Chineses decidem em 20 dias local de fábrica de caminhões

Executivos da Dongfeng reuniram-se ontem com autoridades do município de Santa Maria

O anúncio oficial sobre o local onde será instalada uma montadora de caminhões da Shiyan Yunlihong Industrial and Trade Company – braço da gigante chinesa Dongfeng Motor Corporation – sairá dentro de 20 dias. A confirmação foi dada ontem pelo diretor da empresa GBL Asia Business, Lúcio Guazelli, que representa os interesses dos investidores chineses no Brasil. Duas cidades gaúchas disputam a escolha: Santa Maria e Camaquã.

Em Santa Maria, os diretores do conglomerado asiático avaliaram ontem as condições oferecidas pelo município para receber o investimento, inicialmente projetado em R$ 75 milhões e que irá gerar cerca de 550 empregos diretos. Pela manhã, o prefeito Cezar Schirmer, secretários de município e lideranças empresariais estiveram reunidos com os executivos chineses. Durante a reunião, que durou cerca de 1 hora e meia, Schirmer apresentou Santa Maria aos investidores, com dados estatísticos sobre a qualidade e a abundância da mão de obra gerada pelas oito instituições de ensino superior do município. Entre os incentivos oferecidos está uma área de 165 hectares localizada no Distrito Industrial. Guazelli disse que a comitiva ficou bastante impressionada com o que foi apresentado. “Está tudo dentro daquilo que esperamos e precisamos para instalar, primeiramente, uma montadora de caminhões e, em seguida, uma fábrica de veículos para atender à demanda da América Latina e África”, afirmou.

O diretor da GBL Asia Business também deixou claro que os chineses pretendem operar as exportações a partir do Porto de Rio Grande. “A proximidade com o Porto de Rio Grande é um ingrediente que faz a diferença, mas a decisão final sobre o local cabe, única e exclusivamente, aos diretores da empresa. Guazelli não confirmou o interesse pelo investimento por parte de municípios catarinenses.

Correio do Povo



Categorias:Economia Estadual

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9 respostas

  1. Por problemas de logística e infraestrutura deficientes, incentivos restritos e imagem negativa marcante no caso Ford (na época a notícia da inusitada decisão circulou por jornais no mundo), nenhuma grande fabricante automotiva virá para o RS. Diversos investimentos que estudaram as possibilidades do estado descartaram-nas, decidindo por outros estados. Recentemente até uma montadora da própria China, apesar de ter proposta do estado, optou pela Bahia que, desde a conquista da Ford, passou a ter uma política mais agressiva, especialmente para a área industrial de Camaçari. Mais recentemente a Volks desistiu e um projeto da BMW está negociando com Santa Catarina, que já conquistou uma planta para montagem de caminhões, também chineses, em Joinville.

    • Pois é, depois desse episódio de queimação não veio mais nada que preste, até mesmo porque o nosso governo sequer tenta efetivamente com vontade mesmo, tendo, isso sim, uma tremenda má vontade. Estamos condenados a fabricar xinglings mesmo (e isso se até essas não acabarem indo pra BA, como a Jac Motors, que seguiu a trilha da Ford). Se fabricar essas aberrações chinesas ao menos servirem para a nossa capital sediar filiais executivas dessas empresas e ganharmos um skyline xingiling à lá Shangai gaudéria, “TamU Juntu Mãnu”!

  2. Os que negativaram nunca sairam do Brasil para estudar fora e ver QUANTOS estudantes chineses tem na Itália e na França.

  3. Não se enganem com os chineses, achando que eles só fazem porcarias?? hahaha ledo engano de vocês, eles são muito mais preparados do que nós. Estudam mais, mandam milhares de estudantes para o exterior todos os anos, aperfeiçoando a mão de obra. E trabalham com muito mais afinco do que nós.

  4. A Dongfeng não é tão capenga quanto alguns imaginam, tem parceria com empresas mais tradicionais como a Renault/Nissan, Citroën/Peugeot e a Cummins (uma das maiores fábricas de motores a diesel do mundo, e entre outros fornecedora da Agrale). Diga-se de passagem, alguns modelos da Nissan comercializados em mercados europeus são até fornecidos pela Dongfeng para complementar a demanda.

    • Lá na China todas as grandes marcas mundiais são obrigadas a manter parcerias com as empresas chinesas e a permitir e fornecer tecnologia para que os chineses criem submarcas com modelos “inspirados” nos carros ocidentais delas, sob pena de não terem permissão de vender na China, que é o maior mercado consumidor mundial e onde os carros de luxo são sucesso inclusive em versões específicas esticadas, como os Audis e BMW’s. Elas nem entram na justiça contra as falsificações e os plágios porque sabem que se o fizerem estarão fora do maior mercado consumidor mundial, cheio de novos ultraricos ávidos por novidades ocidentais, de acesso rigidamente controlado pelo governo chinês. Ou seja, essas parcerias são estritamente locais em sua mais que esmagadora maioria e extremamente forçadas/impostas, uma exigência governamental chinesa sem a qual ninguém entra lá. A própria Embraer teve que achar uma parceira chinesa, pois não a deixaram entra lá sozinha, obrigaram-na a transferir tecnologia e agora a obrigaram a passar a produzir apenas jatos executivos por lá, pois os jatos comerciais passariam a fazer concorrência aos novos jatos comerciais agora lançados pela China. Esses carros chineses nem de longe se parecem com os nossos carros ocidentais no quesito qualidade e uma simples visita a um concessionário chinês ou à uma banca de revistas com fartas publicações automotivas, ou até mesmo uma pesquisa no google comprovam isso.

      • Nem todo carro chinês é ruim, e em termos de baixa qualidade hoje uma referência nesse problema que também afeta a indústria local é o Gol que só vende bem por ser da Volkswagen…

  5. Ate’ agora so’ ouvimos falar de Manitowoc, Dongfeng, Tabajara Motors etc…

    • Verdade, só falta começarmos a falsificar “Louis Vuitton” também. Quando se fala em China, para muitos (para a maioria) imediatamente já vem aquela imagem negativa de produtos de baixa qualidade e de falsificações descaradas e mal feitas na cabeça, espero que a gente consiga trazer bem mais do que apenas as Tabajaras Motors da vida (que também são bem-vindas), pois senão o nosso parque fabril poderá ficar conhecido e levar essa pecha de igualmente só produzir produtos ruins se houver uma concentração excessiva e exclusiva desse tipo de fábrica no nosso estado. Não há GM que salve a imagem do estado com tantas xinglings queimando o filme. Elas podem vir sim, Tarso, mas traga também as tradicionais! Também gostamos de produtos de qualidade e gostaríamos que as pessoas pudessem apontar para um bom carro por este país e mundo afora e dizer, aquele ali foi feito no meu rio-grande, rincão querido. Um xinglingue desses eu faço de conta que nem sei, faço que desconheço a procedência.

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