TRILHOS ESCONDIDOS – Canoas tem projeto para trem subterrâneo

Prefeitura pretende construir trecho do trensurb sob parte da região central

Em vez de trilhos, árvores. Essa é a ideia do prefeito de Canoas, Jairo Jorge, que anunciou ontem um projeto propondo o remanejamento da linha da Trensurb na região central do município. O objetivo é enterrar o trem por cerca de 2,1 quilômetros na área próxima à Avenida Inconfidência e à Rua Rio de Janeiro.

A obra, orçada em R$ 198 milhões, está entre os pedidos de investimentos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade do governo federal. O anúncio da inscrição do projeto, feito na tarde de ontem, dá início ao processo de revitalização do centro de Canoas. De acordo com o prefeito, essa etapa do PAC tem investimento estimado em R$ 2,4 bilhões. Dessa quantia, cerca de R$ 900 milhões serão repassados ao governo estadual e devem ser distribuídos entre as prefeituras da Região Metropolitana. Para o prefeito, esse é o momento ideal de pôr em prática o projeto.

– Quando foi implantado o trem (em 1980), existiam todas as condições de fazer isso que estamos fazendo agora. Esta era uma dívida que tínhamos com a população de Canoas – diz ele.

No sentido Porto Alegre-Canoas, o projeto prevê que o trem desça uma rampa logo após a Avenida Inconfidência, por cerca de 380 metros. No trecho seguinte, de cerca de 1,3 quilômetro, o veículo deverá utilizar a passagem subterrânea, antes de subir à superfície em outra rampa, ao lado do Canoas Shopping, por mais 350 metros. Com isso, a atual estação Canoas/La Salle seria reconstruída no subsolo, com saída para a Praça da Bandeira. Sobre os trilhos existentes hoje está projetada a arborização da região.

Na semana que vem, Jairo Jorge deve iniciar o movimento para conseguir apoio político junto ao poder público. Ele conta principalmente com o apoio do deputado federal Luiz Carlos Busato, do presidente da Câmara, Marco Maia, e do senador Paulo Paim, todos com vínculos com a cidade.

Definição sobre obra deverá ser divulgada em 12 de junho

O secretário de Transportes e Mobilidade de Canoas, Luiz Carlos Bertotto, afirma que o trânsito não seria interrompido durante as obras. Além disso, ressalta que as ruas Doutor Barcelos e Brasil poderiam ser utilizadas como alternativa e aponta, ainda, que a obra, se concretizada, facilitará a circulação urbana:

– Teremos um grande bulevar com duas grandes avenidas (Guilherme Schell e Victor Barreto) ao lado – afirma Bertotto, que não descarta o alargamento das duas vias.

Segundo ele, a divulgação do resultado – se for aprovada ou não – está prevista pelo governo federal para 12 de junho. Depois, a prefeitura terá oito meses para abrir licitação e desenvolver o projeto de construção. Se os prazos forem cumpridos, a obra levaria cerca de 20 meses e seria entregue no final de 2013.

Zero Hora (impressa)

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Muito boa notícia! Deveria ser copiada por outras cidades por onde o Trensurb passa, inclusive Porto Alegre. Os trilhos em Porto Alegre poderiam ser enterrados entre a Rodoviária e a Estação Central, do Mercado, facilitando e qualificando a revitalização do centro, em frente ao Cais Mauá. O que é a diferença entre uma cidade que pensa grande e uma que pensa pequeno ! Porto Alegre tem muito ainda que aprender (e não ter vergonha de copiar) com outras cidades !



Categorias:Metro Linha 1

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13 respostas

  1. Ainda não foi feito

  2. o metro de canoas sevia ser em elevada desde o início, como é o caso da cidade de são leopoldo, porque é um custo mais berato e não atrapalha o trânsito da cidade, ou o trecho próximo a br 116 teria que ser subterraneo, assim não atrapalharia o transito da cidade que em dias comuns ja é um inferno, sou morador de canoas e utilizo todos os dias o transporte ferroviário para estudar no centro

  3. Este trem tem que ser subterrâneo em todo o seu trajeto, é uma área nobre mau utilizada, junto com a BR116 gera muita poluição visual e sonora.

  4. Na época os contra-tudo eram tratados a pulso firme pelo governo, por isso que saiu o projeto apesar de não ter sido feito da melhor forma possível (subterrâneo).

  5. Onde estavam os “contra-tudo” quando resolveram colocar a linha do trem bem em frente ao cais, privando a população do acesso à orla?

    O estranho é que se fosse um prédio, da iniciativa privada, haveria uma onda protestos e abraços coletivos.

  6. Sou morador de Canoas, próximo da Guilherme Schell, ou seja, próximo de um dos trechos que o projeto prevê o aterramento. É uma boa idéia, deveria ter sido feito desde o início, pq Canoas está dividida em três e blábláblá. Mas eu ouço essa história há mais de 15 anos (talvez agora exista um ambiente político diferente para que tal obra aconteça). Assim como ouço a de um viaduto sobre os trilhos ligando os dois lados da domingos martins e como também ouvi, acho que foi ano passado, um projeto de túnel para passar por debaixo da br-116 e até agora nem projeto existe…
    Mas fazer do jeito proposto é burrice (pra manter o bom nível da discussão). Todo mundo que utiliza a Guilherme Schell e a Victor Barreto sabe como elas estão saturadas. E aí vem um projeto que resolve rebaixar só pela parte central de Canoas o trem e colocam o que no lugar? Melhorar o trânsito? criar alternativas para passar de um lado a outro da cidade (Por incrível que pareça, Canoas tem somente 4 alternativas para passar de um lado para o outro do trem e uma que passa por cima do trem e a BR ao mesmo tempo. Por aí vocês imaginam o caos que fica em horários de pico)? Alargar a Guilherme Schell ( é uma avenida que liga de Esteio a Porto Alegre, de mão dupla, sem canteiro no meio e que, apertando bem, cabe dois carros em cada sentido ao mesmo tempo) ou a Victor Barreto (em um bom trecho dela ela é de mão única e vocês devem imaginar o porquê)? Não, nada disso! Vamos colocar calçada e árvores . Talvez alguns brinquedinhos para crianças brincar em um espaço de uns 10 metros entre duas avenidas movimentadas. Não é ser contra as árvores e a favor de carros, muito pelo contrário! Mas pelo amor de Deus, o projeto do jeito que está só resolve a feiura de um trem cortando uma cidade ao meio! Canoas precisa de um pouco mais! Precisa de alternativas para ligar os lados da cidade e não só calçadas e árvores que NINGUÉM vai utilizar (a não ser moradores de rua para dormir)! Querem humanizar? Rebaixem toda a BR, fazendo ela passar por um túnel e percebam o quanto Canoas ficaria melhor! Rebaixem o trém no resto de Porto Alegre e a BR pode ganhar mais duas pistas (ou coloquem mais duas pistas para a Guilherme Schell). Aí sim Canoas ficaria muito mais humanizada.

  7. Absurdo enterrar o Trensurb?

    Pelo amor de Deus!

    Absurdo foi terem no feito, desde o início, na superfície retalhando uma cidade como Canoas, isso sim.

  8. É capaz disto realmente ser realizado em Canoas. Lá o extremismo ideológico e o modo brasileiro de fazer política ainda não são tão fortes quanto em Porto Alegre.

  9. Eu acho um absurdo depois de pronto enterrar o trensurb, teria que gastar este dinheiro em obras mais uteis, se o brasileiro não fosse tão mal educado não haveria a necessidade de confinar os trilhos, em Istambul o metro é a ceu aberto no transito da cidade, o metro espera abrir sinaleira, os cidadãos e os carros esperam o metro passar, se for aqui vai morrer 2 pessoas por dia é porque nos somos mal educados e babacas.

  10. Umas das grandes vantagens do metro – underground (subterrâneo), no Inglês britânico- é
    o fato dele ser EMBAIXO da terra, liberando a superfície para termos avenidas mais largas,
    bicicletas, parques ou o quer que se deseja. Fazer um “underground” em cima do solo é
    burrice. Pode ser mais barato, mas o barato, ao longo prazo, sai caro, como esta provando agora Canoas.

  11. Canoas, pensando maior que Porto Alegre.
    Dalhe.

    Porto Alegre, uma cidade que fica na região metropolitana de Canoas.

  12. Para Canoas é uma excelente ideia, mas para Porto Alegre não vale a pena se considerarmos a existência da linha 2.

    A obra de enterrar a linha 1 seria tão cara e complicada que o dinheiro seria melhor investido na alternativa de unificar a linha 1 com a linha 2 sob a Av. Farrapos – até porque essa segunda alternativa teria benefícios consideráveis à capacidade do sistema. Fazendo isso, o trecho da linha 1 no centro poderia simplesmente ser DEMOLIDO, e seu espaço convertido para utilizações mais nobres.

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