O Google Maps informa rotas de transporte público em poucas cidades do Brasil, entre elas São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Mas usuários começaram a reparar desde janeiro que o serviço não funcionava mais no Rio. Hoje ele está de volta, e o Google explica por que ele sumiu. A empresa também esclarece como entram as rotas de ônibus, trem e metrô nos mapas do Google – e quem é responsável por isso.
Primeiro, as rotas de transporte público no Rio: elas já voltaram ao ar. A assessoria do Google informa que as agências de transporte da cidade recentemente atualizaram suas informações, então provavelmente as rotas no Maps foram desativadas para receber os novos dados. Isto inclui: “as informações das linhas de ônibus (Fetranspor), metrô (Metro Rio), trens urbanos (Supervia) e barcas (Barcas S.A.) mais atuais”. Tudo isso já está disponível no Google Maps de novo.
Também perguntamos à assessoria como funciona a obtenção de rotas de ônibus, trem e metrô. Eles explicam:
Basicamente as agências de transporte, departamentos públicos de transportes etc. fazem todo o processo através deste site:
http://maps.google.com/help/maps/transit/partners/participate.html
No item “Process” todo o processo é explicado, mas de forma resumida, a agência precisa formatar seus dados de acordo com o protocolo GTFS (General Transit Feed Specification), testar os feeds usando uma ferramenta para tal, assinar um contrato online de parceria com o Google, submeter os feeds gerados para validação pelo Google e depois de estar tudo OK, o serviço é lançado.
Para expor as informações no Google Maps e outros serviços/aplicativos, o Google “busca” as informações periodicamente em um servidor da agência com endereço fixo da web, como por exemplo: http://myserver.agency.com/current/google_transit.zip. Todas as modificações e atualizações são colocadas ali pela agência, seguindo as regras definidas no site acima apresentado.
A assessoria esclarece que a iniciativa de disponibilizar os dados no Google vem das próprias agências de transporte, não do Google. Então se sua cidade não tem o serviço, já sabe de quem cobrar: das empresas locais de transporte público.
Eles também deixam claro que as agências de transporte não cobram dinheiro (nem são cobradas) para exibir as rotas de ônibus e afins: “trata-se de um modelo de parceria entre o Google e as empresas de trânsito para disponibilizar a informação publicamente para o usuário”. Bom saber. [Valeu, Edmilson!]
Nota: a lista oficial do Google das cidades com rotas de transporte público no Maps inclui apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. No entanto, outras cidades também possuem o serviço, como Goiânia e Blumenau (SC). Atualizamos o início do texto para refletir isso.
Por Felipe Ventura – GIZMODO
Categorias:Meios de Transporte / Trânsito
Minha teoria é outra. Os caras que mandam fazer as coisas na prefeitura devem ser ter uns 50 anos pra mais. São daqueles que veraneiam em Tramandaí desde a década de 70. Anotam seus compromissos numa agenda comprada na editora globo. São avessos a essas “tralhas informatizadas” e acham que a melhor forma de descobrir como chegar a algum lugar é usando a simpatia do próximo. Em outras palavras, Porto Alegre é administrada por uma elite arcaica.
Se eu estou enganado é simples me provar errado. Basta contratar 1 (sim, um apenas) estagiário de informatica pra colocar os dados de transporte de Porto Alegre no google.
Adriano
Vai catar coquinhos, eu tenho “50 anos pra mais”, mas não sou esta anta informática que descreves, tem muita chance de que eu conheça bem mais informática do que tu conheces, pois comecei a programar em 1973 (Algol, Fortran, Basic, Pascal e Delphi, Visual-Basic, um pouco de C++, trabalhei no Primeiro Apple II legal da universidade – doado pela UNESCO, sistema DOS, Windows, …….). Logo, a pessoa pode ser velha e não ser avessa a essas “tralhas informatizadas!
Quanto a prefeitura ela tem nos seus quadros analistas e programadores de alto nível, o problema é que talvez o prefeito nem saiba das suas existências.
PS.: Até já fiz programa de cálculo de perda de carga em visual basic para um telefone TREO, que eu tinha, o programa ficou uma belezinha, o telefone estragou!
PS II. Não veraneios em Tramandaí.
Rogério,
Por favor leia com atenção os comentários antes de expressões desse naipe. O Adriano em momento algum insinuou que pessoas com mais de 50 anos são avessas à tecnologia, e sim que os que comandam os setores responsáveis o são.
Adicionalmente, minha experiência (fui estagiário na PROCEMPA) discorda diametralmente da tua afirmação de que “a prefeitura tem nos seus quadros analistas e programadores de alto nível”. É óbvio que deve existir um ou dois caras realmente bons lá dentro, mas eles estão afundados num mar de incompetência e mediocridade que quaisquer esforços de sua parte são fúteis. Tudo o que vi nos sistemas que mantive foram gambiarras e porqueiras tremendas; o conceito de qualidade de software, testagem unitária, controle de versionamento – coisas básicas – passavam ao largo. O que eu sei é que quando comecei a levantar os problemas, bati com gente que não queria grandes revoluções, só queria que eu fizesse “algo pra resolvar rapidinho”. For crying out loud, minha chefe imediata, concursada com 15 anos de casa, não sabia o que era um SQL JOIN; minha chefe seguinte (perua que entrou por CC) não sabia o que era cópia oculta em e-mail! O absurdo do absurdo foi o dia em que o chefão do meu setor (CC, óbvio) me repreendeu por ter a ousadia de ser estagiário e querer mudar as coisas, mas que eu não seria demitido porque era genro (na época) de um amigo dele – momento exato em que eu pedi demissão, porque a última coisa que eu quero nesse mundo é depender profissionalmente de favores pessoais de gente medíocre.
Um tempo depois, um outro amigo que lá trabalhava me explicou o insight que explicava o funcionamento da PROCEMPA. É muito simples, dizia ele, os clientes da PROCEMPA não são clientes convencionais. Ao contrário das firmas tradicionais, ninguém tá interessado em fazer projetos decentes de software, ouvindo continuamente as necessidades do cliente, visando a satisfação e retorno de investimento deste, por que os clientes de lá são internos na prefeitura, e tudo se traduz em relações políticas, em troca de favores. Fulaninho da PROCEMPA quer agradar Beltraninho da SMOV, então inicia projeto em segredo e tenta entregar tudo de uma vez algum dia de “surpresa”, para sugerir que é eficiente e merece cargos melhores. O beltraninho da SMOV não tá nem aí se a coisa funciona direito, ele só quer ganhar o prestígio de ser o cara que botou aquele sistema.
No lado dos concursados, que não se preocupam com essas porras acima, impera o manto da estabilidade; ninguém precisa se atualizar, ninguém precisa se preocupar, tá tudo tranquilo e é só bater o ponto aqui todo dia e curtir a aposentadoria integral depois. Não é por menos que, pelo menos na área de TI, a maioria dos que ficam no setor público são a rapa do tacho, aquela galera que não tem experiência de verdade e não sobrevive a uma entrevista. Os poucos bons que entram acabam sendo absorvidos pela mediocridade que lhes cerca.
Mobus
Quanto a catar coquinhos não é assim o máximo do desaforo.
Tocaste no ponto fundamental, CC eu não considero funcionário público, é uma excrecência da nossa administração, que copiando a meia dúzia de CCs que entram na administração pública Européia (geralmente uma secretária e mais um ou dois cargos por ministros) só esqueceram que cem mil não é a mesma coisa que meia dúzia.
Por outro lado o comportamento dos concursados é um reflexo da entrada dos CCs para serem chefes, não há perspectiva de atingir um cargo maior de chefia, ou até o cargo de secretario do município, salvo se agarrar no s… de algum deputado eu vereador.
A falta de profissionais nos cargos de mando (cargos com maior status e mais $$$$) desanima qualquer um, se trabalharem ou não ficam na mesma posição.
Faço uma pergunta. Por que as Universidades Públicas, que são PÚBLICAS, e que os professores ganham o mesmo ou até menos que os professores das privadas, tem em média (não estou dizendo que não tenha seus malandros), tem um desempenho ranqueado internacionalmente melhor do que as Privadas?
Faço a pergunta e respondo. Porque não tem CCs para encher o saco e ocupar os melhores cargos.
Olha, da minha experiência (estudei no Inst. de Informática da UFRGS), na universidade pública a coisa funciona justamente por ser completamente diferente de qualquer órgão público. Todos os professores eram obrigados a mostrar serviço academicamente, sob risco de não obter financiamentos em seus projetos de pesquisa, sendo relegados a funções com pouco prestígio. O próprio processo de admissão de professores era muito mais criterioso, com revisão rigorosa da produção acadêmica do candidato e diversas entrevistas diante de bancas. Não podemos desconsiderar também como fator de excelência a qualidade dos alunos que ingressam, uma vez que, além do filtro já conhecido do vestibular, também precisam batalhar continuamente para se manter na universidade.
Agora, o grupo restantes de pessoas envolvidas com a universidade, composto pelos funcionários técnicos-administrativo, funciona basicamente como qualquer órgão público: uns dois ou três cargos de confiança, uma dúzia de estagiários e um batalhão de concursados, sem nenhum sistema de incentivos que cobre seu desempenho. O resultado, como qualquer aluno da UFRGS vai te confirmar, é o lixo típico do serviço público. Na Informática, dos 50 funcionários, posso te dizer uns dois ou três que realmente trabalhavam e levavam o instituto nas costas – o resto era lixo. Na Economia, até agora, só lidei com gente fraca. Todos meus amigos da universidade contam estórias de terror parecidas.
O erro em defender o servidor público de carreira está em assumir que ele tem excelência apenas porque passou pelo crivo de um concurso tosco. O concurso público está muito longe de ser uma régua eficaz da qualidade profissional do candidato.
Certa vez a Procempa foi fazer uma apresentação na faculdade que eu estudava, eu juro que no vídeo institucional apareceu uma tiazinha jogando paciência, pena que meus colegas não estavam prestando atenção e não viram, mas isto é sério.
Parabéns Rogério, és um pioneiro no campo! Sério mesmo, legal. Meu pai também programou em todas estas linguagens, e sou informata 😛
Eu não sou pioneiro, sou Jurássico!
Mas tinha uma colega que começou a programar em assembler, quando viu o Fortran, achou uma maravilha de convivialidade com o usuário.
Conheci outro que começou a programar num dos primeiros computadores (?) do estado que a programação era feita com fios (não estou brincando) era uma mesa que nem de telefonista em que tu interconectava uma memória com a outra.
He, he, he…..
O problema dessas coisas gratuitas é que ninguém leva um dinheirinho por baixo dos panos. Por isso as prefeituras preferem contratar alguém pra desenvolver um sistema TOSCO de informações, pois assim tem como vazar dinheiro.