Túnel na Anita está em análise

ANTES

 DEPOIS

Com o objetivo de verificar os impactos ambiental e comercial que da obra de construção de um túnel na Anita Garibaldi, em Porto Alegre, vereadores que compõem a Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal farão hoje uma visita ao local. A obra visa melhorar o tráfego de veículos na região, mas moradores dos bairros Mont”Serrat, Boa Vista e Bela Vista são contrários à construção. De acordo com a moradora Cristina Strubinsky, a obra não irá resolver o problema do trânsito na região. “Será um gasto em vão para a abertura de um buraco de mais de 800 metros e que vai estragar a praça Japão e ruas que possuem mais de cem anos de existência”, declarou.

A visita ocorre na Anita, perto do número 1515, às 11h30min. O encontro contará com representantes da Smam, da Smic e da EPTC, além do Movimento dos Comerciários da rua.

Correio do Povo



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito

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114 respostas

  1. Pergunto a todos, por que a cidade e o Estado do Rio Grande do Sul evoluiu tanto desde o início do século XX até o meio deste (1950) e após isto ficamos somente um estado de vive de seu passado sem saber exatamente qual foi seu passado?

    Talvez a chave de todo estado atual de coisas tenha por origem isto.

  2. ANTES DE APOIAREM O PROJETO DA OBRA…SE INFORMEM ANTES…..

    Muitos estão acreditando que o transito irá melhorar…é mentira!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Depois de pronta não terá como retira-la de lá!!!!!!!!!!!!!!!!

  3. Sou porto-alegrense, mas infelizmente tenho que constatar e desabafar: o nosso povo é o mais chato da face da terra. Observem que o porto-alegrense sempre que colocar tudo em debate, o que deveria ser bom, mas não o é pelo simples fato que esse mesmo povo c.a.g.a. para as grandes questões e problemas da cidade (veja a votação popular do pontal que foi bem minguada na quantidade de participantes), mas quando atinge o seu próprio umbigo ou mexe no próprio bolso, aí ele vira o povo mais politizado e democrático do mundo e tenta usar a palavra para obstruir as coisas e, não, para construir (e nem falo no sentido literal desta palavra) uma tentativa de um futuro melhor. Agem como se quisessem voltar à Grécia antiga, onde tudo era decidido por todos do povo diante do Parthenon, mas esquece que estamos numa metrópole onde não é possível decidir tudo olhando apenas para o próprio umbigo e o próprio bolso. Está aí a única situação em que os políticos são melhores que o povo, pois prefiro eles administrando ainda que mal a cidade do que essas pseudo-associações de bairro, que estão mais interessadas em defender o “eu” (anseios particulares que nem sempre refletem o melhor para a cidade), do que o “nós” (cidade).

  4. Se o movimento contra o túnel for vitorioso, como a não derrubada das árvores é tão importante para manter o micro-clima (como alegado pelos mesmos), sugiro que levando adiante o espírito conservacionista e ecologista dos moradores da zona, que se mude o Plano Diretor da cidade de tal forma que inviabiliza a construção de edifícios sobre os belos jardins que restam na região. Ou seja se a população em geral tem que dar a sua cota de sacrifício para manter as árvores, micro-clima e a ecologia, por que os principais beneficiários não dão a sua cota de sacrifício?

  5. A Carlos Gomes era linda, mesmo, com casarões e árvores. Conheci ela assim. Porém os moradores da Carlos Gomes podem reclamar de tudo, MENOS que lhes roubaram o diraito adquirido e seu sossego, já que todos sabem que há 40 anos já se sabia que havia planos coretos de alargá-la e fazer uma grande artéria nela. O PT apenas executou o que várias prefeitos nunca executaram dos planos para aquela áreaa.

  6. Até a ilustração que vocês botaram está errada. As pinças (pistas ao lado do túnel propriamente dito) terão ambas o sentido de entrar na Carlos Gomes. Procurem se informar melhor acerca da realidade da região e da total pertinência das reclamações dos moradores. Além de danos ambientais, de não trazer qualquer melhora para o trânsito, e outras questões, é uma obra irresponsável que põe em risco a vida de milhares de pessoas, pois não foi feito qualquer estudo técnico acerca dos eventuais danos que um buraco de oito metros naquela rua estreita pode causar na estrutura dos prédios, que estão praticamente colados ao leito da rua.

  7. Com a obra, não será possível realizar conversão a esquerda na Carlos Gomes e os carros no sentido aeroporto serão somados aos que seguem em frente pela Anita em apenas duas pistas. Logo, as retenções irão permanecer ou até aumentar, pois todo esse fluxo irá se direcionar para a rua Engenheiro Alfredo Correa Daudt, rua residencial e estreita de mão dupla separada por um canteiro, que hoje já tem um intenso movimento de veículos que com o projeto será intensificado. Já a Alameda Raimundo Correa se tornará mão única levando o trânsito da Nilo Peçanha para a Anita Garibaldi. Aumentando ainda mais o fluxo para a rua Correa Daudt.

    Querem diminuir sinaleiras na perimetral… mas apenas no cruzamento da Anita…
    Novas sinaleiras estão sendo instaladas na Perimetral…
    Não dá para entender a incoerência de idéias!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  8. Só que essa foto é na Cristóvão…

  9. Uma pergunta bem estúpida… Será que o viaduto da Plínio, como haviam previsto para a III Perimetral não aliviaria a Anita? E se essa passagem fosse feita na Plínio?

    • Vai haver também um viaduto (ou passagem de nível) na Plínio também, mas o problema é que para aliviar a Anita, usando o viaduto da Plínio, teriam de alargar a Plínio/24 e acho que existe espaço para isso naquela região. Além disso outras ruas ficariam entupidas de carro.

      Em suma, não existe outra alternativa.

      Claro, alguém vai dizer para usar menos carro, só que todo mundo sabe que isso não vai acontecer nas próximas décadas, então é uma solução que não é solução, é uma utopia.

      • O problema, como sempre, foi a falta de proatividade da prefeitura. Se o viaduto da Plínio fosse feito quando deveria ter sido feito, não precisaríamos aceitar qualquer coisa urgentemente como a única solução que existe.

        • Pablo

          Precisaríamos mesmo assim, a Plínio já tem limitações nos seus acessos e se ficarmos somente com este ponto de cruzamento da perimetral quem quer passar de um lado a outro deveria de percorrer até dois quilômetros a mais.

    • Pablo, concordo plenamente…

      Na Plínio tem estrutura e não será uma obra inútil. Lá a melhoria do transito será efetiva.

      • Luciana

        Estás caindo no mesmo erro que muitos fazem, uma macro-obra, como o viaduto da Plínio é, concentra o trânsito em uma só região, concentrando os problemas de acesso da mesma. Obras como o micro-túnel da Anita ajudam a não concentrar o tráfego, permitindo que ele escoe por vias secundárias.
        O que a perimetral fez, foi limitar os cruzamentos (o que estás pretendendo agravar mais), com esta limitação se concentra a passagem em uma ou duas ruas, não só criando problemas na região em que está esta obra, mas como também ampliando os problemas para quem acessa esta rota por acessos secundários.
        O problema todo é que o tráfego é algo que tem que ser comparado com o movimento de um fluído, e quanto mais pontos de passagem houver menor será a necessidade de grandes trajetos e grandes avenidas com grandes velocidades.

  10. Porto Alegre é TRIste.

    Concordo com cada frase do Gilberto:

    1) Se não dá por baixo, não daria por cima? Um viaduto não alteraria o plano e as rotas hoje seguidas pela Anita.

    Concordo que a solução para o trânsito tenha que ser algo de bom senso, criterioso e que realmente resolva de forma inteligente e eficaz. Concordo também que sejam adotadas as melhores práticas para evitar ou reduzir o dano ambiental ao mínimo possível.

    2) não posso concordar com o argumento de uma obra pública vir a prejudicar as ruas tranquilas dos moradores, o barulho e a poluição.
    Isso é inevitável em grandes cidades pelo crescimento populacional contínuo e, com ele, tudo mais que ele carrega.

    3) Se a intervenção, seja qual for, não for hoje, será amanhã.
    Nenhuma zona da cidade estará a salvo.

    Se uma cidade for congelada agora para tornar-se imexível, então fechem as portas da cidade, e esperem todo mundo ir morrendo pra abandonar as ruinas depois.
    Como se formou a Perimetral ? Já imaginou se não pudesse se poder mecher naquela ruela que era a Tarso Dutra e Salvador França?
    Já imaginou se tivessem impedido de rasgar os campos de traquilidade pra criar a Goethe?
    Já imaginou se não tivesse permitido criar a Loureiro da Silva?
    Já imaginou se não tivessem permitido criar a avenida Beira-Rio?
    Ah, pelamor, tá certo que há ruas lindas em torno da CarlosGomes, mas querer congelar tudo em volta dessa artéria vital a TODA a cidade, não dá.

    Ah, e uma simpática moça disse que “Deveriam ensinar nas escolas a máxima da mobilidade urbana: que trânsito é a circulação de pessoas, e não necessariamente de automóveis”… vai aplicar isso ali no cruzamento da Carlos Gomes com a Anita. Claro que temos que melhorar o transporte publico, e isso eu sempre falo muito, mas aquele cruzamento congestiona quase o dia inteiro: tem momentos em que já há tranqueira lá na rótula da Protásio, tudo de carros parados em função da Anita lá embaixo. E aí está gente que está indo pra Canoas, indo pra ponte, indo para o Aeroporto ! Não dá: a Carlos Gomes é uma MEGA artéria para toda a região metropolitana. Ali não dá pra pensar somente em “humanizar as cidades” e os pedestres: Qualquer metropole de 4 milhoes de habitantes tem que ter artérias eficientes sim, MESMO que invista bastante em transporte público – o que é súper seu dever tambem.

    • E é perfeitamente possível ter uma via arterial eficiente sem destruir as quadras ao seu redor. A minha proposta (mais acima) permite todas as conversões sem requerir nenhum laço de quadra.

      • Mas tu não entende, eles só querem acabar COM O CRUZAMENTO!

        • De fato, minha proposta não elimina a sinaleira para quem está na Anita, mas a substitui por sinaleiras mais isoladas, que são mais fáceis de sincronizar.

          [edit: agora vi o contexto da tua resposta] o problema é que, para acabar com o cruzamento, eles estão destruindo a forma viária de duas ou três quadras do entorno. Isso é um problema recorrente de Porto Alegre, principalmente na terceira perimetral: laços de quadra enormes, de vários quarteirões que, além de adicionar ineficiência à viagem, trazem tráfego demasiado para ruas que nunca foram dimensionadas para isso. Encher a perimetral de viadutos e túneis “burros”, que dependem de laço de quadra, como esse, só vai ajudar quem trafega a Perimetral inteira: toda eficiência dela vai pro lixo para quem precisa sair para as avenidas transversais.

    • Georgeano
      Citaste algo importante, a Carlos Gomes. Era uma avenida cheia de casas arborizadas e mesmo antes da terceira perimetral os proprietários dessa belas casas, que com seus pátios arborizados mantinham o micro-clima da região, venderam os seus terrenos, as suas casas e suas árvores para que fossem edificados grandes edifícios.
      Assim como a Goethe, que já falei anteriormente, estes proprietários de grandes terrenos estão dispostos a vendê-los a uma boa oferta mesmo que sacrifiquem seus bosques e jardins.

      Agora tendo uma árvore, já envelhecida pelo tempo, a frente de seus imóveis vem lançar um discurso conservacionista que vale para a população em geral, para eles não vale.

      Gostaria de saber se os proprietários de casa na Anita estão dispostos a abrir mão de vender os seus terrenos para que eles sejam ocupados por imóveis maiores e sejam cortadas as suas árvores. Provavelmente não, vão dizer que isto é uma prerrogativa que tem base na constituição de manter o seu direito de propriedade. Certo, é um direito, mas também há o direito da população de fazer obras que sirvam não só meia dúzia de pessoas, mas sim a massa que utiliza esta rua.

      O direito da população em geral não deve ser respeitado em nome de árvores que cairão quando os mesmos venderem os seus terrenos, porém o seu direito, este sim, é sagrado.

  11. porto alegre para os CARROS e não para as PESSOAS!!
    Desde quando uma cidade tem que ser pensada exclusivamente na sua malha viária e não no bem estar e na comodidade e conforto de seus CIDADÃOS!

    • Conforto é não ficar num onibus lotado ou trancado no transito.

      Essa obra é para as pessoas, para o bem estar da população, tem bastante calçada em excelente estado na região, não precisa mais do que ja tem.

      E se a preferencia do povo é por carros, não vai ser tu que vai mudar isso.

      • O velho pensamento conservador de que é impossível mudar as preferências da população. Sério, cada vez mais acho que tu é um fake do Augusto.

      • Mobus e Guilherme

        O problema não é pensamento conservador e nem do povo preferir carro em função de outro modal, o problema é de nunca ter estado em contato com outra realidade. Vou dar um depoimento pessoal que talvez explique melhor o que falo.
        Morei algum tempo fora do país, morava numa pequena vila afastada uns doze quilômetros da cidade principal, nesta cidade havia linhas de tramwail que levavam os passageiros do campus universitário (afastado do centro), ao centro da cidade. Durante a semana, quando necessitava ir até o centro, pegava meu automóvel (um Skoda Favorit – para não pensarem que era uma mercedes!) e me deslocava até o campus, estacionava tranquilamente o automóvel e pegava um confortável tramway até o centro da cidade. O que ganhava com isto, não pagava estacionamento, não precisava dirigir num trafego mais intenso e não me estressava.

        No fim de semana, quando queria ir a um cinema, pegava o carro e ia até o centro. Qual a vantagem? Não pagava o estacionamento, não precisava dirigir num tráfego intenso e chegava mais rápido ao cinema.

        Resumo de tudo: Se o povo tiver alternativas agradáveis de transporte público, que diminuam a sua incomodação, eles vão optar pelo transporte público!

  12. Gilberto, essa fotomontagem é para a passagem de nível da Cristóvão.

  13. Me parece claro. Grande parte dos moradores da região venderam ou locaram seus imóveis para empreendimentos comerciais, criou-se um tráfego intenso, que por exemplo as 8 horas da manhã fá tem um engarrafamento de quase 300m.

    Este engarrafamento contínuo promove uma poluição muito maior do que as árvores que serão retiradas absorvem de CO², em resumo o balanço do túnel na Anita é positivo.

    Agora os comerciantes e os moradores restantes querem que se ponha o tráfego a onde. Nunca vi reclamarem por pouco transporte coletivo.

    Cria-se o problema e se quer soluções mágicas.

    Quanto a praça Japão, não esqueçam que ainda moram na praça membros proeminentes de nossa sociedade ($$$$$), ou seja, cada um deles com um carro para cada morador e mais para o motorista e demais serviçais.

    Olha, isto está me cheirando muito mal.

    • Pode até ser verdade que vejamos uma diminuição das emissões veiculares de quem trafega em linha reta, mas o laço de quadra tem um impacto claro:

      1) a circulação em baixa velocidade e rotação, advindas das diversas curvas do trajeto, é menos eficiente e mais poluente
      2) este laço de quadra terá pelo menos uma placa de “pare” forçando para-e-arranca, e a poluição associada
      3) provavelmente se optará por colocar um pare no outro laço – repetindo o impacto do para-e-arranca
      4) este laço de quadra adiciona carga nova ao trecho entre o viaduto da Nilo e a passagem de nível

      Acho que, em vista disso, não dá pra justificar a remoção das árvores como propões. Na melhor das hipóteses, daria zero-a-zero.

    • A absorção de CO2 não é a única vantagem que as árvores trazem. Elas também reduzem a poluição sonora (que vai aumentar com a passagem de nível), reduzem a temperatura local (que vai aumentar com a passagem de nível), deixam as ruas mais bonitas e agradáveis, dão suporte à fauna nativa da região, etc.

      • Marcelo.

        Se verificares nos projetos viários das grandes cidades europeias há formas de evitar este provável aumento de ruído para fora deste túnel, isto onerando em quase nada o projeto.
        Agora isto precisa imaginação, conhecimento e trabalho, e me parece que o Senhor Prefeito não é dado a incentivar projetos deste tipo.

      • Marcelo

        Uma árvore plantada na Anita, ou num parque ou ruas que estão completamente sem arborização, faz o mesmo efeito em termos globais, quanto ao microclima, chamo a atenção que provavelmente com a retirada das árvores a circulação de ar que é comprometida pela presença de grandes imóveis até melhore. 60 árvores não alteram em muito o microclima da região, se os edifícios que foram construídos não tivessem a cara de pau de conservar nomes como “Figueiras da Anita (ou algo semelhante)” e ao mesmo tempo cortar todas as figueiras que existiam no terreno o microclima não seria alterado. O problema principal não é substituir asfalto por concreto, mas sim substituir área permeáveis por áreas permeáveis.

        Há inclusive trabalhos técnicos em que são medidas as condições climáticas dentro de uma cidade (trabalhos nos USA é claro), e as coisas não são tão lineares e simples assim (porém não são tão difíceis) (vide – Microclimatic thermal comfort analysis in cities for urban planning and open space design. ou em Vegetation in the urban environment: microclimatic analysis and benefits), há tanto a influência positiva no aumento da evapotranspiração, que numa cidade com grau de umidade como Porto Alegre tem suas limitações, como na circulação de ar que se barrada dá uma sensação térmica desagradável.

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