O clima no canteiro de obras da nova arena gremista não poderia ser mais tenso. Segundo os funcionários da empresa responsável pelas obras, a OAS Empreendimentos, a maioria deles veio do interior do Maranhão para o canteiro de obras às margens da Freeway, em Porto Alegre, e estão insatisfeitos com a condição de trabalho encontradas no local. A greve, garantem, é para os próximos dias.
Os motivos da nova paralisação ainda são os mesmos da primeira vez, ocorrida no final de fevereiro deste ano. Os operários ainda estão morando em hotéis rodeados de garotas de programas e marginais a espera da construção dos prometidos alojamentos, que ainda estão sendo construídos em Cachoeirinha, na Região Metropolitana. A demora na entrega da obra se deve a intervenção da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Após receber a denúncia de que os planos da construtora era colocar mais de 20 pessoas dormindo no mesmo quarto, os fiscais realizaram uma vistoria em todo a construção da arena e determinaram algumas mudanças, entre elas a readequação do alojamento em construção.
Outra grande reclamação é o salário. Eles garantem que lhe foram prometidos um valor enquanto ainda estavam no interior do Maranhão. Aqui chegando, contam eles, a quantia ficou muito abaixo do acordado. Para conseguir mandar mais dinheiro para a família que ficou no nordeste do país eles fazem hora extra todos os dias.
Um motorista que trabalha na empresa Angel, responsável pelo translado dos trabalhadores gaúchos do canteiro de obras até suas cidades no interior do Estado, conta que os nordestinos chegam a trabalhar até às 18h no sábado, dia em que o expediente acaba às 12h . Seu companheiro de trabalho, que faz o translado dos operários na Capital, confirma a informação. Ambos almoçam no canteiro de obras da Rodovia do Parque, que fica ao lado da futura arena gremista, porque, dizem eles: “a comida lá é bem melhor”.
E é justamente a alimentação a terceira grande reclamação dos trabalhadores. A comida no refeitório da arena chega fria, contam os operários. Diferente dos nordestinos, os motoristas tem a opção de buscar o almoço no canteiro de obras da nova estrada, que fica ao lado do futuro estádio. Segundo eles, a alimentação oferecida do outro lado do canteiro tricolor tem qualidade muito superior.
Apesar das diferenças, ambas as obras são administrados pela OAS. No entanto, a empresa recebe para construir a rodovia dinheiro do governo federal, diferente da construção do estádio, erguido com recursos da própria construtura e que nos próximos 20 anos terá direito de usufruir de pontos comercias a fim de resgatar os valores investidos. A diferença em ambas construções vão além da refeição. “Aqui até no prego eles economizam”, resume um dos operários que prefere não se identificar. A fiscalização também é intensa. “Ninguém sai do portão em horário de serviço sem estar acompanhado de um segurança”, afirma.
Já os trabalhadores terceirizados, que também atuam nas obras, pouco ou quase nada reclamam. Sob os olhos atentos de seu supervisor os homens garantem que as condições de trabalho são ótimas e que as obras estão a todo o vapor. “Se tu quiser saber de mais alguma coisa é só perguntar pra ele”, sugere um dos trabalhadores, apontando para o responsável pelo seu setor que de longe observava a conversa.
Reportagem: Jonathas Costa
jonathas.costa@acad.pucrs.br
Categorias:Arena do Grêmio
tudo ISSO E INVEJA DA IMPRENSA ” VERME 69 ok ” . E DOS 69 ALUGADO AG tbm . ( APENAS CADE AO GREMIO // GE . COMECAR A FISCALIZAR DE CIMA AS OBRAS ne ??????????????????????????????? . ESPERO !!!!!!!!!!!!! O RESTO E CHORRO 69 .
Quem não lembra das (ridículas) questões sobre a Arena do Grêmio (se a OAS falir, se um funcionário morrer, se os ETs invadirem a terra…) publicadas POR SEMANAS no CP por esse Mombach, apresentada de forma a colocar em dúvida a viabilidade do projeto gremista, porque não havia junto o contraponto, a resposta dos diretores da Arena, que ficou para o final, numa reportagem única sem ter o mesmo espaço.
Esse tipo de reportagem não poder ser considerada, de forma alguma, jornalística.
Concordo 100% com o Juliao. O Jonathas pelo que eu investiguei no Google e’ estudante de jornalismo, talvez nao tenha aprendido ainda que o bom jornalismo exige imparcialidade, ouvir ambos lados da historia.
Numa reportagem de verdade não deveria haver o contraponto, por exemplo, da OAS?
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Exatamente! O bom jornalismo prima por ouvir os dois lados! Enquanto isso, as obras no remendão do aterro é uma maravilha. Não li uma notícia em blogs e sites sobre a ligação das empresas que tocam a reforma “provisória” com dirigentes de alto escalão do colorado! Por que será?
Numa reportagem de verdade não deveria haver o contraponto, por exemplo, da OAS?
Está explicado, esse cara trabalha no CP, provalvemente com o tal de H. Mombach, que fez campanha por anos contra a Arena do Grêmio… enquanto isso na reforma colorada ia tudo bem.
= todas as obras do Brasil.
Uma pergunta, o cara que escreveu essa bobajada toda é colorado?
Preconceito nenhum Gilberto, mas no momento nao e’ possivel saber a procedencia deste artigo. Talvez o autor esteja correto, nao sei, so’ saberemos nos proximos dias.
O título da matéria é bem claro: “…podem entrar em greve …” Ninguém está afirmando que VAI TER GREVE. A matéria serve mais para ilustrar as condições de trabalho dos operários. O Jonathas foi lá e conversou com os caras. E eu postei isso porque conheço ele. Se fosse uma pessoa desconhecida, não postaria … 😉
Caraca. Que mancada, hein, OAS? Faça as coisas direito, isso aqui não é Dubai. [2]
Com todo respeito, mas vou esperar uma fonte mais confiavel do que um estudante da PUCRS.
“Com todo respeito, mas vou esperar uma fonte mais confiavel do que um estudante da PUCRS.”
Que preconceito hein Ricardo ! Não te duvido que esta matéria esteja mais confiável e mais completa do que uma da ZH ou do Correio do Povo. A competência de alguém não se mede desta forma.
Caraca. Que mancada, hein, OAS? Faça as coisas direito, isso aqui não é Dubai.