Inauguração do shopping depende do término das obras do entorno
Mais que movimentar o consumo em Porto Alegre, a criação do Bourbon Wallig promoverá uma série de alterações na mobilidade da região. Na carona do investimento de R$ 250 milhões na estrutura, a Companhia Zaffari, responsável pelo projeto, se comprometeu em injetar R$ 20 milhões no acesso local, dinheiro aplicado principalmente na expansão da avenida Grécia, que cortará as duas partes do shopping em construção e culminará na avenida do Forte. No entanto, o novo espaço de compras deve ser inaugurado sem a abertura completa da via, que ainda tem pendências a serem resolvidas.
Atualmente, as máquinas e os guindastes tomam conta da paisagem do bairro. O fluxo de operários é igualmente intenso, transformando as ruas em canteiros. A previsão para a abertura da primeira parte do estabelecimento é 26 de abril, data repassada pela administração aos lojistas. Esse é o terceiro prazo fornecido. A meta inicial era de conclusão até o final de 2011, transferida, depois, para os últimos dias de março. O mesmo cenário se aplica para a finalização das obras no entorno, um requisito para o funcionamento do shopping.
“Como as vias são uma contrapartida da Companhia Zaffari, a prefeitura não libera a abertura do empreendimento se elas não estiverem prontas. A não ser que haja alguma coisa simples e que possa ser finalizada em pouco tempo”, explica o secretário municipal de Obras e Viação, Cássio Trogildo. Segundo dados da pasta comandada por Trogildo, a avenida Grécia está 85% feita. Nas cercanias, foram adicionadas novas quadras e ampliadas outras. Faltam acabamentos no trecho em frente ao Bourbon, onde há 30% do meio-fio pronto, e a instalação de toda a sinalização, que deve ocorrer até o final de abril.
No entanto, o principal gargalo está na parte derradeira, idealizada como um acesso à avenida do Forte. Passando a rua Visconde de Macaé, uma área situada entre os dois prédios da Forjas Taurus terá de ser desapropriada para permitir a passagem, tarefa dificultada pelo fato de o ambiente ser regido por lei militar. Trodilgo destaca que, nesse caso, não será colocado empecilho para o início das atividades do estabelecimento. “Essa parte não depende do empreendedor, pois a desapropriação é responsabilidade da prefeitura. Assim que isso for resolvido, os operários contratados pelo Zaffari estarão prontos para executar o trecho”, pondera.
A Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico se encarregou de negociar com a indústria a cessão do terreno. Segundo o titular do órgão, Urbano Schmitt, prefeitura e Taurus se encontram em tratativas avançadas. A saída para não infringir as normas do Exército foi a criação de um túnel subterrâneo entre as dependências, possibilitando o transporte de munições e armas. O município pagará uma indenização, de valor ainda indefinido, e financiará a obra.
Para possibilitar a alternativa, a prefeitura comprará outros dois pequenos terrenos laterais pertencentes à iniciativa privada, que estão em processo de avaliação técnica. O desfecho de toda a situação, porém, não tem data marcada. “Todas as negociações talvez sejam feitas no primeiro semestre. Mas é necessário mais tempo para as desapropriações e a obra”, constata Schmitt. O dirigente também lembra que “a prefeitura tem uma demanda grande de desapropriações referentes às obras da Copa do Mundo de 2014, que estão sendo priorizadas.”
Além da avenida Grécia, outros trechos na localidade estão sofrendo modificações. A remodelação da avenida Francisco Trein está 70% acabada, restando implantar a sinalização e finalizar o acabamento em alguns pontos. Situação semelhante à da rua Antônio Joaquim Mesquita, cuja pavimentação começou a ser feita recentemente. Até mesmo a avenida Assis Brasil está sendo adequada para receber o novo shopping, com a remoção de postes e alterações na calçada.
Fernando Soares – Jornal do Comércio
Categorias:Meios de Transporte / Trânsito, Shopping Centers
Prezado(a)s senhore(a)s. Resido na avenida Grécia, no bairro Passo d´Areia, mais precisamente entre as vias Antônio Joaquim Mesquita e Roque Callage. A uma quadra de onde foi inaugurado o Bourbon Wallig. O trecho aludido, abriga três condomínios, de dois prédios, cada um, além de outros imóveis de menor porte. São cerca de 2 mil moradores. A abertura da Avenida Grécia, em que pese seja essencial para o desenvolvimento da Zona Norte, trouxe para esses 2 mil moradores o incômodo de não mais poderem receber, em casa, suas visitas. Ocorre que não restam locais para estacionamento. As antigas vagas hoje são locais de estacionamento proibido. Venho por meio deste compartilhar a idéia de que, ao menos, fosse permitido estacionar no local nos finais de semana e, nos dias de semana, a partir das 19h00.
Na real, o Zaffari fez uma boa parte das obras, coisa que nem deveria, quem tem a obrigação de cuidar das ruas e todo bla bla bla é a prefeitura, ou dependendo do tipo de obra, o governo do estado.
Mas como isso é Brasil, e a provincia de Porto Alegre, claro que tem essas frescuras né… e as empresas fazem isso, por que se não fazem, ficam no nada..
Enfim nos deparamos com uma situação um pouco estranha, a Pref. Mun. POA bancará a obra final, as desapropriações, afinal de contas que negócio grego que foi feito neste empreendimento que de privado se torna público, em que o cidadão que paga impostos bancará a conta.
Até parece negócios entre amigos.
“A saída para não infringir as normas do Exército foi a criação de um túnel subterrâneo entre as dependências, possibilitando o transporte de munições e armas. O município pagará uma indenização, de valor ainda indefinido, e financiará a obra.”
Na rodoviária não podem fazer um túnel para ajudar a acabar com o Xis do trânsito, por falta de dinheiro, mas nessa região do Bourbon Wallig vão construir um túnel, totalmente desnecessário, só porque uma empresa que trabalha para o exército não quer se desfazer de seus campinhos de futebol (é só olhar no google Earth ou maps, para ver o que tem ali onde deveria passar a rua.
Está demais… É muita irracionalidade.
Aliás, se é tudo uma questão de segurança, me parece que um túnel é mais perigoso do que uma rua aberta.
A fábrica é de munição, portanto tem preferência e esta ali ha anos. O tunel é por baixo da rua de uma depenêcia para outra. Alguma dúvida de que quem vai fazer o túnel, com ceteza o Bourbon fará. No Bourbon não tem licitação, portanto não tem comissão para ninguém muito menos desvio de verba.
Quando da construção do Bourbon Ipiranga a ponte sobre o Arroio Ipiranga foi o Bourbon que fez.
Minha opinião é que um túnel é mais útil que uma fábrica de munição