Adeli soluciona demandas de proprietários de bares da Cidade Baixa
Um grupo de comerciantes da Cidade Baixa procurou o vereador Adeli Sell na última sexta-feira (18/11) para expor os problemas enfrentados pelos bares no tradicional reduto boêmio de Porto Alegre. A situação de conflito entre moradores e comerciantes se agravou depois que a 22ª edição da denominada “Operação Sossego” fechou mais de duas dezenas de estabelecimentos no bairro.
O grupo, encabeçado pelos proprietários do Bate Macumba, Insano Pub, Mister Xis e Mr Dam, clama pela legalização da Cidade Baixa. “Queremos um bairro no qual as pessoas possam viver harmonicamente e eu possa ter o direito de trabalhar numa sociedade livre amparada pelo poder público”, disse José Henrique Morales Filho, proprietário do bar Bate Macumba, um dos estabelecimentos fechados pela Smic durante a operação.
Para o vereador Adeli Sell, o problema não está no horário de fechamento dos bares e casas noturnas, está no comportamento dos usuários. Por isso, sugere que temos que achar um ponto de equilíbrio que permita que a Cidade Baixa continue sendo agradável para todos. “O problema é cultural. Não se trata de retirar a mesa da calçada ou fiscalizar o horário de fechamento”, disse Adeli, que conseguiu sanar já na sexta-feira duas das quatro demandas que chegaram até ele.
Bar Legal
Para amenizar a situação, o parlamentar quer retomar a campanha intitulada “Bar Legal”. Trata-se de um pequeno movimento que o vereador criou quando esteve à frente da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic). “Está mais do que hora de retomarmos esta proposta. Fazer um bom material, explicando como deve ser o comportamento dos usuários e dos proprietários de bares numa cidade que deveria virar 24 horas, buscar ser cada vez mais cosmopolita”.
Segundo a proposta, a campanha “Bar Legal” deve dizer como devemos nos comportar. Não cabe vender bebidas em garrafas, alcançando ao comprador um copo plástico para que o sujeito saia do bar e vá beber na rua. Bar não é loja de conveniência. “Como absurdo é ficar bebendo na pista de rolamento, como se faz em Porto Alegre. É o antônimo da civilidade. Ficar bebendo na frente de bares, nas ruas, de noite na Cidade Baixa; de dia, em Ipanema, com o som dos carros a todo o volume é um atestado de imbecilidade, não de juventude”, sustenta Adeli.
Bar Legal significa não ficar falando alto, berrando, gritando, fazendo algazarra, porque as pessoas querem estar em suas casas sem ser perturbadas, seja para falar entre si, ouvir música, assistir a uma novela. Cada qual com seus gostos civilizados. Significa a boa convivência entre as pessoas, criar uma relação de cumplicidade e harmonia entre o dono de bar, o frequentador, o transeunte e o morador da região.
“O poder público deveria se unir à iniciativa privada, bancar um projeto desta natureza e mudar o modo de fazer as coisas. Nossa Porto Alegre seria muito melhor. Vamos começar fazendo”, finalizou.
Câmara Municipal
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Selmar Moraes e Souza que parabenizá-lo por vossa manifestação, com a qual estou de pleno acordo. Ou nos conscientizamos que devemos mudar para o mundo, ou nos reduzimos a uma pequena ilha no universo, nos piores exemplos existentes. Depois do advento da internet, não tem mais cabimento esse tipo de postura anti-cultura. O atual quadro me faz lembrar a ditadura Pinochet, que assombrou o Chile, com o aterrorizante ” toque de queda as 23h. A arte, no particular a música, sempre foram a mais pura manifestação de liberdade de expressão, uma das responsáveis pela redemocratização desse país. Não lhes virem as costas agora, quando no passado muito dela dependeram para poder desfrutar da liberdade de manifestação e de ir e vir que hoje desfrutamos. Um fraternal abraço.
Gente,Cidade Baixa sem os bares ou com eles fechados,será o maior prejuízo.Por que não tentar o equilíbrio entre o direito do sono e o direito à diversão?
É triste uma cidade como Porto Alegre,destruir seu patrimônio e seu reduto cultural,tudo isso quando se comemora o aniversário da cidade.Cidade Baixa é um bairro boêmio,até entendo o ponto de vista dos moradores,mas acho que quando foram para lá,sabiam da situação.Mas o fato é que a Cidade Baixa comporta pessoas de TODAS as classes sociais,origens,inclinação sexual,gosto musical.Lá vão punks,skatistas,regueiros,roqueiros,sambistas,mpbistas,lésbicas/gays,heterossexuais,universitários,esquerdistas,centristas e anarquistas,além dos apolíticos,mulheres,homens,bissexuais,gente do Jardim Leopoldina até Higienópolis,etc.Porque não fazem essa mesma fiscalização na Padre Chagas,onde o direito de ir e vir é desrespeitado,lei do silêncio é inexistente e ninguém presta atenção?Porque é uma área nobre,errado são os que não concordam com os bares de lá simplesmente fecharem a rua.É triste ver essa situação,que para mim visa apenas o higienismo,ironia sendo que o bairro boêmio era um lugar dado como periferia,já que lá morava pessoas pobres.
Primeiro,houve um certo ataque no Olaria em relação às pessoas que as frequentavam aos domingos.Hoje na área há um empreendimento imobiliário,e quem terá acesso a esse empreendimento?Depois andavam obrigando os bares a fecharem às 23:00,meia-noite.Não contentes,tentaram um projeto de lei,proibindo os bares de terem música ao vivo.Agora estão fechando arbitrariamente os bares sob alegação da lei do silêncio(que não possuía nenhuma reclamação nesse sentido).Que isso,toque de recolher agora?Estranho quando na Independência(alternativa natural dos boêmios)está sob ameaça de ataques de neonazistas e,claro ninguém ousa ir pra lá,mais estranho quando lembramos que estamos às vesperas da copa do mundo,quando turistas do mundo todo visitarão o Brasil,será que querem que apenas os gringos se divirtam sozinhos enquanto trabalhamos como escravos?Ou será que querem que Porto Alegre seja a única cidade a não ter um bairro boêmio,um lugar onde pessoas se divertem?Ou ainda,pareçam um lugar onde todos dormimos no máximo às 22hs?
Lembramos que o RS esteve ameaçado de não sediar a copa pelo fato de não poder portar/beber bebidas alcólicas nos estádios(melhor,é proibida a venda delas no local).
Prezado Carlos Blanca, em que pese respeitável tua manifestação, com ela porém não posso concordar. Ao que parece vossa senhoria, desconhece os antecedentes históricos desse Estado, o que defendia princípios diferentes do que se prática hoje, onde certamente não somos as vestais do trono, mas que não ousarei, ao contrário de vossa senhoria, chamar de ignorância. Registro porém, que não se pode confundir atividades que são dever do Estado, com empreendimentos de iniciativa privada no campo da arte e da cultura e com isso desviar o foco da discussão. Vá a Lapa, Vá ao Pelourinho e outros cantos desse país no que concerne o investimento em cultura. Se vossa senhoria, ainda, não sabe, conforme dados do ECAD, A Bahia, contrário de nós produz arrecadação relevantemente imensamente superior a nossa, sendo que se trata de Estado de potencial econômico inferior ao nosso, mas soube nos tirar o parque industrial da Ford de Guaíba. Basta breve visão a olho nú, pelos meios de comunicação. Diferente de vossa afirmação, nós gaúchos sempre nos intitulamos o Estado mais politizado do Brasil, logo estranho, como argumento colocar em pauta a educação do nosso povo, para justifificar o ato arbitrário e generalizado contra aqueles empreendedores, a semelhança do intervencionismo estatal, de a muito abolido pela constituição pátria. Hoje conforme o modelo constitucional, no embate entre o interesse privado e geral essa função do Estado é meramente regulamentadora, diferente do que ocorre no caso em concreto. Nunca me insurgi nos bairros onde morei por barulho ou por outros motivos mais severos, onde também havia musica, que sempre trás aglomeração de pessoas, e não duvide a euforia e bem menor do que aquela deflagrada em um estádio de futebol e ninguém reclama ou manda fechar os estádios Olimpico e Beira-Rio, com arruaças e violências e sinistros muito piores. Mas retornando ao assunto. Acompanhei Elis Regina desde o tempo do clube do guri, por isso sou previlegiado, no que concerne a demagogia de nós gaúchos em torno dela, salvo raras exceções, muito antes da geração Elis vive. Não se deve confundir amor ao Estado, que como gaúcho sequer coloco em pauta por desperdício, com sentimento atávico. Resta por fim saber que é minoria nesse episódio, em confronto com o interesse da comunidade Porto Alegrense, pois vai ajudar na decisão final. Enfim siga com suas idéias, as quais defendo o seu direito de sustentá-las, embora discorde frontalmente delas, e talvez devamos para por aqui, certamente eu não vou convencê-lo e nem vossa senhoria a mim. Felicidades.
Respeitando sua opinião Luiz Antonio…atrasado todo o Brasil está, basta verificar isto em várias áreas de fundamental relevância.Poder tu pode, mas , não deves generalizar ao dizer que gaúchos sequer preservam os valores morais da época.Um triste engano seu, mas compreensível diante da ignorância.Mas, no que tange ao assunto Cidade Baixa, eu sou a favor dos bares, nunca fui contra eles, desde que, RESPEITEM O SOSSEGO , também concordo com o charme que o bairro tem, pois a boêmia que ali reinava muitas décadas , lá pelo inicio, era outra, não havia esta algazarra cinco estrelas que hoje impera.Se o Estado tem que ser moderno, ainda, deve estar contido o respeito ao próximo, aliás , nem seria preciso uma lei para dizer tal coisa, já deveria estar enraizado no ser humano tal característica, sentimento. Elis está certa a musica é universal, e ela nunca negou suas raízes, e não era preciso estar vestida de prenda ou ficar tomando chimarrão para se demonstrar amor a terra. Eu não ando pilchado, nem bebo chimarrão, nem por isto deixo de ser gaúcho, nem me falta amor a minha terra natal.Há valores, que os doláres, euros ou qualquer outra moeda não compram, ao menos pra quem não se deixa vender. Falta além dos bares cumprirem o horário permitido pelo alvará e também a isto certos “frequentadores” terem bom senso, educação, saberem se divertir sem pertubar os demais, mas, EDUCAÇÃO é algo que se traz de casa, já diziam, não se aprende na Universidade e nem em manuais. Todos podem conviver harmonicamente, respeitando-se. Imagina se depois que por exemplo, só por exemplo, o cidadão se diverte a noite inteira, e quando chegar em casa vá dormir, ai estarei eu fazendo bastante barulho , pertubando seu “sossego”, ai iria reclamar com certeza e razão.
Então ,fique tranquilo, eu não faria tal coisa, pois tal atitude só revelaria que sou pior que aquele que me pertubou a noite inteira ou parte dela. Não é preciso se nivelar, se é que isto é nível. De toda forma, circulam pelo bairro, pessoas de vários graus de instrução, e tambem frequentam os bares, desde o operário da construção civil até doutores, mas falta educação, e não generalizando, pois nem todos tem tal comportamento, muitos em nome de sua diversão, pouco se importam com o espaço do próximo. Triste perceber, que o ser humano em termos de tecnologia evoluiu muitissimo, porém, em termos de espírito, francamente, regrediu as pampas. Aguardemos o desenrolar dos fatos e o que sobrará de toda esta peleia. Um abraço.
Não moro no bairro cidade baixa, sou Porto Alegrense, mas morei no Rio de Janeiro ( Lapa)í Salvador e São Paulo e veraneio em Santa Catarina e cheguei a seguinte conclusão de tudo observei. O Rio Grande do Sul está muito atrasado. Esta cada vez mais perdendo espaço para esses lugares que mencionei por ser um povo sem vocação turistica, perdendo dolares, dolares, euros etc… Jogaram o carnaval para o Porto Seco e continuam mantendo os cavalos na Perimentral sobre os escombros de uma memória Farropilha que nem os próprios gaúchos acreditam, até porque sequer preservaram aqueles valores morais. Acabaram com o Guaíba, não resolvem o problema da poluição no Riacho Ipiranga, Rio do Sinos etc…Pela volta imediata dos bares da João Alfredo em respeito as pessoas que lutaram muito pela criação daquele ponto turistico. Abaixo as leis retrogadas e hipócritas. Pensem num Estado moderno. Afastem da vida da cidade o pensamento do atraso. Uma vez Elis Regina disse: ” Musica é universal, querem que eu funde um CTG em São Paulo e vista prenda minha” Ficaram bravos com ela e nunca a perdoaram. Quem a consagrou foram os paulistas. Agora ficam lamuriando ” Elis Vive” hipocritamente. Me poupem.