É notório que a economia gaúcha vem perdendo posição no contexto nacional, atribuída em grande parte ao desempenho do Estado, focado no controle de gastos e mecanismos de financiamento extraordinário, que têm norteado a história recente da gestão financeira, segundo o ex-secretário do Planejamento nos governos de Antônio Britto e Germano Rigotto, João Carlos Brum Torres.
“A decisão de conter despesas é elogiável e saudável do ponto de vista das contas públicas, mas é péssima do ponto de vista da sociedade, porque acaba se traduzindo em corte de investimentos em áreas essenciais”, afirmou ele ao jornal Extra Classe do Sinpro, acrescentando que “é preciso entender que não existe almoço grátis”.
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O título já diz tudo, pois resume muito bem a situação do estado. Vê quem quer.
Conter despesas significa estourar a bolha.
Gastar mais do que arrecada trouxe (iluzão de) “benefícios” no curto prazo mas uma hora estagna e alguém tem que fazer o “trabalho sujo””.
Não há como se desenvolver de maneira sustentável devendo para todo mundo, uma hora temos que pagar a conta, literalmente.
Na verdade, se hoje é “péssimo do ponto de vista social”, algum dia foi bom. É como uma compra a crédito, podemos comprar aquele carro caro hoje… mas depois teremos de deixar de comprar um monte de coisas para pagar as prestações.
Para isto sim que não existe almoço grátis.
pode reduzir investimentos do setor público só se for… afinal este investimente pouco e mal…
reduzir gastos é importante, mas qualificá-lo é fundamental…. de nd adianta reduzir gastos se oq sobrar for usado para manter a burocracia
se contensão de gastos gera recessão segundo a lógica do PIB (q n tem lógica nenhuma, afinal pro PIB se vc vende 1 sapato e compra 5 máquinas vc esta mais pobre), déficits públcos geram inflação…
o problema maior é q ninguém faz protesto qdo o governo decide gastar 1 bilhão de euros para manter uma estatal ferroviária fornecendo serviços abaixo do custo, só fazem protestos qdo descobrem q tem q pagar a conta…
a grã-bretanha deve 400% do PIB em dívida externa… a situação n deveria ter chegado neste ponto, mas agora q chegou ja ta um pouco tarde pra reclamar n acham???
O que tem de se fazer é melhorar a qualidade dos serviços públicos aumentando a produtividade dos servidores públicos e agilizandos os processos administrativos, assim como faz a iniciativa privada o tempo todo. A questão é que os empresários convivem com a concorrência, o que lhes obriga a funcionar sempre com a corda no pescoço, e o Poder público, pelo contrário, é estabelicido numa espécie de monopólio, sem concorrentese sem necessidade de melhorar e se adaptar dia a dia.
Como a sociedade é omissa e o estado é, cada vez mais, controlado por corporações, que “lutam” por suas categorias (não pelos serviços públicos) e que rechaçam qualquer medida visando melhorar a produtividade, temos uma máquina pública que gasta mais na atividade meio do que na ponta.
Com isso, o cidadão sofre duas vezes, pagando mais impostos que precisaria e recebendo contraprestações de serviços públicos de péssimo nível do governo, sendo obrigados, quando podem, a buscar soluções privadas para essa deficiência.
Ele nao disse que nao e’ preciso controlar as contas, caro Phil. Alias, ele nao falou nada de errado, pelo contrario: “A decisão de conter despesas é elogiável e saudável do ponto de vista das contas públicas(…)”, foi isso que ele disse. Mas o controle dos gastos e’ sim um mal necessario porque, como ele falou, sao os servicos publicos que acabam sofrendo com o corte das verbas, e’ fato. Na Gra-Bretanha atualmente ha’ uma discussao muito semelhante com relacao a isso, o grupo que esta’ no poder defende os cortes como caminho para sair da crise, ao passo que a oposicao bate na tecla da necessidade de nao se sucatear os servicos publicos.
Poxa e o meu comentario?????? nao tem nada de ofensivo.
Phil, agora que eu vi. Estava na rua e não pude liberar…. sorry… já foi liberado agora…
Bem, na real a maior parte do bolo fica com o governo federal, que gasta o orçamento de POA só na câmara…
Mas retomando assunto de coleta de lixo, viram o sistema dinamarquês?
http://blogs.discoverybrasil.com/treehugger/2011/07/a-dinamarca-poderia-ajudar-o-mundo-a-deter-as-mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas.html
O problemas é que alguns gastos simplesmente não podem ser controlados ou limitados, pois foram estabelecidos em leis (ex.:repasses) ou contratos (ex. dívida pública), então o que os governos tentam fazer para manter mais ou menos as contas em dia é cortar INVESTIMENTOS, daí, sem infraestrutura, é que o estado não cresce mesmo.
Esse senhor nao sabe de nada…meu deus, nao serve a experiencia que a ESPANHA, PORTUGAL, GRECIA, IRLANDA, e agora ITALIA estao passando para esses tipinhos se darem conta que e’ preciso SIM o governo controlar as contas…esses paises todos acima pensaram da mesma forma: “Oba, DINHEIRO GRATIS vo pega a nega e me esbaldar, agora tiro a barriga da fome” dai esses paises “avancam”,so’ que 10 anos depois se ferram tanto que voltam a ser quase que uma economia feudal. Alem do mais a aioria dos estados so’ avancaram devido a enormes investimentos FEDERAIS que obviamente nao vieram ao RG.
Na real é uma questão bem complicada, e tens razão no debate Rogério. Mas a crise de 2008 trouxe o pensamento keynesiano de volta, aparentemente não foi suficiente para resolvê-la.
Na realidade… fala-se tanto do pensamento liberal mas se países como EUA e Grécia realmente tivessem seguido a risca o pensamento liberal há anos atrás talvez a crise não acontecesse, ou no mínimo seria muito diferente.
É algo que pouco tem se falado, as políticas de contenção de despesas quando aplicada em curto prazo tem grande eficácia, porém quando elas perduram por longo tempo elas se tornam recessivas, baixando a receita e por consequência exigindo maior contenção, é um ciclo de retroalimentação.
O que mais me surpreende é que toda esta política tem sido empregada anos a fio, e ninguém até o momento saiu a público para contestá-la.
Falando em termos econômicos não num discurso político meramente para a provocação, esta ideia de diminuir gastos indefinidamente para equilibrar o balanço é válida para finanças privadas, porém para finança públicas era adotadas pelos Liberais e foi questionada por Keynes, com o retorno do neoliberalismo se voltou a esta prática.