A produtora de celulose Fibria espera concluir a venda de terras no Rio Grande do Sul até o fim deste ano e está analisando propostas pelos ativos florestais. Além disso, o presidente da companhia, Marcelo Castelli, afirmou que a empresa mantém a posição sobre o projeto para uma nova linha de produção em Três Lagoas (MS), cuja ampliação está prevista para 2014.
As terras ficam no entorno de Rio Grande, RS..
Em maio do ano passado, a empresa informou que estudava vender os ativos florestais do Projeto Losango -plano que não foi levado adiante para uma fábrica da antiga VCP, que junto com a Aracruz deu origem à Fibria.
Dos três mega-projetos de produção de papel e celulose no RS (cada investimento foi calculado em US$ 1,2 bi) ficou apenas o da ex-Borregaard. Os projetos da Fíbria e da Stora Enso foram abandonados.
A operação se insere na estratégia de redução da dívida bruta da companhia, que no primeiro trimestre deste ano somava 11 bilhões de reais, alta de 8 por cento sobre um ano antes.
Políbio Braga – com informações da Reuters
Categorias:Economia, Economia Estadual
Sou Engenheiro Industrial Madeireiro e escrevi meu Trabalho de Conclusão de Curso sobre o Projeto Losango e por quê o mesmo foi adiado/cancelado. Concluí que a ação dos “anti-papeleiras” não teve influência sobre o cancelamento do Projeto. A VCP conseguiu todas as licenças que esperava obter (apesar da demora que houve). 3 fatores foram decisivos: i) Valorização brusca e rápida do dólar frente ao real, fazendo a VCP perder bilhões com derivativos cambiais. ii) Queda na demanda de celulose, que trouxe consigo (oferta x demanda) queda no preço da mesma. Tudo por causa da crise global de 2008. iii) Fusão com a Aracruz formando a Fibria. Ao formar uma nova empresa, a cia nasceu endividada (pelo preço pago aos ex-acionistas da Aracruz e pelas perdas com derivativos cambiais), sem grande poder de investimento no curto prazo, com uma disposição de ativos, nova diretoria, novo conselho de administração. Tudo novo. Também é importante salientar que o projeto de Três Lagoas remete há 20 anos atrás, também demorou a sair. E o principal: a International Paper garante a compra de 20% de toda produção de celulose produzida na planta do MS.
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Marcelo
Boa explicação, se não tivesse a feito começariam a falar do partido A ou do B e daí por diante.
Mas parece claro a culpa é a crise internacional.
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Muito bom! Nada como alguém que estudou o assunto de verdade para trazer a informação completa! Muito obrigado!
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Marcelo, obrigado pelo comentário e a explicação! Você deve estar certo, afinal estudou o caso. Caso queira escrever um artigo sobre o caso, resumindo o teu estudo, terei o máximo prazer em publicar no Blog. Grande abraço!
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Obrigado pelas palavras. Vou escrever e te mando. forte abraço!
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Marcelo. Parabens pela exposição objetiva e correta. É uma pena que um projeto desta envergadura tenha sido adiado ou cancelado. Carlos
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Agora veremos o que causa mais dano, o deserto verde das plantações de eucaliptos para a fabrição de celulose, ou cidades que ficaram um deserto por causa da perda desses investimentos internacionais.
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Muitos ativistas comemorando agora, existe muita discussão sobre os efeitos do plantio em massa de Araucárias, muitos dizem que ele “seca” muito rapidamente o solo e tira a sua produtividade.
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Tá faltando grana na Europa para investimento, o que eles estão fazendo é vendendo seus ativos aqui para tapar os buracos na matiz.
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Bom então não tem nada a ver com a notícia, já que a Fibria é uma empresa brasileira controlada pelo grupo Votorantim.
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Pelo que eu saiba a Stora Enso é italiana, quanto a Fibria realmente não conheço quais são os seus acionistas.
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Rogério, a Stora Enso é finlandesa (http://pt.wikipedia.org/wiki/Stora_Enso). E a Fíbria é resultado da fusão da VCP (Votorantin Celulose e Papel, brasileira) com a Aracruz Celulose (também brasileira). Só pra lembrar a VCP era do Antonio Hermírio de Moraes, um dos homens mais ricos do país.
Fibria: http://www.fibria.com.br/pt/
Stora Enso: http://www.storaenso.com/
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Gilberto
Parece que o Marcelo abaixo explica o que houve, errei duas vezes o países, mas acertei na crise.
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Sim Rogério. Me parece que o Marcelo está correto. Acabei de comentar com o Políbio Braga e ele diz o mesmo. O Marcelo está certo.
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