Por Jorge Piqué, Movimento Quero Cais
Recentemente um blog levantou críticas ao projeto de revitalização da Orla do Guaíba apresentado pelo arquiteto Jaime Lerner. O blog inicia criticando o termo “revitalização” por não ser o mais apropriado. Realmente talvez não seja, como “átomo”, indivisível, também não é o mais apropriado para para descrever um conjunto de prótons, neutros, elétrons, que também agora se dividem em dezenas de partículas, mas as pessoas entendem. O blog sugere o termo “requalificação” da Orla e acho um bom termo e vou utilizar. Seria bom que a Prefeitura também usasse, para não dar a impressão que não havia vida ali antes, o que não é verdade, como qualquer um pode ver nos fins de semana (este não é o caso da revitalização do Cais Mauá, que estava limitado a umas poucas atividades, que eu não chamaria exatamente de “vida”).
Outro tema do blog é a crítica á contratação do escritório de Lerner por não ter se realizado uma licitação. Não vou comentar isso porque, embora tenha tentado ler a lei de licitações, não me sinto nem minimamente competente para ter uma opinião. Se alguém ou alguma entidade acha que existem irregularidades, deve entrar na Justiça e eles saberão ler e interpretar a lei.
Também não é minha área a outra questão que o blog critica, a cobertura vegetal que ficará ao longo da orla na faixa da Fase 1 do projeto, mas vou dar o meu palpite. como qualquer cidadão poderia dar, me baseando no que pesquisei.
O blog alega que os renders apresentados não representam a mata ciliar que está ali e conclui que isso só poderia ser porque existe o risco de que não seja mantida. Abaixo, coloco trechos da minha resposta, editada para não apresentar muito a forma de diálogo e pequenas alteraçoes de forma:
Quanto ao uso de plantas nativas não sei porque se afirma:
“O ingá edúlius não se faz presente na proposta do Lerner. Salienta-se que o corte destas espécies sem estudos e sem licença ambiental é considerado crime ambiental inclusive no novo Código Florestal em vias de aprovação (…) Os Sarandis também gozam de proteção legal da lei florestal brasileira e, não estão contemplados na proposta do Lerner…”
Baseado em que se faz essa afirmação? (…) Todos os estudos da Prefeitura sobre a Orla sempre defendem a vegetação nativa, a própria Prefeitura no ano passado plantou mais espécies nativas nesse mesmo local (ver abaixo detalhes), e foram esses estudos que o Lerner usou como base do seu projeto (ele mesmo disse isso), porque de repente seria diferente? Porque não se valorizaria a flora que temos? Só porque no computador não temos as imagens preparadas para as nossas árvores nativas? E se usa uma árvore qualquer só para dar uma ideia do que se está procurando? É o mesmo que dizer que aquelas palmeiras são exóticas porque não tem a forma das nossas palmeiras nativas… Temos que pedir uma explicitação da cobertura vegetal que será usada ..isso sim e se tiver defeitos…então fazer a critica, não se basear em renders feitos por programas de computador que estandartizam as imagens….
Quanto a usar grama, a mesma coisa, nao consigo identificar se é grama mesmo como usam em todos os parques de Poa (deveríamos trocar entao?) ou se é outro vegetal, pessoalmente sou a favor de experimentar outros vegetais, mas não sou completamente contra a grama, que afinal faz parte do nosso ambiente aqui em poa….
Em resposta, o blog critica que foi uma falha da Prefeitura apresentar um projeto incompleto, meu comentário foi o seguinte:
Um projeto arquitetônico, ou urbanístico, detalhado exige muito trabalho e custa muito dinheiro. Sempre que por algum motivo não está certo que esse esforço todo seja pago, ou porque o contrato ainda não foi assinado, ou porque existe alguma pendência, ninguém fará esse trabalho e perderá esse tempo sem saber se será ao final pago. Então o normal é primeiro fazer uma apresentação geral, a partir dos primeiros estudos, são ideias gerais, que se visualizam em renders.
Todas essas imagens são criadas em computador com programas que facilitam a sua feitura, vc tem certos objetos e distribiu eles naquele espaço. Claro que vc não pode colocar qualquer edificio no lugar da Usina e tem que apresentar a Usina no renders, mas se não for essencial para entender o projeto se coloca uma simplificação.
Por exemplo, aparecem nos renders enormes volumes cinza em frente a orla que representam prédios que estão ou estarão ali, mas são apresentados como grandes blocos cinza sem janelas, nem portas, etc:
Mas ninguém dirá que o projeto prevê a colocação de imensos cubos de concreto em frente a orla, eles apenas representam, de forma muito simplificada, construções que poderão existir ali. O mesmo se aplica aos detalhes da vegetação, não há porque dar um grau tão grande de detalhes nessa primeira apresentação, que é um esboço,
Obs: conforme é dito pela prefeitura em uma página de seu site:
Lerner irá explicar a ideia e mostrar o esboço do projeto, que transformará o trecho da Orla, próximo à Usina do Gasômetro, em espaço de lazer e convivência. Fonte
Exatamente como se disse no blog, as espécies vegetais estão protegidas, mais um motivo para não se preocupar em fazer uma representação exata da cobertura vegetal. Eu acho que nem eles mesmos sabem exatamente ainda como será essa cobertura, porque uma coisa é o planejamento inicial e outra é a prática. Eu acho muito importante a questão da vegetação no local e espero que ao longo do processo isso seja melhor detalhado, mas tanto pelas ações passadas, como pela legislação, não vejo motivos (por enquanto) para criticar o projeto apenas pelas primeiras imagens simplificadas que foram apresentadas.
No caso da Cais Mauá, um exemplo recente, onde também participa o arquiteto Lerner, existe uma lei complementar de 2010 específica para o Cais que entre outras coisas diz: “IX – paisagismo com espécies nativas;” Fonte
Em junho de 2010 a própria prefeitura já anunciava o plantio de 30 jerivás no mesmo local:
“Na orla do Gasômetro, o projeto [se trata de um projeto de reforma simples da prefeitura de 2011 anterior ao projeto do Lerner] incluiu a reforma total dos três banheiros, reforma das três quadras poliesportivas da orla, instalação de 35 novos postes de iluminação (das quadras até a Usina do Gasômetro), e plantio de 30 jerivás (das quadras até o Anfiteatro Pôr-do-Sol), grama e flores no entorno das canchas e áreas para prática de exercícios.”
É importante o emprego de espécies nativas na Orla, e sem dúvida a prefeitura também concorda com essa opinião, pelas leis e ações que ela vem lançando… Portanto, mesmo que ainda não tenhamos uma explicitação de que vegetais serão utilizados no projeto do Lerner…acho que o mais provável é que ele também concorde com a preservação de espécies nativas… É muito improvável que de repente, ele venha em contra de tudo isso, e ainda por cima que foi em 1991 durante a sua gestão como prefeito de Curitiba, que foi criada a Universidade Livre do Meio Ambiente, iniclamente como uma unidade da prefeitura (hoje já não é mais).
Também quero ver um maior detalhamento sobre a vegetação, mas entendo que isso virá mais tarde.
Após esse debate fui em 25/02/2012 ao Forum Mundial da Bicicleta , que se realiza na Usina do Gasômetro e aproveitei para dar examinar melhor a área que corresponde à Fase 1 da Revitalização da Orla e que eu havia discutido nos comentários anteriores.
Na prainha do Gasômetro, a parte ao lado da Usina e que vai até a escadaria, obra de arte pública da Bienal de 2006, não vejo problemas, pois dá uma ampla visão a quem passeia por lá, tanto por cima, no asfalto ao lado da Av. Edvaldo Pereira Paiva, como em baixo, já que tem uma vegetação baixa ali. Na verdade é o único ponto de contato direto com o Guaíba, que temos, e basta melhorar essa área, o que os renders mostram.
O problema está da escadaria em diante … O problema é que com o tempo e a total despreocupação dos governos anteriores, plantas de mata ciliar cresceram e acabaram fechando (quase) completamente a vista para o Guaíba.
Quem passa hoje lá vê as pessoas andando, passeando, correndo, sim… mas no asfalto ao lado da Av. Edvaldo Pereira Paiva. É muito dificil encontrar alguém perambulando na parte de baixo. A razão é que não se tem em baixo nenhuma vista do Guaíba. Vc se encontra numa espécie de corredor polonês, de um lado a avenida, no alto, formando o dique, e do outro, essa linha de vegetação bloqueando não só a visão, mas também o acesso ao rio ou lago. . É uma espécie de Muro da Mauá verde separando a população do Guaíba … em qualquer outro lugar seria interessante, mas justamente ali, mais prejudica que qualifica o local.
A foto postada intitulada “Por do sol sob os ingazeiros “, muito bonita, sem dúvida, mostra um dos poucos pontos que alguém pode fazer isso, sentar em frente ao Guaíba e apreciar a paisagem…. ao lado já não é mais possível…como conseqüência, apenas um ou outro frequentador vai até lá, a grande maioria anda mesmo no asfalto preto e feio que está em cima… pelo menos ali se pode ver o Guaíba.
Realmente, como o blog comenta, vale para o Sarandi e para o ingá edúlius que “o corte destas espécies sem estudos e sem licença ambiental é considerado crime ambiental inclusive no novo Código Florestal em vias de aprovação”.´Obviamente ninguém vai fazer nada ali, muito menos a própria Prefeitura, que deve ser a primeira a zelar pelas normas e leis, sem um estudo prévio e a obtenção de licença ambiental…. Não pode haver corte indiscriminado.
Mas acho necessário fazer um estudo para ver em que medida se poderia diminuir a vegetação no local, de forma discriminada, para aumentar a visão e o contato com o Guaíba e atrair mais os frequentadores para esta parte de baixo, deixando o asfalto. Claro que isso não se aplica às plantas aquáticas, que inclusive ficarão muito bem …na prática, agora, nem se tem muito acesso a elas.
O estudo ambiental deveria verificar:
a) que plantas e árvores poderiam ser efetivamente retiradas do local. Isso nao significa destruir as plantas, mas transplantar para outro lugar, ou na própria área , adensando em alguns pontos a vegetação, como o próprio projeto do Lerner apresenta, sendo áreas de sombra e descanso, ou para outras áreas, onde sejam melhor utilizadas.
b) que árvores podem ser podadas de forma a aumentar a vista do rio, por exemplo podando a parte de baixo, deixando as copas, o que daria a visibilidade e o acesso ao Guaíba (claro, isso sem prejuizos para as plantas, cada caso é um caso)
Se observamos atentamente as imagens dos renders a única parte que tem menos árvores é a prainha do Gasômetro, onde se tem uma visão mais limpa do Guaíba e ali está prevista uma linha de palmeiras, imagino que serão os nossos belos e tradicionais jerivás, que como foi dito, desde o ano passado a Prefeitura já está plantando em outros pontos da Orla.
Mais adiante o projeto não propõe limpar totalmente as árvores que hoje separam os frequentadores do Guaíba, mas sim espaçar mais, descontinuando esse muro verde, e em determinado pontos o projeto apresenta áreas densas de vegetação (claro que com arvorezinhas de computador).
Para se aumentar o contato com o Guaíba o projeto propõe:
1. Um deck flutuante em frente a prainha do Gasômetro, onde hoje não existe vegetação nenhuma, mas se acrescenta uma linha de palmeiras nativas;
2. Uma superfície flutuante mais a frente, mas em frente a um conjunto de árvores, ou seja, se fez isso justamente para dar visibilidade e contato, sem necessitar tirar as árvores;
3. uma trilha estreita diante das árvores, seguindo a linha da orla, para também não ter que retirar o todo da vegetação nativa.
Portanto, acho que o projeto, por um lado, tem a intenção de preservar pelo menos uma boa parte da vegetação que cresceu ali e que é bonita, mas eventualmente abrir algum espaço entre essa vegetação e criar novos espaços em frente, como trilhas e decks flutuantes, para que os frequentadores possam ter esse contato com o Guaíba não só na área ao lado da Usina, mas extendendo por toda a área da Fase 1 do projeto.
Por último observar que o próprio Plano Diretor de Arborização Urbana de Porto Alegre, recente, de 2006, deixa claro que é impossivel usar especies vegetais que não sejam nativas naquela área,:
III – na Orla do Guaíba, morros e cursos d’água, os projetos de arborização deverão utilizar somente espécies típicas destas regiões, e que possibilitem a sua preservação;
IV – estabelecer programas de atração da fauna na arborização de logradouros que constituem corredores de ligação com áreas verdes adjacentes, em especial os morros e a Orla do Guaíba;
Mas realmente, quanto mais informação sobre o tratamento da vegetação na área, melhor, inclusive, para se evitar mal-entendidos. Falta ainda uma informação oficial e mais detalhada sobre esse aspecto, importante, do projeto, mas que imagino que virá a partir do momento que o projeto avançar na obtenção das licenças na Prefeitura, o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU), o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIA). Sem esse detalhamento, o projeto não será inclusive aprovado, como toda obra que envolve o meio-ambiente da cidade.
Categorias:ORLA, Projeto de Revitalização da Orla
Sou frequentador assíduo da Orla do Guaíba. Moro no Centro Histírico e diariamente estou ali, fazendo meus exercícios físicos, correndo, andando de bike, caminhando ou, simplesmente, apreciando a paisagem.
Ontem, domingo, ao contrário do que se diz, de que a população não usa a Orla, mais de vinte mil portoalegrenses estavam usufruindo este local. É uma falácia dizer que, somente com a tal “revitalização” é que a população vai estar presente. O POVO JÁ ESTÁ CURTINDO A ORLA DO GUAÍBA.
Então, quero aqui acrescentar que, a qualificação dos espaços públicos de Porto Alegre, são uma necessidade. E claro que a Orla precisa de melhorias.
Mas me digam, onde foi parar a concessão da Orla di Guaíba para a Pepsi?
Pois é, nestes últimos anos se vê, em qualquer lugar onde se vá, o estado de abandono dos equipamentos públicos, a sujeira, a falta de segurança… o desleixo por parte da prefeitura. e a Orla é um destes lugares.
Trago aqui então, mais alumas considerações sobre o projeto para a tal revitalização de 1,5 km da Orla do Guaíba.
Por que não contratar arquitetos de Porto Alegre para elaborar um projeto destes?
Sim, pois alguém que conhece o local, tem muito mais condições de elaborar algo que realmente vá ao encontro dos anseios da população da cidade. Jaime Lerner, mora e sempre viveu em Curitiba, portanto, outra realidade.
Porque não previlegiar o verde e sim o concreto?
Bom… esta é óbvia: plantar árvores não dá lucro.
Por outro lado, numa cidade como Porto Alegre que, no verão é muito quente e, no inverno, muito fria e úmida, fica claro que, o concreto, vai dificultar (e não promover) a ocupação pela população da Orla do Guaíba.
O interessante naquele local, no verão, é o clima mais ameno com a vegetação que, ao contrário, com o concreto, vai aquecer e afastar seus frequentadores. No inverno, convenhamos, será um gelo…
Para quê “bolinhas de gude” na pista?
Quem vai utilizar (segundo seus idealizadores) frequentar 24 horas por dia a Orla?
Espero que haja mudanças no projeto, pois a Orla precisa sim, de melhorias, mas que integrem o verde e a convivência com a natureza.
Em pempo: quem vai num domingo a tardinha verá, que é bem frequentada, muita gente. Não são necessárias obras faraônicas, tal como gosta o nosso prefeito Fortunati.
O projeto, na realidade, visa o lucro, e não as pessoas. Aí… todo mundo é engambelado, tal qual a revitalização da Orla pela Pepsi.
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Chulo? Então tá.
Não tá mais aqui quem falou.
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Jorge, concordo em quase tudo contigo, mas acredito que a grande preocuipação com o projeto do Lerner-a-peso-de-ouro (com tantos paisagistas excelentes aqui mesmo no RS pra contratar… mas enfim) é a declaração feita à imprensa, depois da apresentação do projeto, de que a vegetação da margem seria “readequada para dar visibilidade ao rio”. Isso é obviamente uma forma de dizer que haverá remoção da vegetação ciliar, protegida por lei (tanto é protegida que o Collares tentou arrancar as árvores da margem e enfrentou um processo judicial, só resolvido no próximo governo quando Caio Lustosa, então Secretário da SMAM, fez um TAC e replantou parte do que foi destruído).
É preciso SIM manter conjuntos de arborização ciliar no estado atual, densos, frondosos, cumprindo funções ambientais específicas de mata ciliar. O que também é preciso é correr de lá os maloqueiros, drogados, ladrões, etc. etc., e incorporar essas áreasw de mata a um conjunto urbanístico CUIDADO pelo Poder Público e utilizado, apropriado, pela população.
Vejamos se esta adminsitração atual, que está escangalhando a arborização urbana e as praças, terá competência para fazer o certo na Orla e atender às exigências ambientais E urbanísticas como convém a Porto Alegre.
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Sim, a vegetação é protegida por lei, para que não se façam modificações de forma indiscriminada, sem controle nenhum, e talvez até irreversíveis. Mas modificações discriminadas, com bom senso, com a aprovação de avaliações técnicas, não vejo por que não fazer. Tem que haver um equilibrio entre a proteção ambiental e a atividade humana, sempre sem prejuízo para o meio-ambiente. Toda aquela área é uma construção artificial humana, um aterro, isso não quer dizer que qualquer artificialismo pode ser feito ali, mas se não for prejudicial, acho que uma maior aproximação das pessoas do Guaíba cria mais consciência da importância de preservar.
Sobre correr de lá os desocupados, não acho que seja a solução, sinceramente. Funciona por um tempo e eles voltam. E não teria sentido criar ali uma segurança especial só para evitar que eles voltem, afinal nem perigosos são em princípio, tirando de locais onde são realmente necessários.
O que é preciso é que a população ocupe a parte de baixo junto à Orla. A questão é… porque ela não faz isso, se está andando a poucos metros dali? Pode ser que em parte sejam os desecupados o motivo, uma sensação de insegurança, mas na minha opinião é também porque o diferente na experiência de ir até lá é ter o Guaíba ao lado…. sinceramente minha rua e muitas ruas em Poa tem mais árvores do que as que estão nessa área, não acrescenta nada ali, apenas impede o contato com a massa de agua.
Então se é possível aumentar a visibilidade da parte de baixo … melhor… (sem prejuizo ambiental, claro) No projeto tem duas maneiras, a criação de uma trilha por fora (não sei detalhes de como será essa trilha) e a criação de dois decks flutuantes. Mas além disso teria que ver em que medida se pode diminuir a vegetação em algumas partes…também sou a favor de partes densas de vegetação como escrevi acima, mas não precisa ser ao longo de toda a orla…. e o próprio esboço do projeto mostra áreas assim. Bom, é a minha opinião de leigo. Um abraço.
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Insisto: primeiro resolvam o problema da falta de segurança (promiscuidade drogadição, falta de comércio), da limpeza (ratazanas, mosquitos e poluição)… Por isso que as pessoas não frequentam o local. Sem isso é tudo balela, melhor investir cada centavo em educação! Outra coisa, acho melhor que o projeto tiro no escuro do Lerner, exemplos de sucesso tradicional como as orlas de barra do ribeiro, tapes etc…
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grande m* se for ou nao for vegetacao nativa.
O interior do rio grande do sul e a regiao rural de porto alegre é cheio de eucalipto,que só destroi o solo e suga tudo que a terra tem e nao deixa o resto da vegetacao crescer,isso sem dizer que o eucalipto nem é nativo do brasil, éra pra ser usado só pra celulose mas acabou invadindo o nosso ecosistema e ninguem falou nada e nao fez b* nenhuma, entao por que nao botar vegetacao introduzida na orla?
desde que nao seja prejudicial como o eucalipto,nao tem problema.
Tanto faz se for ou nao for nativo entao para com essa frescura.
Quér mata nativa? Entao cobrem de botar fogo e cortar os eucaliptos e no lugar plantem arvores nativas e pronto.
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Guilherme, essa vez passaram os 2 palavrões que editei aí no teu comentário com asterisco. Na próxima, não liberarei. Dá pra dizer a mesma coisa sem ser chulo. Atenção na próxima vez!
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ciúme é f…
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“….Quem passa hoje lá vê as pessoas andando, passeando, correndo, sim… mas no asfalto ao lado da Av. Edvaldo Pereira Paiva. É muito dificil encontrar alguém perambulando na parte de baixo. A razão é que não se tem em baixo nenhuma vista do Guaíba. Vc se encontra numa espécie de corredor polonês, de um lado a avenida, no alto, formando o dique, e do outro, essa linha de vegetação bloqueando não só a visão, mas também o acesso ao rio ou lago. . É uma espécie de Muro da Mauá verde separando a população do Guaíba … em qualquer outro lugar seria interessante, mas justamente ali, mais prejudica que qualifica o local…..” ..VERDADE!!!!
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Nada deixa o povo 100% contente, o sonho de alguns é que Porto Alegre vire um matagal, tudo é arvore, pra eles, as arvores são as coisas mais belas do mundo…
Ma ta looouco… não da pra pensar em juntar o util ao agradavel, tem que ser o que eles querem e ponto final.
Sempre vai ter critica, só espero que o prefeito não va no papo dessa gente, por que se não, é uma grande e importante obra a menos… novamente…
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A primeira parte do comentário não precisava Guilherme… rsss
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Não sei pq o blog ainda da espaço para esse tipo de pessoas ,que não podem ver nada melhorar na nossa cidade que ja querem aparecer, elas que se mudem pro Amazonas sei la africa ,Africa regiao dos safaris ,pq as cidades da Africa do Sul São mais desenvolvidas do que a nossa Poa.Estive la na copa e posso falar isso.
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Muitas das cidades sul-africanas também são maravilhosamente arborizadas, ao contrário do que querem aqui os boçais que se acham donos da cidade com sua visão monolítica. Estes sim, que se mudem pra Cuba, onde discordar é proibido. 🙂
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Meu Deus! Onde que esse projeto precisa de EVU, EIA-RIMA e(!!!) RIA!!!
Pra quem não sabe, e parece que quem escreveu também não sabe, EIA e RIA são trabalhos que não se complementam, sob nenhuma hipótese.
EIA (Estudo de Impacto Ambiental, e sua síntese, o RIMA – Relatório de Impacto Ambiental) é um estudo extremamente abrangente que não se prende às questões projetuais de pequena monta. Tampouco sugerem alterações de projeto! É tão somente um estudo que apresenta as condições que surgem a partir de uma proposta.
Numa escala de escala de projeto, se a intervenção for de menos impacto, temos outra dupla para substituir o EIA-RIMA, que se chama RIA-DS. Estes são o Relatório de impacto ambiental e sus síntese, o DS – Dosumento síntese).
Jogar essas palavras-conceito ao público só incita sem propósito. Não é necessário citar todos os processos que tramitam nos órgãos e secretarias para “julgar” alguma proposta. E para a reformulação da orla, um EVU não precisa ser elaborado, até porque não percebi nada de construção que gere tanto impacto para tal estudo. Um EIV sim, pois a revitalização, ou “vitalização” acabaria por impactar, e positivamente, a vizinhança, com mais pessoas circulando, mais comércio, mais segurança, mais vida, enfim. Mas parece que o autor não sabe a diferença entre EVU, EIV, EIA, RIMA, RIA e DS…
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Leonel, apenas me confirme que a revitalização da Orla não precisa de EIA-Rima, para corrigir o texto. Eu realmente achei que precisasse, já que, pelo que sei o projeto de Revitalização do Cais Mauá precisa e na orla tem muito mais “meio-ambiente” que no Cais, um ambiente artificial.
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Peço para vc confirmar porque vc diz também…. “E para a reformulação da orla, um EVU não precisa ser elaborado, até porque não percebi nada de construção que gere tanto impacto para tal estudo. ”
Entretanto o próprio Tutikian fala que o EVU será realizado conforme está no site da Prefeitura:
“Entregar a proposta com diretrizes do projeto e iniciar a liberação do Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) para revitalização da Orla do Guaíba. Este é o objetivo da reunião que acontece nesta quarta-feira, 15, com a presença do arquiteto Jaime Lerner. ”
“O secretário de Assuntos Especiais da prefeitura, Edemar Tutikian, acrescenta que a ideia de revitalização da orla “é uma grande ação da prefeitura, uma concepção pensada, cuja elaboração dos projetos executivos começa imediatamente após o EVU feito pela Cauge, que também poderá sugerir algumas diretrizes”. ”
fonte: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=149623&ANTEPROJETO+DA+ORLA+DO+GUAIBA+ENTRA+EM+ESTUDO+DE+VIABILIDADE
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Ah, as palmeiras… Seja as californianas, seja as imperiais, seja a nossa palmeira legitimamente gaudéria, como elas combinam com a orla e com os canteiros centrais da nossa cidade! Espero ver a orla e a avenida beira-rio cheia delas! Elas não osbtruem a vista e serviriam muito bem para somar à vegetação já existente. Já aquele matagal junto à margem tem que diminuir, pois nem dá para ver que ali tem o Guaíba.
Los Angeles:
Nossa POA:
Beverly Hills, cidade californiana pertecente ao L.A. County (Condado de Los Angeles, a Região Metropolitana/Grande L.A.):
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Paulo, quando o post tem mais de 3 links, é retido pela moderação. É só aguardar um pouco que libero. Tu postou o mesmo comentário agora, vou deletar o último, ok ?
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Gilberto, postei logo em seguida aqui só a correção do link anterior referente à POA. O outro comentário que fiz depois (lá no post das palmeiras), embora tivesse esses mesmos 3 links e comentário, tinha um complemento a mais e era uma resposta exclusivamente direcionada ao Marcelo lá naquele mesmo post, mas se entenderes por bem deletá-lo, ok.
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Interessante teres mencionado cidades litorãneas ao dar exemplos de palmeiras, lembrei da thread anterior sobre o assunto 😀
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Citei as litorâneas porque essas aí são as que eu mais gosto. Hehe. Mas as palmeiras não são exclusividade dela, tem em POA, Cidade do México e etc. E tecnicmente elas nõ são litorâneas, pois as cidades litorâneas do condado de L.A. são malibu, santa monica, e etc. Beverly é uma cidade não litorânea. Hehe. Mas perto do mar. Hehehe.
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Caros, inspirado pelo post do Marcelo Bumbel enviei e-mail aos vereadores sobre a arborização (gerivás vs outras árvores) indicando o conteúdo do site, e o vereador Haroldo de Souza respondeu que tem interesse em realizar um projeto a respeito, e me passou seu telefone. Simon ou Marcelo, por favor me mandem um e-mail para que eu repasse o celular dele para vocês.
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