Projeto para a Av. Tronco previsto para 29 de julho

Entre as obras de mobilidade urbana previstas para Porto Alegre, o projeto de maior impacto provavelmente será a ampliação da Avenida Tronco. Com investimento de R$ 78,4 milhões, serão duplicados 4,6 km entre a Carlos Barbosa e a Icaraí, atravessando a Vila Cruzeiro e criando uma nova ligação entre o Centro e a Zona Sul da Capital.

Porém, o traçado exato e o tamanho do impacto só serão sabidos no dia 29 de julho, data prevista pela Prefeitura para receber o projeto básico, feito por uma empresa comissionada pela Ciergs. O final da obra está previsto para setembro de 2013.

Além do impacto no trânsito — a avenida terá pista dupla e corredores de ônibus —, a obra vai mudar a vida de cerca de 1,8 mil famílias, hoje com suas casas no traçado previsto. As desapropriações são o ponto mais delicado das obras nas 12 cidades-sede da Copa. Como o levantamento socio-econômico da região, que define o valor das indenizações para os moradores, ainda não está concluído, a dúvida gerou desconfiança nas comunidades. Além de pleitearem valores suficientes para comprar novas casas, não querem ser deslocados para áreas remotas da Capital.

Hoje à tarde, o prefeito José Fortunati e 25 secretários envolvidos no assunto da Avenida Tronco se reuniram com líderes comunitários para detalhar o andamento do projeto (foto acima). Prevista no Plano Diretor desde a década de 1950, a Tronc em sendo acelerada para que a licitação seja feita antes do final do ano, data fixada pela presidente Dilma Rousseff para todas as obras da Copa.

As reuniões devem ser mensais. O temor, na Prefeitura, é que ações judiciais interrompam o processo e acabem fazendo a Capital perder o prazo de uma obra essencial para desafogar o entorno do Beira-Rio em dia de jogos da Copa. Entre os moradores, o medo é que a mudança não traga melhora na qualidade de vida.

Boletim Brasil 2014 – Rodrigo Müzell



Categorias:COPA 2014, Meios de Transporte / Trânsito

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59 respostas

  1. Daniel, também não vejo o BRT e nem as estaçœs relativamente mais elevadas dele como a melhor solução, mas os citei porque será esse o único sistema que a Prefeitura Municipal adotará para contemplar efetivamente todas as mais diversas regiœs da cidade como um todo, via projeto dos portais da cidade, parece ser fato consumado, não cogitam VLT, Aeromóvel, Monorail, nem qualquer outro modal, salvo a linha 2 do metrô.

    Por isso eu defendi que, se é para sair o BRT, que ao menos não sirva para ainda mais segregar e enfeiar a cidade. Não precisa haver muretas, faixas brancas de tinta demarcando o asfalto e radares controlando o uso a que se destinam cumprem muito bem essa função, de maneira mais barata e menos feia e agressiva.

    Em vez de enfeiarem uma das poucas ainda belas avenidas de Poa, em plena orla numa região cheia de verde, tranformando a Padre Cacique em mais um agressivo, feioso e segregador corredor de ônibus de concreto, com muretas sujeitas até à pichaçœs e vandalismos, deveriam é iniciar uma campanha/força-tarefa para substituir as muretas da Farrapos, Assis Brasil, Bento Gonçalves e etc pelo sistema paulistano das faixas/radares e assim revitalizar/embelezar um pouco essas vias para a cidade, sociedade e até para a Copa.

    Quem sabe o Adeli, que às vezes fala de pequenas iniciativas pontuais do mobiliário urbano da cidade,abraça essa causa e aqui o Blog divulga essa idéia simples e singela, mas de grande contribuição visual para a nossa cidade.

    Até porque depois de pronta não adiantará chorar o leite derramado quando a Padre Cacique virar uma Farrapos, Bento e Assis Brasil e com isso a zona sul e a orla ficarem com cara de zona norte. Nos renders as muretas podem até ficar bonitinhas, mas nem a moderna estrutura da terceira perimetral resistiu ao vândalos da cidade. Já ‘contra’ uma faixa branca, o que os vândalos poderiam fazer?

    • Da minha parte a bronca não é contra o BRT, mas contra a inoperância de se usar veículos que não vão proporcionar um nível adequado de acessibilidade. Vale destacar que até na copa do ano passado na África do Sul o sistema BRT usava veículos com piso baixo DE FABRICAÇÃO BRASILEIRA, com os “cabritões” de piso alto (mas com plataforma elevatória, que tem os inconvenientes de acrescentar peso e demandar um pouco mais de manutenção além de tornarem o embarque e desembarque de cadeirantes menos ágil) restritos a alguns pontos mais periféricos. Por isso a minha preferência por plataformas de embarque mais baixas permitindo o uso de veículos que proporcionem um embarque e desembarque mais ágil tanto pela esquerda como acontece no “corredor” da Sertório quanto pela direita na maioria das ruas.

  2. FelipeX, ‘tudo aquilo ali’ o quê exatamente?

    Sinceramente, peço que releias aquele meu comentário, pois falas como se eu tivesse ofendido ou xingado o cara. Ache qualquer coisa assim lá.

    O máximo que fiz foi me referir aos ‘tipinhos’ que há em Poa, mas tudo o que descrevi foi mera constataçœs, inclusive com pensamentos/palavras dele.

    Ele efetivamente sempre criticou iniciativas das mais diversas cidades brasileiras, e sempre as adjetivas no mínimo de faveladas, basta pesquisar nos vários comentários dele pelo blog. Não entendo o quê tornaria uma iniciativa de uma cidade mais pobre já de plano menos válida ou imediatamente descartável, simplesmente pela sua origem, sem nem sequer merecer uma análise prévia, especialmente se for do Nordeste. Pesquise as mais diversas iniciativas que citei e verár as reaçœs dele. Sempre já vem bradando a nossa suposta superioridade suprema, que em nada é digno e merecedor da nossa perfeição, quando na verdade o fato de sermos mais ricos e desenvolvidos vergonhosamente não nos fez mais ativos e visionáriorg ou, ao menos, menos inertes. Veja que o Augusto também já percebeu isso e creio que não foi só ele.

    E quando a iniciativa vem do exterior a desculpa para descartarmos a idéia é inversa, somos pobres, não somos Sidney ou Barcelona, então não esperemos nada muito melhor do que já temos e os gringos já sabem o que os esperam no país. Tudo palavras dele.

    Ou seja, ver semelhança na opinião/pensamento dele e na do porto-alegrense médio/tradicional não é uma ofensa nem um xingamento e, sim, uma constatação lógica, pois há total compatibilidade e coerência entre eles.

    Releia e verás que só falei o que ele diz, entãnd creio que o teu choque/espanto só pode ser pelo que ele diz/pensa, pois só fiz meras mençœs e citaçœs, o ‘tudo aquilo ali’ é mera citação.

  3. Exatamente, Augusto!!!

    O cara mora fora do Brasil e em vez de tirar proveito disso para vislumbrar melhorias para a cidade, prefere achar que está tudo perfeito, que a cidade é o supra-sumo da perfeição e que qualquer coisa diferente disso é coisa só para inglês ver, e porto-alegrense nunca ter.

    O fato de morar fora deveria torná-lo mais crítico em relação ao estado da cidade, bem como mais aberto às novas idéias.

    No fim ele é mais arcaico que qualquer porto-alegrense mais tradicionalista, pois além de acreditar que a cidade ainda é algum modelo nacional de perfeição, sequer cogita que se pense e se veja a necessidade de qualquer espécie de mudança/melhoria na cidade, bem como as considera inviáveis para uma cidade do terceiro mundo (te acusam de pessimista Augusto, mas tu és realista, sabes da incompetência municipal. Já o RicardoUK sim, é mais pessimista que qualquer pessimista que exista, pois nem vê viabilidade em Poa para qualquer tipo de iniciativa adotada no exterior, por menor que seja).

    Alguém conta para ele que, apesar de não haver disputa entre favelas em Poa como há no Rio, já temos fuzis em Poa, basta ele ler no noticiário policial de ZH, pois verá que já são bastante utilizados em assaltos, mesma finalidade dos fuzis cariocas, só faltando a Avenida Tronco para a população desfilar diante da Vila (Favela) Cruzeiro como um grande cardápio para a bandidagem local.

    Detesto o tipinho que mais tem em Poa e que mais a impede de avançar, aquele que julga que a cidade está em posição de superioridade suprema e que o resto do Brasil é a escória, pior que lixo. Nada precisa mudar nessa verdadeira ilha de perfeição. Fazem no máximo o turismo da CVC e com isso já se sentem autoridades para desqualificar e descartar qualquer iniciativa além-mampituba.

    Quernd ver daqui a 20 anos Curitiba, Rio, SP e o nordeste cada vez mais renovados e a gente ainda aqui no blog esperando as mudanças saírem do papel (e para que muitas ao menos cheguem na fase do papel), enquanto o RicardoUK continuará, ainda direto da Inglaterra, a tentar nos convencer que tudo está perfeito e no rumo certo e que o resto é só história da carochinha.

    • O portofan decidamente tá com muita fúria no coraçãozinho… quando não é o Fortunati é o RicardoUK… Sério, não é por que tu discorda dele que tens que concluir tudo isso dele. Parece o Políbio falando.

      • FelipeX, antes fosse “muita fúria no meu coraçãozinho”.

        Se tu observares bem, já há tempos, a cada comentário que eu sempre fiz sugerindo alguma coisa para a cidade e citando alguma iniciativa do resto do Brasil ou do exterior, ele sempre veio logo em seguida, na maioria das vezes sem citar expressamente o meu nome, mas sempre citando expressamente o que eu disse, detonar pura e simplesmente a idéia do que eu falei.

        Muitos já discordaram do que eu disse/sugeri, com alguns até chegamos a debater defendendo os nossos pontos de vistas e depois nos entendermos, ainda que cada um muitas vezes tenha continuado com a sua opinião, pois ninguém é obrigado a concordar com ninguém, mas o RicardoUK sempre fez basicamente apenas esculachar as cidades e as iniciativas que citei e sempre menosprezou ambas. E quando a iniciativa citada era de fora do país ele sempre vinha pura e simplesmente com um comentário simplista e preconceituoso, que nada contribui para o blog e para a cidade, algo do tipo “Claro, somos tão ricos como Barcelona, não sei porquê POA não é igual” ou algo do gênero. E sempre acha a cidade perfeita, não dá para criticar nada que ele logo dispara algo decretando a nossa suprema superioridade, como se fôssemos perfeitos em tudo e portanto nenhuma iniciativa de outra região serviria, pois nada que venha de “favelados famintos”, como ele mesmo classifica, serve pra gente.

        Ou seja, não, eu não “conclui tudo isso dele”. Observe os comentários anteriores que ele sempre vem fazendo e verás que o que eu fiz foi apenas citar o pensamento expresso pelo que ele diz (e que muita gente da cidade infelizmente pensa). Não aumentei, não inventei, não deturpei, nem “conclui”, apenas citei.

        Sendo assim, me desculpe, caro FelipeX, apesar de todo o respeito e até admiração que tenho por ti e pelos teus comentários, acho que a “fúria” está no “coraçãozinho” de outra pessoa, ou no coração dele, que resolveu atacar por atacar sem nem ao menos refletir sobre elas, ainda que depois discordasse, ou no teu, que se indignou por tê-lo criticado justamente pelas suas atitudes e palavras.

        Sem mais. Abraços.

      • E o Fortunati, FelipeX, é o Prefeiro, então nada mais natural culpá-lo pela revoltante inércia da cidade, já que nem projetos para a cidade para a Copa ele tem. Em vez de se preocupar com a orla e com o rejeitado mirante do Morro Santa Tereza, por exemplo, ele (Fortunati) prefere usar o seu blog pessoal em defesa da Agapan (notoriamente uma associação pseudo-ambientalista responsável pelos entraves e atrasos da cidade).

        Se aliando à AGAPAN, inimiga número um do desenvolvimento da cidade, ele se mostra pior do que o banana do Fogaça, que não fazia nada, mas ao menos também não atrapalhava. Fortunati inclusive usa o Tarso (outro inútil) para se esquivar da falta de iniciativa para coisas que sequer dependem do Estado e da União, como a orla, a partir do Gasômetro até o BarraShoppingSul, e a praça onde fica o Mirante do Morro Santa tereza, maior prova da inércia e incompetência da capital, já que o principal ponto turístico da capital foi arrancado à força do mapa turístico da capital para a Copa. Nem no mapinha ele está.

        A área da Fase pertence ao Estado, mas a área da praça (onde já daria para fazer muita coisa), onde está o mirante, não. E mesmo a área da fase, um prefeito inteligente pressiona o Estado e joga a população e a mídia a também pressionar o Governador a fazer algo por uma região tão nobre e importante para a cidade como aquela região o é.

        Se o teu estimado Fortunati fosse tão digno de defesa, ele teria ao menos feito algo pelos referidos lugares importantes da cidade, nem que apenas no papel. Afinal, ele não é culpado pelo estado periclitante em que recebeu os referidos lugares, mas é diretamente responsável pela manutenção dos mesmos no estado em que se encontram, já que nem ao menos um projeto no papel para o mirante, por exemplo, ele sequer apresentou, e olha que estamos falando em Copa, e além de que é algo que nem é só para a Copa, é para a cidade e para a sociedade.

        Toda a cidade-sede da Copa se tranforma com as obras para a mesma, mas POA não acrescentará nada novo e nem revitalizará e devolverá à sociedade o que temos. Será uma Copa inútil pra gente, gastaremos e nada receberemos de legado. Transformação zero.

        Agora sim, sem mais. Consciência totalmente traqüila de nada ter defendido que desencorajasse a cidade de acreditar que ela tem potencial a ser explorado e que há viabilidade para tanto. Podemos TUDO, QUALQUER COISA. Basta acreditarmos. Não somos inferiores à ninguém. Temos que ter auto-estima na hora certa, não só para discriminar nossos demais irmãos brasileiros.

        Eu tenho sangue dos arrojados e corajosos antepassados porto-alegrenses que fizeram a pujante POA da década de 60 e seus aterros e parques! Alguém mais aí tem? Ainda há sangue correndo nas veias?

      • Eu já fiz essa crítica ao RicardoUK em outro thread, também acho o cara conformista. Mas bem, ir de conformista para tudo aquilo ali…

  4. A gente fica aqui se ferrando com essa cidade suja e hostil, e vem um boboca lá de Londres querer nos fazer crer que Poa é a última bolacha do pacote. PQP!!! que cara murrinha.

  5. Ao invés de desapropriar apenas o espaço que será usado para ampliação da Av Tronco, reassentando os moradores talvez em outros bairros da cidade, deveriam fazer um grande projeto de reurbanização de todo o complexo da grande Cruzeiro.

    Tenho certeza que um projeto desse tipo, desde que bem pensado e planejado, obteria facilmente financiametos internacionais, boa parte deles a fundo perdido. Além disso, a iniciativa privada poderia coloraborar, investindo na construção dos prédios residenciais em troca da exploração de parte dos prédio e espaços comerciais do bairro, principalmente a beira da nova avenida (gerando empregos e desenvolvimento), pois a maior parte das pessoas que ali moram tem renda e consomem, só que são obrigadas a trabalhar e comprar em outro lugar.

    • Tendo uma renúncia fiscal equivalente ao que a iniciativa privada invista numa qualificação da Vila Cruzeiro seria interessante. E com a eficiência da administração privada as obras acabariam tendo uma melhor qualidade e um custo menor, sem tanto problema com desvio de recursos para caixa 2 de partido.

    • Isso é uma ótima idéia.

    • Numa vila, como a Cruzeiro, onde moram milhares de trabalhadores, poderia ter agências bancárias, dos Correios, Lotéricas, pizzarias, supermercados, farmácias, livrarias…

      Se na rocinha tem Mcdonalds, por que na Cruzeiro só pode ter barzinho de cachaça?

  6. Eu nao disse que a Cruzeiro nao e’ grande ou que nao e’ violenta. Eu disse que nao e’ tao grande quanto as favelas cariocas nem tao violenta. E fuzil ta’ looonge de ser comum la’ na Cruzeiro, ate’ porque e’ caro e em POA nao ha’ grandes batalhas entre favelas como ha’ no Rio.

  7. FelipeX, não é preconceito é apenas uma constatação da peculiaridade do local.

    E relativizei a suposta condição de legado da copa à que ela foi alçada pelas autoridades porque criar uma avenida cortando uma favela é algo normal numa metrópole (vide Sampa), não tem nada de legado nisso.

    Sim, lá naquela via tem mais favelas, mas é uma via bem mais larga e extensa, com muitas pistas, sendo o principal acesso à cidade e ao aeroporto e UFRJ, e mesmo assim às vezes lá fazem o que fazem. Se redimensionarmos isso para a nossa realidade, levando em consideração que a cruzeiro é menor, mas não deixa de ser grande e é a mais perigosa de Poa, mas a tronco também será uma via bem menor e nem será expressa como a linha vermelha, e portanto mais fácil de conseguirem praticar açœs criminosas, não duvido que isso lá também venha a ocorrer. Eu a evitaria nem de carro, nem de bike. Hehe.

  8. Julião, podemos até adotar o Brt, mas não precisamos colocar muretas. O princípio do Brt é a utilização de paradas ao estilo de estaçœs elevadas e corredores exclusivos, mas a ausência de mureta não o descaracterizaria como tal se tivesse essa faixa pintada e radares. Eu faria isso em toda cidade, arrancando as muretas da farrapos, assis brasil, bento, osvaldo, protásio, terceira perimetral e etc e adotaria esse sistema paulistano. Até iríamos embelezar e revitalizar essas vias assim, deixando-as bem agressivas e segregradoras. Elas não perderiam a condição de corredores, e o mesmo vale para o brt.

    E citei as desapropriaçœs da terceira perimetral para destacar como uma avenida estreita com aparência de rua foi alargada à ponto de ganhar mais pistas, o mesmo poderia ser feito em outras ruas e avenidas importantes (alargamento).

    • Nào vejo nas estações elevadas a melhor alternativa. Existem alguns ônibus em São Paulo que tem piso rebaixado e portas nos 2 lados, o que me parece mais adequado em termos de acesso para cadeirantes, por exemplo. Assim poderia atender com o mesmo conforto, segurança e agilidade durante o embarque de um cadeirante ou um idoso tanto em ruas com a estação no meio das pistas quanto onde o ponto fica do lado da calçada.

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