Causou estranheza entre vereadores, autoridades e moradores da Capital a ausência de representantes de empresas de ônibus em uma audiência pública realizada, na noite de quinta-feira (26), para apresentar os resultados de um estudo de oito semanas sobre reclamações no transporte coletivo da cidade. A principal entidade do setor, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) foi convidada para a reunião, na Câmara Municipal, mas não compareceu.
No encontro, vereadores apresentaram reclamações de passageiros, que incluem superlotação, horários desregulados, filas e terminais com espaço insuficiente. Em entrevista, a presidente da Casa, Sofia Cavedon (PT) criticou a ausência. “Tivemos a representação de todos os envolvidos no tema, como sindicato dos rodoviários, a EPTC, o Conselho de Transporte Urbano, mas a ATP faltou solenemente, o que justifica ainda mais a necessidade de licitar este serviço”. Recentemente, o Ministério Público de Contas (MPC) revelou que há mais de 20 anos não ocorrem licitações no transporte coletivo de Porto Alegre, fato que é apurado de um inquérito civil conduzido pelo órgão.
A Rádio Guaíba tentou localizar dirigentes da entidade, mas o presidente da associação, Enio dos Reis, se negou a falar sem um contato prévio com a assessoria de imprensa da ATP – com o celular de contato desligado.
A vereadora ponderou, contudo, que a EPTC ficou de intermediar os contatos com os transportadores para cobrar explicações diante das reclamações. A empresa pública se comprometeu a realizar uma nova licitação em 2012 para a concessão das linhas do transporte coletivo na cidade, com critérios mais rigorosos de qualidade.
Na audiência, a EPTC ainda respondeu críticas de passageiros quanto ao tempo de 30 minutos, considerado escasso, para que o usuário tome um segundo ônibus pagando só uma passagem, novidade que a Prefeitura anunciou para 1º de julho. Conforme o órgão, o tempo só deve começar a ser contado quando o passageiro descer do primeiro veículo. O sistema foi elogiado, mas visto com dúvidas pela presidente da Câmara. “Como irão controlar o horário que o passageiro saiu, se não há registro no cartão TRI na saída?”. A EPTC garantiu, até julho, encontrar uma solução.
Ao ser questionada sobre a postura das gestões petistas diante dos problemas de superlotação e a ausência de licitação, Sofia Cavedon reconheceu que os governos do partido “afrouxaram” ao longo do tempo. “No primeiro governo da Frente Popular, o então prefeito Olívio Dutra deu uma sacudida no setor, mas não houve sequência, mas sim um afrouxamento. As empresas estão muito soltas e não tem como fiscalizar com sistemas eletrônicos”.
No MPC, o inquérito civil, além de apurar a ausência de licitações, também examina a legalidade do reajuste das tarifas do transporte coletivo. O pedido foi feito neste mês pelos vereadores do PSol na capital, Pedro Ruas e Fernanda Melchionna. Os dois argumentaram que os “aumentos tarifários sistemáticos acima da inflação” não se justificam, já que “os ônibus andam lotados e o tempo de espera nas paradas é muito longo”.
Fonte: Rádio Guaíba
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Pelo visto aeromóvel, monorail, vlt e etc nem pensar.
Gilberto, havias dito que farias um post na semana passada sobre a possibilidade do uso do aeromóvel e dos vlt’s em POA.
Portofan, se eu postar tudo no mesmo dia ou na mesma semana, vocês não voltam mais pra ver as novidades … ehehehehe. Vou postar sim, mas com o passar dos dias. O da orla sai primeiro, amanhã ou no máximo na terça. Passei o final de semana viajando. Sorry…
Hehe. beleza, Gilberto. Mereces uma folguinha. Hehe.
Sair um pouco da cidade, sentir novos ares, menos mofados de pensamentos retrógrados. Hehe.
Aguardarei ansioso pelos teus futuros posts essa semana então.
Ah, acabei de responder ao teu e-mail.
Grande abraço.
Eu também viajei nessa semana e fiz o mesmo. Mas confesso que fiquei maravilhado (lugares) e ao mesmo tempo revoltado (POA) pelo que vi nessa pequena viagem.
Há outra coisa que ninguém se dá conta, os preços das passagens de ônibus, lotações e taxi, foram amarrados entre si, como o custo não é o mesmo, pois o combustível, o equipamento e a extensão das linhas são diferentes, logicamente há sempre dois dos modais de transporte com preços acima do custo mais o lucro pertinente a uma concessão.
Isto não poderia ser permitido, por está contra a constituição e outras leis que regulam este tipo de serviço, chamo atenção que os ônibus tema chamada passagem social, ou seja, as linhas mais curtas subsidiam as linhas mais longas (na teoria), pois o preço para ir até a Auxiliadora é o mesmo do que para ir para a Restinga. Não estou reclamando disto, porém o taxi e a lotação tem outro tipo de operação, logo não podem e não devem ser sujeitos ao mesmo tipo e variação do tarifário.
Acho que é chegada a hora da população de Porto Alegre assumir o seu transporte coletivo, a lotação com os trajetos curtos que tem, com a tarifa de R$4,00 é um espanto, hoje peguei uma lotação para o centro, não era hora de pico e ela encheu tanto na ida como na volta, ou seja 30 x 4 = R$120,00 (isto paga mais ou menos 60 litros de diesel), fazendo o cálculo pela manhã, se paga a operação durante o dia todo e a tarde é só lucro. Se fosse algo concorrencial tudo bem, ia ter um monte de lotações a toda hora em todos os trajetos, porém de novo é CARTÓRIO, e gostaria de descobrir o nome dos proprietários e sócios das linhas, talvez tivéssemos gratas surpresas.
Pôrto Alegre tem prefeito, prefeitura e vereadores????????????
O transporte público de POA realmente poderia ser bem melhor… é piada.
adicionando uma reclamação: estão sempre sujos.
Ônibos lotados, mais de 80% sem ar condicionado e mais de 80% sem vidros fumê ou cortinas (já sentaste num ônibos em Janeiro com o sol na cara num engarrafamento?).
Somos reféns do modal de transporte coletivo por ônibus, seja urbano, seja interurbano, e das empresas concessionárias desse sistema; por isso essas empresas entendem que não tem de dar explicações para ninguém. E com razão, porque não existe outra opção para os cidadãos, senão, é claro, comprar um carro.
Concordo contigo Rogério, além do fato que vivemos na nossa negação ufanista que nosso transporte é excelente, nossa rodoviária tá ótima…
Para mim não causou estranheza, pois estes senhores se consideram donos da cidade, impondo suas vontades, seus preços sem o mínimo controle do poder público. Imaginem se fosse feita uma devassa na SMT como está sendo feita no DAER o que vai se descobrir.
A passagem de Porto Alegre está ficando absurdamente cara e parece que todos estão felizes com isto.
Me parece que um transporte caro é fruto do chamado vale transporte, teoricamente o trabalhador não paga, quem paga é o patrão, mas o que ocorre, quem tem que pegar dois ou mais ônibus para chegar ao serviço (principalmente se somar um da Grande Porto Alegre) ele não é contratado.
Não sei também porque não são feitas licitações para o transporte público, o que temos são
CARTÓRIOS.