Inter e AG assinam hoje o acordo
Clube e empresa devem, às 11h, no Salão Nobre do Conselho Deliberativo, oficializar acerto para as reformas do Beira-Rio
Obras para reformar o estádio poderão ser reiniciadas amanhã mesmo
Às 11h de hoje, quase um ano depois de iniciar oficialmente as tratativas projetando a formação de uma parceria para a reforma e a exploração comercial do complexo Beira-Rio, Inter e Andrade Gutierrez formalizarão o acordo. A assinatura do contrato, que ocorrerá no Salão Nobre do Conselho Deliberativo, será transmitida ao vivo em um telão no Gigantinho.
Haverá uma cerimônia para marcar a união. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, garantiu presença. O governador Tarso Genro não poderá estar às 11h no Beira-Rio devido a compromissos anteriormente firmados. Mas garantiu que irá ao estádio “somente para dar um abraço no Giovanni Luigi”. Pela AG, é esperada a presença de Otávio Azevedo, seu presidente.
Mais do que qualquer outra coisa, a formalização do contrato traz alívio aos dirigentes. Apesar de projetar uma receita de cerca de R$ 75 milhões por ano com os ativos que receberá após a reforma, a Andrade Gutierrez não encontrou parceiros para fazer a obra. Nem um fundo de pensão ligado ao governo do Estado, como o do IPE, ou empresa privada participará do obra. Ou seja, é a própria empresa que arcará com os cerca de R$ 280 milhões necessários à conclusão do projeto. A este valor, somam-se os R$ 26 milhões que o Inter pagará para a empresa como contrapartida e os outros R$ 14 milhões que o clube já investiu quando tocava a obra com recursos próprios. O valor total dos investimentos, segundo estimativa de dezembro passado, é de R$ 331 milhões, mas poderá aumentar conforme forem surgindo as já esperadas novas prescrições da Fifa.
O presidente Giovanni Luigi, que sai fortalecido de todo o imbróglio, pois resistiu a uma série de pressões, sobretudo para levar a Copa para a Arena do Grêmio, garante que a obra deve começar logo. “O superintendente da Andrade Gutierrez me ligou no sábado e disse que vão conseguir iniciar todo o processo na terça-feira. Perguntaram se era possível começar a obra logo. Eu disse que, depois de assinado o contrato, podem começar quando quiserem”, afirma.
O estádio estará pronto em 31 de dezembro de 2013. Uma das imposições de Luigi foi garantir que a AG não pedirá o fechamento do Beira-Rio, com o objetivo de acelerar as obras, em momento algum, com exceção dos últimos meses do próximo ano para a instalação do novo gramado.
Correio do Povo
Inter e AG, bastidores
Hiltor Mombach
Inter e Andrade Gutierrez assinam hoje, finalmente, o contrato para reforma do Beira-Rio. Mais informações dos bastidores desta arrastada negociação.
Quinta-feira, 15. O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, telefona para o prefeito Fortunati. Era decisivo que a AG fosse autorizada a levantar torres no terreno anexo ao Beira-Rio, aumentando sua área de construção. Isto não constava no contrato original. Ouviu que tal decisão demandava um estudo.
Na verdade, Fortunati já tinha resposta da Procuradoria que dizia ser complicado a construção de torres ali. Havia encaminhado estudo depois que a Nex Group entrou na negociação de reforma do Beira-Rio com a intenção de construir torres no local.
Na sexta-feira a AG chegou a ser descartada diante da intransigência em assinar e a Nex passou a ser os planos B e B1. Pelo Plano B1, faria a reforma com menos recursos, atendendo às exigências mínimas da Fifa. Caso tudo falhasse, havia um plano C, levar os jogos da Copa para a Arena. Uma comitiva de políticos invadiria a Fifa se isto fosse preciso. A ordem era não perder a Copa, pois isto significaria perder todos os benefícios que o evento traria para a cidade, entre eles as obras no Aeroporto Salgado Filho.
O que teria levado a Andrade Gutierrez a assinar o contrato quando tudo pendia para a Nex Group? Há quem entenda que a aprovação de construção de torres no terreno anexo tenha que passar pelo Conselho Deliberativo do clube, e, neste caso, haveria uma promessa de que a AG será a escolhida.
Categorias:COPA 2014, Reforma do Estádio Beira-Rio
e depois de uma novela como essa que aconteceu tem gente satisfeita com o acordo. Sinceramente , tem de ser muito burro pra levar um ano de demora pra assinar um contrato de forma leniente. Não tem nada que comemorar, não da mais tempo pra isso. Faltam só dois anos pra copa.
nao tem jeito mesmo, tem gente fraca da cabeça que se deixa levar por clubismo mesmo
essa briga pra ver qual sera o estadio é uma coisa muito burra! deveriam ser os dois estadios na copa, mas o gremio so pensa em tirar do inter, ao inves de ir atras de ser os dois, buscar mais jogos em porto….
a arena-sanitaria vai ser só pra treino
Mandras, não é mais para ser anti-grêmio ou anti-colorado que coisa feia chamar o novo estádio de Grêmio de Arena-sanitária. Olha aí Gilberto Simon.
alguem saberia me dizer quais foram as garantias dadas pela ag, e beneficios que ela recebeu pra continuar tocando esse projeto?
o governo vai arcar com possiveis perdas da construtora? isso é fato?
Essa proposta do Next Group, quase todo mundo sabe disso, é falsa, pois não haveria tempo para de ser formatada a tempo de ser colocada em prática. Poderia servir como plano B para o inter reformar o seu estádio a longo prazo, logo fora da Copa. Entretanto serviu de argumento para pressionar (e impressionar) a AG. Aliás, dizem que a AG só aceitou assumir esse contrato porque lhes foi prometido as mesmas condições exigidas pelo grupo gaúcho num negócio futuro – ou seja uma futura parceria para construir essas torres sob ou no lugar do prédio de estacionamentos.
Por outro lado, o que mais “motivou” a AG a aceitar esse negócio (sem investidores garantidos) está na ZH de hoje – coluna da Carolina Bahia – a intervenção do governo federal por todos os meios e formas.
Exatamente, o Banco Pactual é envolvidíssimo com o Governo, de todas as formas possíveis e imagináveis, o noticiário denunciativo e o google que o digam… Esse banco age de maneira “fantástica”, digno do Fantástico… Vamos ver como acabará essa história… Certamente topou dar as garantias para a AG porque não terá prejuízos de forma alguma, já que é amiguíssimo do governo e dos políticos que o compõe, possuindo laços estreitíssimos e diretíssimos, com todos os “íssimos” possíveis, imagináveis e inimagináveis.