Ministro das Cidades, Mário Negromonte, visitou as obras em Porto Alegre
O ministro das Cidades, Mário Negromonte, esteve nesta segunda em Porto Alegre para vistoriar o andamento das obras do Aeromóvel, que vai ligar a Estação Aeroporto, da Trensurb, ao Terminal 1 do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O ministro também visitou a estrutura montada na área central da Capital, nas proximidades da Usina do Gasômetro, que nunca passou da fase experimental. Durante a vistoria, o presidente da Trensurb, Humberto Kasper, manteve a expectativa de que a instalação do Aeromóvel, em Porto Alegre, esteja finalizada no primeiro trimestre de 2012.
“O mês de agosto foi muito chuvoso e prejudicou o andamento das obras de fundação. Mas mantemos a previsão de que até a metade do ano que vem o serviço comece a operar”, ressaltou. Negromonte estava acompanhado por representantes da prefeitura de Salvador (BA) e pelo deputado federal João Leão (PP-BA). “O Aeromóvel é uma tecnologia fantástica. Saio de Porto Alegre maravilhado. Espero que mais equipamentos como este sejam fabricados em todo País”, afirmou o parlamentar baiano.
Implantação das estacas
A via elevada da linha que interligará a Estação Aeroporto e o Terminal 1 do Salgado Filho está com 36% das obras executadas. Os trilhos ferroviários já estão no canteiro de obras. Segundo Kasper, já foram implantadas 40 das 204 estacas e a montagem das formas metálicas das vigas está em fase de conclusão.
O Aeromóvel será operado por duas estruturas – uma com capacidade para 150 passageiros e outras para 300. A licitação referente à construção das duas estações de embarque e desembarque foi concluída em agosto. O projeto está orçado em aproximadamente R$ 29,9 milhões.
Correio do Povo
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Se o aeromóvel de fato for eficiente, haveria pelo menos mais 3 linhas a se cogitar:
1. Da estação Anchieta do Trensurb até o complexo da Arena do Grêmio;
2. Da linha do Gazômetro até o Barra Shopping, com paradas obrigatórias no Centro Administrativo, Ministério Público, Foro Central, Shopping Praia de Belas, Estádio Beira Rio, Iberê Camargo, e Pontal;
3. Da linha do Gazômetro até o Mercado Público, indo pelo Cais Mauá revitalizado.
Concordo! E acredito inclusive que haveria investidores interessados em construir essas linhas, desde que junto pudesse explorar as atividades econômicas das estações e/ou do entorno delas.
É difícil entender como ainda não temos esse serviço operando em Porto Alegre. Permite uma grande adaptabilidade a várias configurações, desde estar a céu aberto como em túneis subterrâneos em alguns trechos. A meu ver, um aeromóvel “enterrado” por baixo do corredor de ônibus da 3ª Perimetral, por exemplo, seria bastante adequado.
O aeromóvel deveria costurar a cidade inteira, até zona sul, zona norte, todos os pontos cardeais. Espero que a linha do aeroporto inspire esse desenvolvimento.
A capacidade do aeromóvel é limitada a 15 mil passageiros por hora por sentido, de forma que ele não é adequado para aplicação em eixos troncais urbanos, onde projeta-se uma demanda muito maior no médio prazo. Para se ter uma ideia, o bagunçado e saturado corredor da Farrapos hoje transporta quase 20 mil passageiros, e é indiscutível que há demanda inatendida.
O melhor cenário de aplicação é shuttle, isto é, ligação de eixos mais capazes a pontos de interesse ligeiramente afastados, como o é o caso do Aeroporto e da PUC. Talvez em eixos onde o espaço seja muito limitado e a demanda não tal alta seja possível aplicar, mas nos casos que eu consigo pensar (Independência e Cristóvão), ainda acho que bondes modernos seriam uma solução melhor.
fmobus, o limite de capacidade é em torno de 25 mil passageiros por hora por sentido, com veículos para 600 passageiros, o que o posiciona como um sistema de média capacidade, ao lado do pré-metrô, VLTs, BRTs com ultrapassagem nas estações e monotrilho.
A Linha Piloto de Porto Alegre tem capacidade atestada pelo IPT de São Paulo de 12.000 passageiros por hora sentido (veículo para 300 passageiros).
Preferia mil vezes que terminassem a obra do projeto antigo do que fazer essa ligação inútil de menos de 1km. Até parece que não sabem que mais da metade das pessoas que desembarca na estação aeroporto é para pegarem o ônibus na terminal…
Essa ligação não é inútil. Ela será usada por passageiros e funcionários do Terminal Novo que venham do Centro ou da Região Metropolitana. Isso não é pouca gente.
Já a linha original, para poder ter utilidade, haveria de ser conectada aos demais eixos de transporte, posto que hoje ela existe isolada. Para conectá-la, parece-me que a melhor opção seria estendê-la até o Mercado sobre a Mauá. Isso seria mais caro por vários motivos:
1) seria um trajeto de quase quatro quilômetros
2) seria um trajeto com duas vias elevadas em sentidos opostos, para possibilitar intervalos compatíveis com a demanda intra-urbana
3) sua construção se realizaria sobre uma área já urbanizada
Em vista disso, creio que é bastante adequado iniciar esta primeira implementação comercial do aeromóvel no cenário de shuttle do Aeroporto. É o paradigma das cidades desenvolvidas caminhar com passos pequenos e firmes, principalmente quando se trata de tecnologias pouco provadas. Ou você acha que as redes de trens e metrôs de Paris, Nova Iorque e afins foram construída de uma vez só?
Só acho que devia conectar o terminar 2 também, mas é um projeto interessante.
Concordo plenamente.