Foi confirmada ontem pelo grupo chileno Empresas CMPC S/A a retomada do investimento de expansão da fábrica da empresa Celulose Riograndense, em Guaíba. O valor é estimado entre 1,5 bilhão de dólares e 2 bilhões de dólares. A capacidade de produção da fábrica gaúcha, de 450 mil toneladas/ano de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto, será expandida em mais 1,3 milhão de toneladas/ano. A notícia foi divulgada ontem pelo jornal chileno Valor Futuro e confirmada por fontes no RS. A fase atual é de revisão do projeto de engenharia. Deverá se encerrar em março de 2012.
Aprovado o projeto, começam as obras. As operações da nova planta estão previstas para se iniciar no segundo semestre de 2014. A previsão de empregos temporários chega a 7 mil postos no pico das obras. Depois, são estimados cerca 20 mil novos empregos entre diretos e indiretos envolvendo toda a cadeia econômica: Celulose Riograndense, indústrias e área florestal, entre outras. Do saldo, 3,5 mil postos deverão ser diretos. A capacidade de produção iria para 1,75 milhão de toneladas ou até 1,8 milhão de toneladas/ano. Em 2008, o projeto foi suspenso devido à crise global da economia.
Em Guaíba, a Celulose Riograndense e a prefeitura fecharam Parceria Público-Privada (PPP), no começo deste mês, para a realização de diversas obras viárias. Uma delas é a duplicação da avenida Castelo Branco, no trecho localizado entre o trevo da BR 116 até a fábrica. A obra será necessária à acessibilidade. Haverá intensa movimentação de veículos pesados e equipamentos, nas obras e após sua conclusão. “Essa parceria já está em andamento”, garante fonte da empresa. Além da avenida, as ruas do entorno da fábrica serão também ampliadas e algumas terão seu padrão modificado.
Além da crise mundial ter adiado o investimento, outro fator de esfriamento foi a venda da unidade de Guaíba, adquirida em 2009 pela CMPC. Até então, a fábrica pertencia à Fibria Celulose. O valor do negócio foi estimado em 1,43 bilhão de dólares. Hoje, a fábrica de Guaíba remete cerca de 40% da sua produção ao mercado asiático e 38% ao europeu. Os demais 22% são direcionados para os países sul-americanos. Com a nova capacidade de produção de celulose branqueada de eucalipto, a unidade do RS poderá ampliar seu atendimento, principalmente aos mercados de Ásia, Europa e EUA.
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Excelente, o Rio Grande do Sul só agradece vai gerar mais empregos,renda, impostos..e eu quero vender as botas de couro hidrofugado da Viposa. Já vendí para uma excelente empresa que está em Guaíba e se alguma empresa se interessar, faça contato.