Pelotas e Rio Grande podem ter status de Região Metropolitana

Canal São Gonçalo separa os dois municípios. Foto: Jô Folha

Apesar de concentrarem a movimentação de serviços, comércio, indústria, educação e a maior população da Zona Sul, Pelotas e Rio Grande ainda não se configuram como Região Metropolitana (RM). O benefício liberado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), concedendo custo local para chamadas interurbanas entre municípios dessas regiões – o que deixa de fora os municípios da região sul – levanta a questão. Os especialistas divergem no quesito condições para uma possível transformação. Mas são unânimes em apontar que é preciso que a atual Aglomeração Urbana do Sul (AUSul) – à qual os dois municípios já pertencem junto a Capão do Leão, Arroio do Padre e São José do Norte – tenha atuação efetiva.

O entendimento de cada estado é que determina a nomenclatura dos espaços urbanos. Por exemplo, Santa Catarina possui regiões metropolitanas de 300 mil habitantes – totalmente desproporcional aos 21 milhões da RM de São Paulo. Para Paulo Roberto Rodrigues Soares, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a legislação gaúcha é mais correta em termos técnicos e científicos. Pesquisador do Observatório das Metrópoles, rede nacional que investiga essas formações urbanas, ele afirma que, a partir do cenário atual dos dois municípios gaúchos, a Aglomeração Urbana é de fato a forma mais adequada para o momento. Segundo ele, ainda falta volume de atividades e moradores para que a região seja considerada uma RM. Para exemplificar, três questionamentos no mínimo inquietantes: uma região metropolitana sem shopping? Com apenas cinco salas de cinema? Com poucas empresas de expressão nacional?

O que caracteriza uma Região Metropolitana, o conselho deliberativo da AUSul, prós e contras, a avaliação das prefeituras e muito mais, você confere na reportagem especial completa que está na edição impressa do Diário Popular desta terça-feira (21).

Raquel Bierhals – Diário Popular



Categorias:Demografia

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2 respostas

  1. Pelotas como a principal, me soa ridículo … o poder economico está em Rio Grande, cidade marítima e sede do polo naval do rs … pelotas é uma cidade dormitório e com alguns serviços do comércio

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  2. Opa, achei engraçado que o texto nos induz a pensar que uma região de comércio desenvolvido é sinônimo de shopping. E na verdade é justo o contrário, shoppings são zonas urbanas isoladas cuja a maior parte das estabelecimentos não são firmas locais.

    Já os estabelecimentos de faixada voltada para a via são mil vezes melhor para o funcionamento da cidade (tanto em relação ao tráfego quanto a vigilância), o chamado “comércio de rua” que muitos associam a camelôs, na verdade pode incluir desde uma loja familiar ao um grande mercado. Sendo seus proprietários normalmente moradores da própria cidades, estes estabelecimento são incomparavelmente melhores para a economia. Quando digo isto, muitos me acusam de “comunista”, mas notem uma coisa, sou muito capitalista, aliás, ou tão capitalista que prefiro que alguém seja dono de sua própria empresa a ser empregado num shopping. Ou seja, eu to aqui pra defender o patrão e não o empregado hehe

    Falando em empresa, existe uma refinaria de Rio Grande chamada Ipiranga, será que ela tem relevância nacional?

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