Praça da Alfândega recebe últimas reformas para reabrir no segundo semestre

Área histórica no Centro de Porto Alegre passará por ajardinamento e restauração de monumentos

Praça da Alfândega recebe últimas reformas para reabrir no 2º segundo semestre Crédito: Cristiano Estrela

Operários espalhados pela praça. Escultor no andaime sobre a estátua equestre. Essas imagens compõem o cenário para quem passa, nestes dias, pela Praça da Alfândega. O segundo semestre deste ano deverá marcar o reencontro dos porto-alegrenses com o local. Até lá, os trabalhadores seguem atuando no precioso espaço histórico no Centro, que passa por reformas há mais de dois anos e, desde então, sofreu diversos fechamentos parciais para execução dos serviços de restauração dos passeios, canteiros, iluminação e paisagismo.

Agora faltam poucos afazeres. Conforme o arquiteto do Programa Monumenta, Luiz Merino Xavier, um artesão e seus ajudantes terminam o desenho do calçamento em pedras portuguesas. “Falta o entorno, os calçadões da Rua da Praia, da Sete de Setembro e a frente do Margs, do Memorial e do Santander Cultural: as bordas da praça”, indica Merino.

A nova instalação elétrica, segundo ele, feita com tubulação subterrânea, está pronta, exceto por alguns postes que ainda serão colocados. “O velho banheiro público está sendo demolido. Será tirado do meio da praça para ser reerguido contra a lateral da Caixa Econômica Federal”, aponta o arquiteto.

Por fim, duas ações deverão devolver a beleza e a característica monumental ao ambiente histórico: a restauração das estátuas e o ajardinamento. O restauro está sendo feito pelo escultor Gutê, cuja assinatura está marcada nos tapumes de compensado que cercam a estátua do General Osório, no coração da praça.

Outra estátua que passa por restauração é a do escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade, que compõe o “Monumento à Literatura” com o poeta Mario Quintana sentado. A obra, de autoria dos escultores Xico Stockinger e Eloisa Tregnago, uma das mais visitadas da Praça da Alfândega, está sendo trabalhada aos cuidados do Programa Monumenta.

O ajardinamento tem previsão de início nos próximos dias e de conclusão dos trabalhos para junho. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente pagará R$ 244.151,40 à empresa vencedora da licitação. O projeto paisagístico prevê a utilização de 17 espécies de plantas ornamentais para a cobertura de todos os jardins da praça.

Ao todo, estão sendo investidos R$ 2,9 milhões na recuperação da Alfândega. O recurso é público municipal em contrapartida a outros investimentos federais aplicados pelo Programa Monumenta em Porto Alegre. A intenção é restabelecer o visual original da concepção do local, construído no início do século passado.

Correio do Povo



Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Paisagismo, Parques da Cidade, Revitalização do centro

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10 respostas

  1. Levar mais de dois anos para restaurar uma praça ! Vai ser eficiente assim lá na casa do ………… prefeito !

  2. Tudo em matéria de atuação politica atualmente é uma decepção. Acredito que as pessoas que tem por dever cuidar e manter a cidade funcionando não estão preocupadas com isso e sim cuidarem de seus interesses. Eu espero que a Praça da Alfândega volte a ser o que era, com seus chafarizes ligados e iluminados à noite e as águas limpas. Como poderá acontecer isto se não existe manutenção e tudo fica ao léu.

  3. btw,….a da Redencao(que ficou quase um ano em obras) tb e’ uma grande decepcao.
    Aqueles jatos fininhos que mais parecem mangueiras de jardim. Credo!!

  4. fmobus: chamar aquilo de “fonte” e’ uma ofensa…mais parece um chuveiro eletrico Lorenzetti 110W tentando esquentar agua no inverno!

  5. Meio torta estas ondas da calçada portuguesa não? Ou foi proposital?

    • Estão tortas mesmo. Em Porto alegre não existe mais pessoas especializadas em fazer calçadas portuguesas. Foi um técnico da Smov que me disse isto há algum tempo. Você já notou Adriel que em muitas ruas as pedras são fixadas com cimento. Isto é errado, elas tem que ser fixadas na areia e depois batidas até se acomodarem, quando eu era criança vi muitas calçadas de pedras portuguesas serem restauradas. Aquela da foto parece que esta sendo construída na areia, o dia que eu passar por lá vou conferir, espero não me decepcionar.

  6. É incrível que as fontes e os chafarizes não funcionem em nossas praças. Antigamente tudo funcionava, parece que a modernidade ficou burra.
    Aquela praça em frente ao Julinho e que é adotada pela Panambra tem duas fontes com chafarriz eternamente secas. Isto eu não consigo entender.
    A Praça da Alfândega foi uma lenda para restaurarem, porque isto não pode ser feito com a Praça aberta tem que fechar tudo, aí encontram uns cacos e ficam de pincel limpando tudo porque é a história da cidade, gastam dinheiro nisso e não gastam para restaurarem prédios antigos que estão caindo.

    • Pelo que sei, existe UMA fonte ligada na capital: a da praça Montevidéu, em frente à Prefeitura. No entanto, das últimas vezes que passei por lá, a fonte estava ligada com uma pressão ridiculamente fraca, de forma que a água basicamente escorria pela fonte em vez de jorrar graciosamente. Fiquei envergonhado com aquilo, mas depois me dei conta: perfeitamente apropriado como representação do desleixo dessa cidade com seus espaços.

  7. Não falaram nada das fontes ao redor da estátua equestre. Três meses para fazer ajardinamento? Eficiência chinesa!

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