Uma nova escavadeira hidráulica, com braço de longo alcance, está dragando o arroio Dilúvio. A troca de equipamento pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) foi necessária em função da construção da ciclovia na margem do arroio, na pista para o bairro da avenida Ipiranga. O antigo serviço de dragagem utilizava as duas margens do Dilúvio para o acesso de máquinas e caminhões, o que causaria interferência no funcionamento da ciclovia.
O novo equipamento fará a dragagem com melhor desempenho que a draga a cabos, pois trabalhará dentro da calha do Arroio, e tem condições de trabalhar na margem também, utilizando apenas uma das margens do Dilúvio para executar os serviços. Diversos pontos do Dilúvio terão acesso para a entrada e a saída do equipamento.
Uma das vantagens desta máquina é que a escavadeira fará o carregamento do material para os caminhões, sem a necessidade de outro equipamento. A outra vantagem é que essa escavadeira tem condições de trabalhar dentro da calha do Arroio, não sendo necessária a utilização das duas margens, evitando interferência com a ciclovia que está sendo construída pela prefeitura.
Dragagem – O DEP executa a dragagem permanente do leito do arroio Dilúvio na avenida Ipiranga desde outubro de 2006. Nesse período foram retiradas mais de 283,5 mil toneladas de material e entulhos como pneus, garrafas e móveis. A draga que trabalha no leito do Dilúvio está agora na avenida Ipiranga, perto da Puc.
A dragagem do leito do Dilúvio é necessária para facilitar o escoamento das águas das chuvas em direção ao Guaíba, evitando o transbordamento do arroio e alagamentos. O trabalho é feito ao longo dos quase 12 quilômetros de extensão do Dilúvio e consiste na remoção do sedimento acumulado devido à grande quantidade de despejo que os afluentes descarregam no arroio.
Prefeitura
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#002 Disposição das Ruas nos Morros propícia o Assoreamento no Arroio Dilúvio.http://aguasbrasileiras.files.wordpress.com/2012/03/assoreamento_002.jpg
Disposição das Ruas nos Morros propícia o Assoreamento no Arroio Dilúvio.

Caro ÁguasBrasileiras
Não é a disposição das ruas que causam a erosão, o problema principal é na implantação de obras, ou seja, deixar o solo desnudo sob a ação da chuva, ruas com um ângulo ou com outro simplesmente vão retardar ou apressar o movimento dos sedimentos até o arroio.
Antes as obras de contrução colocavam a brita e a areia em caixonas de madeira agora fica tudo na calçada, vem a chuva e leva tudo para o bueiro entupido-os e o que consegue escoar vai para os arroios, dai e só esperar e ver o que acontece.
Eu ainda vou criar o WIKI DILÚVIO, uma grande ferramenta de criação coletiva para que todos possa co-criar um projetor para o arroio Dilúvio, mas antes vou esperar que os zilhões de profissionais de UFRGS e PUCRS terminem o PAD. Quando se tem um projeto bem escrito conseguir dinheiro é fácil.
Se não dragar transborda, olha este video feito no dia 14 de março de 2012 http://www.youtube.com/watch?v=ToO-3nMgH_s
No Natal de 1999 ou 2000, não me lembro a data direito, o Dilúvio transbordou próximo a RBS, e quanto mais for urbanizada a área da bacia (exemplo empreendimento da Rossi engenharia), menor será a infiltração mais rápido as águas chegarão ao leito do Dilúvio.
As condições vão se agravando, e não é o Aquecimento Global Antropogênico que está causando isto (uma forma de passar para a ONU a responsabilidade do Prefeito), é sim o uso do solo. Inclusive não vi nada neste estudo sobre evitar através de plano diretor a ocupação do solo que está sendo impermeabilizado.
Isso mesmo, subiu muito, bateu em todas as pontes. Então o cuidado não é só com o Arroio , mas com terra que desce dos morros o lixo e a arborização, poruqe as árvores retardam a chegada da chuva ao chão.
Dragam isso todo ano, de que adianta?
As ruas tem que ser, como são lá em “Machu Picchu”, se é que me entendem, senão a arreia desce mesmo http://www.thewallpapers.org/photo/33337/machu-picchu-005.jpg
Simples assim.
Também, recomendo a leitura do Marco Conceitual da UFRGS – Projeto Arroio Dilúvio
Clique para acessar o MARCO%20CONCEITUAL_17NOV2011.pdf
EROSÃO E ASSOREAMENTO: Visão de futuro
No caso do assoreamento, os resultados que se pretende alcançar são:
– Redução de novos focos de erosão:
Recuperação das matas ou ambientes ciliares no entorno dos cursos/escoadouros de água;
Evitar a ocupação irregular dos espaços de preservação.
– Reversão das fontes de erosão já existentes, principalmente aquelas provocadas pela ação humana:
Reassentamento das pessoas que ocupam áreas irregulares;
Recuperação das matas ou ambientes ciliares no entorno dos cursos/escoadouros de água;
Novas formas de manejo do solo em atividades agropastoris;
Eliminação dos resíduos de obras civis como fontes de detritos causadores de assoreamento;
Normas/procedimentos técnicos para a execução de obras que envolvem remoção de terra com vistas ao controle de detritos causadores de
assoreamento.
– Criação de novas opções de redução/remoção dos detritos:
Retenção/remoção dos detritos em estágios iniciais ou intermediários de descida; e/ou
Bacias de contenção/coleta – água/detritos; e/ou
Sistema de coleta de detritos junto aos pontos de desague dos afluentes no Dilúvio, evitando a sua entrada no leito do Arroio. (uso de containers
móveis e outros); e/ou
Sistema de condução forçada dos detritos até a foz do Dilúvio; e/ou
Bacia de contenção/remoção dos detritos na foz do Dilúvio;
Estabilização de encostas e maior segurança no que diz respeito a deslizamentos.
– Preservação das nascentes d´água;
– Mínima necessidade de manutenção da profundidade da calha do Arroio;
– Instalação de equipamentos urbanos de lazer:
A possibilidade de implantar equipamentos urbanos de uso coletivo de qualquer tipo, seja ao nível do leito do Arroio ou sobre ele, passa pela solução
do assoreamento e do saneamento da água e do controle do nível e do fluxo pluvial.
Me contaram que os degraus servem para oxigenar a água, fiquei até comovido com o cuidado com a natureza que existia na época.
Caro AguasBrasileiras
De novo estamos na presença de um menu de possibilidades que por serem tantos nunca serão implantados. Se fossem levantados itens básicos como:
Normas/procedimentos técnicos para a execução de obras que envolvem remoção de terra com vistas ao controle de detritos causadores de assoreamento.
O assoreamento seria reduzido na sua maior parte, evitando a necessidade de dragagens posteriores, ou seja, diminuindo o custo de manutenção do Dilúvio e permitindo que o DEP tivesse dinheiro para o estudo correto dos problemas do Dilúvio.
o item
Novas formas de manejo do solo em atividades agropastoris;
é uma piada, pois na bacia do dilúvio as atividades agropastoris, quando ainda existem, são bem menos agressivas do que as outras e são insignificantes.
o item
Eliminação dos resíduos de obras civis como fontes de detritos causadores de assoreamento;
já é contemplado por legislação própria e também é insignificante em relação ao total.
os itens
Recuperação das matas ou ambientes ciliares no entorno dos cursos/escoadouros de água;
Evitar a ocupação irregular dos espaços de preservação.
Reassentamento das pessoas que ocupam áreas irregulares;
são todos resumidos no reassentamento das pessoas que ocupam a calha do Dilúvio e seus afluentes.
Já os itens
Retenção/remoção dos detritos em estágios iniciais ou intermediários de descida; e/ou
Bacias de contenção/coleta – água/detritos; e/ou
Sistema de coleta de detritos junto aos pontos de desague dos afluentes no Dilúvio, evitando a sua entrada no leito do Arroio. (uso de containers móveis e outros); e/ou
Sistema de condução forçada dos detritos até a foz do Dilúvio; e/ou
Bacia de contenção/remoção dos detritos na foz do Dilúvio;
são ações de mitigação de danos que não deveriam existir, estes sim poderiam ser substituídos por educação ambiental, pois a implementação dos mesmos está simplesmente transferindo para o poder público a responsabilidade de mitigar danos ambientais criados pela irresponsabilidade da população.
Quanto ao “Programa de revitalização da Bacia do Dilúvio, é mais uma peça de propaganda do que um estudo pontual sobre o problema. Não há monitoração constante da Bacia, tanto a UFRGS como a PUC-RS fazem estudos pontuais através de projetos específicos, que após encerrados são guardados nas gavetas e lidos nos momentos que vão se propor outros estudos. Quem deveria ter recursos para de forma contínua e sistemática manter a monitoração do Dilúvio deveria ser o DEP. Isto deveria ser de forma institucional e contínua.
Dá para ver, que este estudo, foi feito a partir de manuais e normas existente e não foi feito nenhuma avaliação quantitativa dos problemas principais do Arroio Dilúvio.
Para falar sério, A PRIMEIRA COISA QUE DEVERIA SER PROPOSTA NESTA CARTA DE INTENÇÕES ERA O LEVANTAMENTO DE RECURSOS PARA MANTER UM GRUPO EXECUTIVO (PESSOAS QUE TRABALHAM), CAPITANEADO PELO DEP, PARA LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES REAIS DO ARROIO DILÚVIO. Um grupo que sugerisse além de ações prioritárias um levantamento CONTÍNUO das condições reais do Dilúvio, com medidas (levantamento da cargas líquidas e sólidas em diversos pontos, por exemplo) , análises (não só análise químicas e biológicas, mas de qualidade e quantidade de sedimentos, para identificar as fontes) e outros dados que servissem para posteriores intervenções.
Só como exemplo, há poucos anos (espero que o problema tenha sido resolvido), nem o DEP sabia a carga de sedimentos que era retirada do Dilúvio, eles sabiam somente quantos caminhões eram retirados pelas faturas cobradas (dá para uma estimativa), porém não sabiam da onde. Atenção, esta informação tem alguns anos!
Este é um dos erros da administração pública, apesar das instituições públicas terem profissionais competentes, com experiência e devidamente formados, não é repassados para eles recursos para atividades que não são as executivas (nem recursos nem equipamentos). Em países mais organizados estes profissionais tem controle sistemático sobre coisas como o monitoramento de bacias, quando as Universidades entram, elas entram como um “plus” e não como atores principais.
Quanto aos degraus acertaste em parte, no projeto original, se imaginou os degraus com múltiplas funções, oxigenar a água, evitar a erosão nos pontos de maior declividade e criar bacias de detenção dentro do arroio. Hoje em dia se verifica que nenhuma dessas funções ocorre dentro do planejado criando mais problemas do que solução.
Os degraus não oxigenam significativamente.
Evitam a erosão, acumulando areia no leito do arroio.
E servem como um depósito de lodo dos esgotos, dando aquele perfume todo especial do Dilúvio.
Quanto ao Programa de revitalização da Bacia do Dilúvio, poderia falar bem mais, porém o texto ficaria muito longo.
Finalmente desistiram daquela draga que deve ter sido comprada quando o diluvio ficou pronto em 1940.
Graças a Deus, aquela draga maldita que destruía os taludes e derrubava árvores foi aposentada. Há anos acompanho o Arroio Dilúvio bem antes destas manifestações a seu favor. Fiz dezenas de pedidos para o 156, solicitando cuidados e denunciando os estragos, mas uma andorinha só não faz verão. fico feliz em ver agora tantas pessoas preocupadas com isso.
Ficarei realizada quando além de se preocuparem com Arroio Dilúvio começarem a se preocupar com as árvores as sua margens tomadas pela erva de passarinho, que a médio prazo as matará. Existem Plátanos as margens do Arroio completamente tomados pela erva e a SMAM não faz nada.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=258326500888355&set=a.258326490888356.61846.179737705413902&type=3&theater A forma como os morros foram ocupados e a formação das ruas cria um situação favorável ao assoreamento, com a chuva a areia desce mesmo achei este doc explicando.
Caro ÁguasBrasileiras.
O exemplo que colocaste não agrava o assoreamento, concordâncias deste tipo, em ângulo, são as concordâncias naturais dos rios, a deposição vai se dar tanto numa forma como em outra. Poderíamos dar uma explicação técnica, porém o pessoal ia chiar com razão da chatisse que seria.
Já o Guilherme está mais próximo da realidade, não há nenhum controle sobre obras de terraplenagem tanto por agentes públicos como privados. Quando se faz uma escavação qualquer deve-se imediatamente cobri-la ou tomar outras providências, se houvesse ENGENHARIA em obras deste tipo, eles seriam cobertas ou simplesmente feitas em etapas não deixando que a chuva agisse sobre o solo desnudo.
O Guilherme está perto mas com erros, concretar o Dilúvio não serviria para nada, pois o assoreamento é função da velocidade do escoamento e não do tipo de fundo, concretar só serviria se fosse feito uma forma especial junto ao fundo que não tenho como desenhá-la aqui. Mas realmente a solução não está por aí.
Outra pergunta que faço, que talvez quem sabia a resposta já faleceu, é por que foram colocados aqueles degraus no Dilúvio? Alguém sabe? Pois eu sei qual é o resultado que leva aqueles degraus (além do Surf).
Uma coisa posso dizer, o comprimento do Dilúvio antes da retificação era maior, e as cabeceiras e o Guaíba estavam no mesmo nível, por consequência se o início e o fim estão na mesma altura, e o comprimento diminuiu, a velocidade aumentou e não deveria assorear tanto.
Mais uma pequena nota, por que a Prefeitura até hoje não fez, com parte do dinheiro que utiliza para a dragagem, um estudo para EVITAR A NECESSIDADE DE DRAGAGEM? O DEP é o primo pobre do DMAE, e por isto ele não tem $$$$ para fazer o estudo e vai gastando o pouco que tem em algo que poderia ser evitado.
Quanto ao lixo, é a menor parcela que assoreia o Dilúvio, a com cheiro pior, mas é a menor.
A tempos, neste mesmo blog (não tenho como achar) escrevi que determinadas obras que estão sendo feitas e, principalmente do jeito que estão sendo feitas, iam custar caro a população de Porto Alegre, e vai piorar, é só aguardar.
Acho que aqueles degraus são para que não tenha agua parada em determinadas partes do arroio em tempos de seca, mas não tenho certeza do que digo.
Vai sempre aumentando o volume para criar meio que uma cachoeirinha e a água vai descendo até o guaiba, ao menos é o que imagino desde que me conheço por gente.
haha
Guilherme.
Já perguntei para inúmeros Engenheiros da área e ninguém ainda me deu uma resposta melhor do que a tua!
O que eu acho, se houver um número maior de palpites darei o meu (a partir de uma conversa breve que tive com o falecido László Böhm (ex-diretor do DMAE), no fim do século passado!
Rogériomaestri, A tempos, é com H Há tempos no sentido de existir, todo mundo esta esquecendo o verbo HAVER.
Os degraus devem ser para o escoamaneto rápido, se fôsse plano não ganharia velocidade e se houvesse algum obstáculo pararia o escoamento. Afinal qual é o problema de saber para que sevem os degraus? O que importa é que escoe e que esteja limpo o resto é perfumaria.
Juliana
Brigado pela aulinha “de gratis” eu escrevo muito mal (ou mau, nunca sei), mas voltando o assunto degraus. Primeiro eles diminuem a seção de escoamento, pouco mas significativo para quando o arroio está quase transbordando e segundo, o mais importante, se eles não existissem só haveria depósitos no trecho mais de jusante do arroio, e esta concentração em poucos locais diminuiria o custo da dragagem. Por último, se não houvessem os degraus, quando as vazões fossem baixas não haveria depósito de sedimentos, passando parte deles para o Guaíba.
São pequenos detalhes, mas que ajudam a aumentar o problema do Dilúvio.
Mas acho que não é só lixo, acho que tem areia junto, ja que o fundo do arroio não é concretado nem nada… vai acumulando areia e ae ta feita a festa..
haha
Gilberto
Nunca pensaste porque tem tanto material para dragar?
O certo não seria evitar que este material não se acumulasse ou não chegasse no Dilúvio?