FRAUDE EM EDITAIS – Estradas do RS ficarão sem pardais até setembro

Licitações serão reiniciadas, atrasando reativação de equipamentos em pelo menos três meses

As rodovias estaduais vão ficar pelo menos até setembro sem fiscalização de pardais devido ao esquema de fraudes na implantação de controladores eletrônicos. A decisão do governo estadual de recomeçar da estaca zero a licitação dos aparelhos deverá provocar um atraso mínimo de três meses na reativação da vigilância, suspensa desde novembro e prevista para ocorrer em junho. A demora poderá ser maior se houver recursos judiciais. O deputado estadual Diógenes Basegio (PDT) pretende colher assinaturas a partir de hoje para uma CPI destinada a investigar as irregularidades.

Desde 25 de novembro, os radares fixos localizados nas vias estaduais estão desativados devido ao fim do contrato de operação, que já havia sido firmado em caráter emergencial por seis meses com a empresa Kopp – uma das citadas na reportagem sobre o esquema de fraudes produzida pela RBS TV e exibida no Fantástico no domingo. A expectativa do governo era concluir uma nova licitação e reativar os equipamentos em junho, mas a eclosão do escândalo fez o Piratini recomeçar o processo do zero.

Agora, antes de elaborar um novo edital, o secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, Beto Albuquerque, pretende ouvir orientações do TCE e do Ministério Público Estadual.

– Queremos um edital bem-feito e um sistema que seja confiável. Precisamos estabelecer um novo padrão para os editais, inclusive no aspecto de exigência de tecnologia, porque os atuais não servem – afirma o secretário.

Empresa foi multada por deficiência tecnológica

Beto acredita que a realização do novo processo deverá se estender pelo menos até o final de agosto. Enquanto isso, a vigilância sobre o excesso de velocidade nas vias estaduais deverá ser feita por meio dos 63 radares móveis do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM). Lombadas eletrônicas também seguem funcionando normalmente.

O secretário anunciou, ainda, que a Kopp será multada em R$ 350 mil por não ter conseguido atender à meta mínima de 95% de conversão de flagrantes de alta velocidade em multas. Segundo o secretário, deficiências tecnológicas teriam feito com que muitos registros não permitissem identificar a placa do veículo. A Kopp não comentou a aplicação da multa ontem.

Zero Hora
 



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito

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1 resposta

  1. Olha uma coisa eu não entendo, um policial rodoviário com um radar na mão consegue pegar quem está correndo e multá-lo. Por que seria tão difícil e tão caro operar algo que é bem mais simples, os pardais. Me parece mesmo que há muita maracutaia nisto tudo. É um grande negócio. Acho que qualquer firma que possua um bom engenheiro elétrico e outro mecânico operam estes pardais, o problema é que o pessoal da licitação coloca até a cor dos olhos do engenheiro como pré-requisito da licitação.

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