O governo do Estado trabalha com uma convicção: em menos de dois meses, a aguardada hidrovia entre Porto Alegre e Guaíba estará pronta, transportando passageiros.
“O prazo é final de outubro. Não há razão concreta para que isto não se confirme”, ratifica o secretário Beto Albuquerque.
Há mais de 30 anos, a travessia fluvial é alvo de promessas e anúncios nunca concretizados.
Segundo a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), a empresa vencedora da licitação deverá fornecer os últimos dados necessários para a hidrovia avançar. “Faltam duas coisas: a assinatura de um engenheiro autorizando a obra e, o principal, a identificação perfeita do trajeto, que estava pouco clara nos estudos anteriores”, afirma Vanderlan Vasconselos, superintendente da SPH.
Travessia do Guaíba sai até outubro
Até o final de outubro o transporte hidroviário de passageiros pelo Guaíba deverá entrar em operação. A avaliação é do superintendente de Portos e Hidrovias (SPH), Vanderlan Vasconselos. A empresa Catsul apresentou ontem projeto, com trabalho de batimetria, e uma nova rota.
O traçado dispensa a realização de dragagem, conforme Vasconselos. “Era uma antiga rota usada por transportadores de areia”, explicou. O projeto está em exame na SPH.
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Um passarinho verde me contou que isso não saiu até hoje por lobby da empresa de ônibus.
Qualquer pessoa que entenda o básico sobre navegação e hidrovias saberia que praticamente não há necessidade de dragagem, e que os sinais náuticos para essa travessia são poucos, o mínimo; talvez quatro, no máximo. Postei algumas matérias a respeito no blog “Hidrovias Interiores – RS”, há bastante tempo, e observei que o ideal seria aproveitar uma boia luminosa já existente e instalar um farolete no cais em Guaíba; vale dizer, seria necessário instalar apenas UM sinal (há pouco tempo atrás eles ainda falavam em 22 sinais!). É o que acontece quando a meritocracia (formação em engenharia e experiência profissional em transportes, especialmente no setor hidroviário) é abandonada em favor de apaniguados políticos (ex-prefeito e ex- vereador, com formação sem excelência em direito, mas sem exercer essa profissão). É o caso do senhor Vanderlan Vasconselos (a grafia é assim mesmo, errada), um político profissional que, não conseguindo se eleger deputado estadual, vai tentar a prefeitura de Esteio de novo …
Pelo jeito, a “mijada” pública do Secretário Beto Albuquerque nesse superitendente da SPH deu resultado… ou os “problemas” dessa travessia sumiram milagrosamente de uma hora para outra?