Foi dado nesta quinta-feira, 2, um passo importante para o conhecimento da realidade dos carroceiros e carrinheiros da cidade de Porto Alegre. O prefeito José Fortunati assinou a Ordem de Início dos trabalhos de cadastramento dos veículos de Tração Animal (VTAs) e dos veículos de Tração Humano (VTHs). A solenidade, que ocorreu no Salão Nobre do Paço Municipal, contou com a presença de dirigentes das entidades dos carrinheiros e carroceiros da cidade e de lideranças da região das Ilhas. (fotos)
O programa, que inicia pelas Ilhas do Pavão, Grande dos Marinheiros, Flores, Pintada e Mauá, irá se estender para toda a cidade. Com a iniciativa será conhecido o perfil dos carroceiros, carrinheiros e familiares para desenvolvimento de programas sociais.
De acordo com o prefeito, a partir do levantamento cadastral, será possível quantificar a população infantil e conhecer seu perfil do ponto de vista educacional, para identificar necessidades específicas e planejar possibilidades de inserção na rede escolar. Também está prevista a radiografia das demandas voltadas ao público adulto, como a implementação de cursos profissionalizantes e alfabetização. Os cavalos, com a implantação da chipagem serão fotografados e relacionados aos proprietários. “Com o cadastro saberemos quantas pessoas e famílias sobrevivem da coleta de lixo reciclável. Hoje esse número é chute. Vamos fazer um trabalho com informações concretas e não será imposto de forma autoritária. Todo o esforço é para fazer de forma coletiva”, frisou Fortunati.
O prefeito ressaltou o lado social, humano e ético do processo: “a redução passa por um olhar amplo do poder público com a comunidade, oferecendo alternativas de emprego e renda e de vida digna sem impor de forma autoritária qualquer decisão da população”. disse Fortunati, referindo-se ao projeto de lei, de autoria do vereador Sebastião Melo, que instituiu o Programa de Redução Gradativa do Número de VTAs e VTHs, que tem como prazo 2016. O desejo do prefeito é concluir os trabalhos até 2014.
Fortunati destacou, ainda, o tratamento diferenciado dado às Ilhas pelo poder público ao criar a 17º região do Orçamento Participativo, específico para o Arquipélago. O secretário de Coordenação Política e Governança Local, Cezar Busatto, falou do plano de desenvolvimento para a região das Ilhas. “Esse é o primeiro passo de um projeto que vai transformar o arquipélago. É um plano de desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão social que está sendo colocado em prática numa das regiões mais bonitas e promissoras da cidade”.
O coordenador do Programa de Redução Gradativa de Veículos de Tração Animal e de Tração Humana, Sandro Ribeiro, destacou a importância da parceria e do diálogo que está sendo realizado com os carroceiros. “Temos consciência que é um problema social grande. É uma caminhada delicada, mas queremos andar de mãos dadas com a prefeitura para chegar lá na frente com sucesso”, disse o presidente da Associação dos Carroceiros de Porto Alegre, Teófilo Júnior.
Sobre a empresa
Pelo sistema de Pregão Eletrônico de Serviços foi definida em março a contratação da empresa Cooperativa Interdisciplinar dos Profissionais da Área Social LTDA (COOPAS). A empresa vencedora atuará nas áreas de proteção permanente, risco, faixa de domínio e regiões ribeirinhas do Guaíba. Após a contratação, a empresa terá prazo de 90 dias para concluir o cadastro.
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Esse paternalismo da prefeitura aos carroceiros já passou dos limites, deveriam ter sido tratados com pulso firme a bem mais tempo. Alternativas existem, tanto com a construção civil que hoje contrata até sem-teto quanto com a piscicultura (para os que moram nas ilhas seria uma boa opção, e a prefeitura poderia até usar peixe para enriquecer a merenda escolar) ou mesmo a agricultura. A meu ver, essa história de reflorestamento é conversa pra boi dormir, já que ao invés de recompor vegetação nativa o que normalmente se faz é plantio de pinus.
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Primeiro quiseram emplacar as carroças. Depois o Seb”o”stião Melo foi o proponente da lei para acabar com a circulação de carroças. Posteriormente contrataram uma empresa pra cadastrar os carroceiros e fazer um levantamento/mapeamento sociológico. Depois querem colocar chips nos cavalos.
Só uma perguntinha; qual a próxima providência INÚTIL que a PMPA vai adotar pra retirar carroças, carrinhos e podridões ambulantes das ruas?
Até que ponto eles serão capazes de ENROLAR?
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é fogo mesmo..
=///
Tenho pena dos cavalos, sem contar que tem muito carroceiro ae que rouba ou furta casas, conheço gente que ja foi assaltada por carroceiros, e tem os que roubam fiação e outras coisas.
Ja vi um em plena luz do dia rouando um compensado dos tapumes do terreno de onde vão fazer um hotel perto da rodoviaria… alias, ja roubaram dezenas..
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@Luis Antônio “eram 30 vagas, nenhum, isso mesmo nenhuma pessoa quis fazer o curso que era a n0ite e de graça”. Lamentável isso.
Mais lamentável é a situação dos animais, que não tem escolha, nem vez, nem nada… A ong “Chicote Nunca Mais” faz um ótimo trabalho com estes animais, e no site deles eles relatam a dificuladade que enfrentam de conseguir o apoio das autoridades, da brigada, dos políticos… Enfim, de quem tem competência para fazer algo para acabar com esta situação. Sugiro uma visita ao site a quem se interessar pelo assunto.
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Cada um busca o sustento de sua familia com o que pode. Mas dizer que os carroceiros vão pra outras cidades, então é porque as pessoas querem continuar a ser carroceiras. Se as outras cidades não proíbem, bom problema que elas vão ter que administrar. Nada contra as pessoas, mas é um saco ter que andar no centro no fim de tarde e ver os pobres animais mal tratados cheios de lixo em cima. Os carrinhos de compra dos papeleiros cheios e no meio das calçadas, enfim isso um dia alguem tinha que fazer algo.
Bom que a prefeitura esta fazendo algo, pelo menos é um dinheiro público sendo bem usado.
Minha esposa é Assistente Social, e eles tem metas e criar grupos pra trabalhar as inumeras dificuldades existentes nas comunidades. Mas vejam só, foi criado curso de pedreiro e marceneiro de graça e sabe quantos se increveram? eram 30 vagas, nenhum, isso mesmo nenhuma pessoa quis fazer o curso que era a n0ite e de graça. Foi divulgado casa por casa em todas as 5 ilhas e parece que ninguem quer saber de nada. O que dá lucro é drogas e viver as custas do governo. O buraco é bem mais embaixo…
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