árvores”, ou que apresentam cartões verdes. Bom, não entrarei nos méritos, estes são simples exemplos para uma pequena reflexão.
Sustentabilidade, nada mais é, do que um mundo representado de maneira cíclica, com a menor utilização da matéria-prima que o planeta fornece, priorizando a reciclagem e o uso racional dos recursos que dispomos nos dias de hoje. Atualmente, há um descaso da população quanto ao desperdício. Quem nunca viu pessoas jogando lixo no chão, saindo de suas casas ou salas de trabalho e deixando as luzes acessas e os computadores ligados, sem ao menos ter alguém utilizando-se daquela energia? Porque não evitar esta ação e deixar um legado para as gerações futuras de um uso consciente dos recursos?
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Esse assunto sobre licitações é muito interessante e a meu ver e o grande entrave para mudar a cara das cidades brasileiras. Segundo a Lei 8.666 que rege o assunto sobre licitações publicas, que mesmo sendo uma lei ja antiga, e que visivelmente precisa de mudanças, tem pontos altos e que garantem aos cofres publicos o melhor aproveitamento arrecadado dos nossos impostos e riquezes do pais, alem da gerencia da aplicabilidade desse dinheiro.
Um exemplo disso, que no seu texto você discorda, é em relação ao projeto de menor valor ou custo obra ser o vencedor das licitações. O problema nao está exatamente no processo de seleção do projeto e sim em como esses projetos são contratados. Segundo a Lei, um projeto pode ser inciado ainda em fase de estudos, ou seja, quando as prefeituras apresentam o anteprojeto sem o devido detalhamento da obra, ele ja pode ser iniciado.
E o que acontece em muitos casos é um sucateamento do projeto. Ja que visivelmente uma obra iniciada ainda com um projeto incompleto terá alterações e novos custos.
Na Europa e EUA gastasse mais de 60% do tempo fazendo o planejamento do projeto e apenas 40% na obra. No Brasil, fazemos o oposto, gastamos 6 meses em um planejamento e 10 anos de obra!
Assim o que acontece é: Intervenções por superfaturamento de obra, abandono das empreiteiras por que nao querem arcar com os custos de uma obra que se arrasta bem acima do prazo de contrato, novas remessas de dinheiro , mudança de custos de obra e por ai vai…
E o outro lado que foi muito bem comentando por você e a pessima qualidade desses projetos. O que muito gostaria e que a responsabilidade pela fiscalização de todos os projetos publicos passa-se pelas mãos do CAU ou de alguma comissão que pudesse julgar as soluções tomadas. Como é um projeto publico, um projeto de todos, e dever do estado fiscalizar para que ele seja a melhor opção para todos.
Boa Tarde Rogério,
Na minha modesta opinião, eu acho os edifícios com fachadas de vidro com apelo estético muito significativo. Pra mim são bonitos, muito bonitos, em alguns casos, mas infelizmente são mal aplicados!
Mal aplicados porque estão fora do contexto em que deveriam estar, as fachadas de vidro trocam muito calor com o ambiente externo, ou seja, se está um dia quente haverá o aquecimento dos ambientes internos da edificação significativamente. A insolação direta principalmente das orientações solares Norte e Oeste são perigosas para a nossa região e estas fachadas são perigosas para nosso clima (subtropical).
Estas fachadas de vidro se tornaram “moda” na Europa, onde é necessário o aproveitamento da insolação direta para o aquecimento dos ambientes, diminuindo o gasto com calefação. Aqui no Brasil, há muito gasto energético com ar condicionado nestas edificações que apresentam vedações de vidro, devido a grande quantidade de calor trocada com o meio externo.
Mas apesar dessas desvantagens da fachada de vidro, ela pode ser utilizada de uma maneira sustentável. A fachada pode ser desgrudada da edificação, criando-se uma pele de vidro e deixando uma camada de ar entre a edificação e o vidro. O vidro então não mais seria um material de vedação, mas sim, um elemento utilizado para embelezar a fachada da edificação.
Espero que tenha ajudado a esclarecer esta questão,
Muito obrigado a todos que leram meu artigo,
Att,
Matheus Simon
Matheus.
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Na época que fiz a indagação tinha a preocupação contra segurança contra incêndios deste tipo de edificação (coloquei isto em outros comentários aqui no blog), mas como era algo quase que esporádico não achei importante destacar. Num de volta ao passado, gostaria que com a tua capacidade e ousadia, de quem se habilita num mercado difícil como o mercado de arquitetura, que fizeste algum artigo sobre isto.
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Vejo com preocupação, que diferentemente da tua correta proposta, “A fachada pode ser desgrudada da edificação, criando-se uma pele de vidro e deixando uma camada de ar entre a edificação e o vidro.” várias empresas de arquitetura estão lançando projetos em que há somente uma pele de vidro entre as cortinas de um andar com o outro, algo que é altamente perigoso em termos de propagação de chamas de um andar para o outro.
O Matheus está morando na Inglaterra. Não sei se ele vai ver a tua resposta, devido a problema de tempo. Em todo o caso vou mandar pra ele pra reforçar.
Boa
Gostaria inclusive que sendo o novo comentarista um jovem estudante de arquitetura, que o mesmo desenvolvesse o quão sustentáveis são os edifícios comerciais (e agora residenciais) totalmente cobertos com fachadas de vidro.
Tenho uma certa prevenção contra este tipo de arquitetura, a mesma não seguiu, em nome do modernismo, o que vinha sendo desenvolvido durante milênios de energia escassa. A fachada de vidro é o símbolo arquitetônico da ANTI SUSTENTABILIDADE, como deixa entrar calor demais no verão ou perde calor demais no inverno necessita permanente climatização. Tudo que se pode ganhar em iluminação se perde dez vezes mais em climatização (o número dez não é algo aleatório, é real).
Acho que o nosso jovem e futuro arquiteto poderia nos colocar a parte do que está se fazendo em arquitetura para combater este cancro (atenção: não falei aqui do crime ecológico que é uma fachada de vidro que matam dezenas de passarinhos por dia)