Porto Alegre vai ganhar DOIS viadutos estaiados nos próximos anos. MAS JÁ EXISTE GENTE CONTRA.

Surpresa geral !

Não será somente o Viaduto da Pinheiro Borda que será estaiado. O da 3ª Perimetral sobre a Bento Gonçalves também será.

O Viaduto da Bento Gonçalves terá 540 metros, sendo 50 metros em vão livre, estaiados. Terá o total de 6 faixas, 4 para carros e 2 para ônibus como o restante da 3ª Perimetral.

A Prefeitura admite que estes projetos visam ao embelezamento da cidade.

Quando serão inaugurados?

A novidade se materializará na Copa de 2014. Um pouco antes do evento, a cidade deverá ganhar um viaduto estaiado misto (os cabos são içados somente no pórtico central da estrutura) sobre a Avenida Padre Cacique, próximo ao Museu Iberê Camargo. Ele fará a transposição da Padre Cacique entre as avenidas Pinheiro Borda e Edvaldo Pereira Paiva.

O projeto maior, porém, virá depois da Copa. Uma megaestrutura estaiada de dois andares — em cima passarão carros e, embaixo, ônibus — atravessará sobre a Avenida Bento Gonçalves pela Avenida Aparício Borges/Salvador França (3ª Perimetral).

Terá 540 metros de comprimento, seis faixas de tráfego (duas para ônibus e quatro para os demais veículos) e vão livre (sem vigas) de 50 metros de extensão.

O viaduto da Pinheiro Borda custará R$ 28 milhões e o da 3ª Perimetral, R$ 76 milhões.

A prefeitura usa o valor de R$ 21 milhões do futuro viaduto da Avenida Julio de Castilhos, não estaiado, como comparação de valores porque suas dimensões são equivalentes às do que será construído na Pinheiro Borda. Quer dizer, uma estrutura estaiada tem preço 33% maior do que a usual.

Assessor técnico da Secretaria Extraordinária da Copa 2014, o engenheiro Rogério Baú usa constantemente a palavra “esbelteza” para defender os viadutos estaiados. A segurança no trânsito também é citada pelo engenheiro.

— Para a gente fazer esse prolongamento da Pinheiro Borda, precisamos vencer um grande vão. Para isso, seria preciso colocar muitos pilares, tornando a Padre Cacique insegura para os motoristas. A alternativa é um viaduto estaiado. Além disso, temos a questão da poluição visual — explica.

Pra variar, o IAB já está se metendo e pedindo debate público sobre as obras.

Claro, Porto Alegre não pode se embelezar como São paulo, Rio de Janeiro, Natal ou outras várias cidades pelo país e pelo mundo.

Isso é ridículo e merece que fiquemos de olho e nos manifestemos sobre isso publicamente.

PORTO ALEGRE MERECE FICAR MAIS BONITA!

Chega de gente contra !

Veja algumas fotos de pontes e viadutos estaiados pelo BRASIL.

São muitas as cidades e locais que possuem. Por que aqui em Porto Alegre é tão difícil?

Será que há algum interesse eleitoreiro por parte de alguém no IAB e esta pessoa quer chamar atenção com esse discurso?

Viaduto estaiado da Unisinos, BR-116 – São Leopoldo, RS. Primeiro viaduto estaiado do estado. Foto Ramiro Furquim, Sul21

Ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira – São Paulo, SP Foto: Adão W. Filho

Ponte estaiada João Isidoro, Teresina, PI

Ponte estaiada em Natal, RN

Projeto de ponte estaiada em Guarulhos, SP

Ponte estaiada sobre Rio Tietê, em São Paulo, SP

Ponte estaiada sobre Rio Negro, em Manaus, AM

Ponte estaiada Rio das Ostras, RJ

Ponte estaiada no Rio de Janeiro, RJ

Ponte estaiada em Belém, PA

Ponte estaiada na divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul

Ponte estaiada Sérgio Motta, Mato Grosso

Ponte estaiada em Rio branco, AC

Ponte estaiada Juscelino Kubitscheck, Brasília, DF

Matéria: Gilberto Simon – Porto Imagem

Fonte: imprensa local e Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito, Viadutos e pontes estaiadas

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149 respostas

  1. É muito provincianismo achar que viaduto estaiado é sinônimo de progresso. Achei que fosse privilégio de leigos. Tanto um viaduto quanto o outro são agressões a beleza e a inteligência dos profissionais desta cidade. A poluição visual causada pelo da pe. cacique está eternizada. E pra vencer um vão de qto? Aquela estrutura ridícula em forma de M sequer apóia o vão central. Salve o IAB e seu espírito crítico e profissional de sempre. Aos fãs do ‘progresso’, meus mais sinceros desejos de que tenham a oportunidade de morar numa cidade que considerem “desenvolvida”, o qto antes. Certamente não será a mesma que a minha. Qta bobagem meus caros.

  2. pra mim tem pessoas que vive de passado que vao a museus pois estamos seculo 21 e porto alegre parou no tempo qualquer obra boa para a cidade e mutivo de politica dos contra tudo que e bom para acidade de porto alegre que nao gosta mordenidade que va morar no interior ou no meio do mato para ai porto alegre era para ser metropolis america do sul melhor mercosul um abraço

  3. Andando pelas ruas de Porto Alegre quando passei sob um grande viaduto, me veio na mente que a maior utilidade dos grandes viadutos não é para os valorosos carros que passam por cima, e sim para aqueles que dormem por baixo.

  4. Aviso geral:
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  5. Só eu tenho medo de como vai ser o viaduto da Bento. Será um viaduto imenso de dois andares (um pra ônibus e outro pra carros ) e estaiada bem numa área bastante urbanizada. Ai8nda não foi publicado os renders, quero os renders.

  6. olá, Gilberto, acredito que foi justamente o primeiro comentario do teu post que levou todo o debate a sair do eixo do tema ao citar “cambada do IAB”. acho que ali começou a falta de respeito pela importancia do debate e gerou a serie de comentarios agressivos. tenho certeza que nao gostarias de ler num site que pretende ser respeitado algo como “a cambada do portoimagem opina isso ou aquilo”. 😉 um abraço. marina

  7. Pessoal, manerem nos comentários pessoais. Procurem escrever sobre o tema e não se o cara que comentou é engenheiro, arquiteto, gari, jardineiro…
    Mantenham o nível. Não moderei nenhum comentário até agora. Mas se for preciso deletarei os mais inflamados. A discussão quando baixa o nível perde totalmente o brilho. Esse recado é especial pra Bianca. Mas serve pra todos os outros.

  8. Me digam se eu estou enganado, mas:

    – o IAB RS é uma entidade de classe que tem por objetivo maior proteger seus associados e seus interesses
    – é cobrada uma taxa anual dos associados de 180 reais, portanto gera renda, não é uma ONG e não há prestação de contas à população em geral.

    É portanto, tal qual o CREMERS, uma associação que existe para gerar renda para sua classe, o que não está errado, embora eticamente conflitante em algumas situações.

    O ponto de confuso dessa questão é o fato de que o IAB está se posicionando como se tivesse como maior preocupação o bem comum, quando a preocupação do IAB é na realidade gerar renda para seus associados. Para isto insiste na realização de concursos públicos que gerarão renda direta ou indireta para os arquitetos. Nada de errado até aqui.

    O problema começa quando o IAB sobrepõe os interesses dos seus associados aos interesses da população ao por em risco a realização de obras sem graves problemas.

    Com esta política, a direção do IAB pode até estar conseguindo atingir seus objetivos, mas está gerando rejeição em igual ou maior medida. O motivo é muito simples: todos sabemos que é dificil ver obras sendo realizadas e não queremos que criem empecilhos quando estas obras estão progredindo, mesmo que as obras não sejam ideais.

    Se o objetivo do IAB RS é o bem comum, então deve pedir uma reunião com o prefeito de forma a regimentar um processo para que o IAB seja envolvido desde o início dos projetos.

    O IAB não tem o poder de ditar os rumos da arquitetura da cidade, embora seus associados sejam os maiores responsáveis por isto. O governo foi eleito por representatividade popular e fala em nome de toda a população. O mesmo NÃO pode ser dito do IAB, que deve satisfações apenas aos seus associados.

    Eu sou a favor da arquitetura como um todo, quero ver uma cidade mais bonita e só os arquitetos são capazes de nos dar isso. Quero que as obras aconteçam e para isto é imperativo aproveitar o momento político favorável. Portanto, não quero que qualquer organização as ponha em risco sem a TOTAL garantia de que está agindo pelo bem comum e evitando grande mal à população.

    • sim …você está engando. Leia is jornais e acompanhe o site do IAB que vai clarear tua equivocada idéia acerca dessa instituição sexagenária. Abs.

    • Perfeito Adriano !!!!

      Exatamente o que penso !

    • Te convido a ler o post acima do Rafael Passos que esclareceu porque o IAB se “meteu” só agora no assunto dos viadutos.

      Mas sou boazinha e te resumo: QUANDO é que se ouviu falar de viaduto estaiado nessa cidade antes dessa semana? Não se ouviu, simplesmente jogaram que a ponte vai ser estaiada!

      Que foi o que fizeram com a orla, com o cais, com a ciclovia, com isso, com aquilo e com os projetos futuros.

    • Acho que vou transformar este teu comentário em um post. Ta muito bom, simplesmente perfeito.

      • Fico grato em ajudar. Gostaria que fizessem concursos como o IAB pede, mas não sob o risco de atrasar a obra. A prioridade é resolvermos o trânsito. A beleza do viaduto vem em segundo lugar.

        • Pra mim, a prioridade é o bem estar das pessoas. Se construir viadutos para “resolver o trânsito” vai gerar bem estar para uns e mal estar para outros, devemos pensar em outras soluções. Viaduto é coisa do passado. Se fosse algo bom, não estaríamos pensando em perfumarias como obras estaiadas e tal…

  9. O IAB está se manifestando somente agora, e propondo a discussão pública dos projetos, porque somente agora estes projetos se tornaram de conhecimento público.
    Pergunto: constam estas obras do Plano Diretor, aprovado por esta mesma gestão (ou seja, há continuidade de trabalho)? Creio que não.
    Portanto, é este o momento de questioná-lo. Não é o IAB que está atrasado em propor o debate, é a Administração Municipal que tardou em publicá-lo.
    É bastante conveniente esta postura adotada por este site, de sair atacando o IAB, atribuindo-o o rótulo de “contra”.
    O IAB não é contra, antes sim a favor do direito à gestão democrática das cidades, expresso no Art. 2º, Inciso II, da Lei Federal 10.257/11, o Estatuto da Cidade.

    Quanto a acusações levianas e difamatórias, preferiria não ter que mencionar, no entanto, cabe responder que nenhum dos eleitos a cargos do IAB é remunerado por seus trabalhos. Trata-se, sim, de um esforço voluntário de arquitetos que atuam profissionalmente em seus escritórios, ou como funcionários de órgãos públicos ou empresas privadas, ou ainda como professores da área.

    O IAB/RS tem longa trajetória de mais de 60 anos marcada pela pluralidade de ideias, pelo apartidarismo, em seu empenho pela valorização da arquitetura e urbanismo.

    Respeitosamente.
    Arq. Rafael Passos
    Secretário Geral do IAB/RS – gestão 2012-2013

  10. Um exemplinho que já está ocorrendo em Curitiba, o viaduto 129 metros vai ser construído pela módica quantia de 84,49 milhões, e vocês sabem por quem? Pela C. R. Almeida.

    • A passividade bovina dessa cambada que posta ser contra a abertura do processo à comunidade deve impedir que consigam entender o que muito bem escreveste, Rogeriomaestri, parabéns.

      • O pior é que depois de construída a obra e o custo atinge dez ou mais vezes o custo que teria outro tipo de obra (como no caso de Curitiba), sai todo mundo reclamando do super-faturamento.

        Eles ignoram que a melhor hora de fazer uma maracutaia deste tipo é durante o projeto, e quanto maior a transparência na escolha do projeto e na concepção do mesmo mais barato ele fica!

        Depois não sabem quais os motivo que em outros países demoram anos para o projeto e meses para a construção, com um custo muito inferior as obras que temos no Brasil.

    • 84,49 milhões?!?!

      Com isso dá para construir 3km de Aeromóvel!

      • Na notícia original da ZH o engenheiro Rogério Baú dá ênfase a perfil esbelto que propicia um viaduto estaiado, porém isto não é a única forma de se obter um perfil esbelto e elegante, me parece que meus colegas engenheiros esquecem o passado e caminham para trás na arquitetura e engenharia em Porto Alegre, eles simplesmente não tomam como exemplo o que já foi construído para pensar no futuro.

        QUAL A PONTE MAIS BONITA QUE ATRAVESSA O ARROIO DILÚVIO? Disparado é a ponte da Azenha, que é das pontes mais bonitas, mais esbeltas e MAIS ANTIGAS do arroio.

        Será que a engenharia e arquitetura gaúcha desaprendeu o que fez no passado?

        • Vamos lá então Rogério. Tragam exemplos, com fotos, de pontes (tirando as micro pontes do Dilúvio por favor) esbeltas e que consigam vencer grandes vãos sem ser as estaiadas. Que eu saiba uma ponte estaiada não é só pela beleza que é usada e sim pela sua função. Não é fácil em termos tecnicos resolver essa questão. Como construir grandes vãos livres sem o uso dos cabos de sustentação. O mundo todo usa isso como forma de solucionar esta questão.

          Existe outra maneira ?

          Tragam.

          Proponham !

          Não se acanhem gente !

          Contribuam com a cidade !

        • Gilberto

          Primeiro, toda a estrutura suportada por arcos consegue um grau de esbeltez muito maior do que estruturas com vigas lineares, o exemplo que dei da ponte da Azenha construída numa época em que os materiais eram muito piores do que os de hoje em dia é um desses casos,

          Segundo, no caso de vãos como destes viadutos, o emprego de estais não aumentarão muito a esbeltez do viaduto, pois outros esforços que não os de flexão (como por exemplo o esforço de compressão sobre o tabuleiro da ponte) limitarão a esbeltez desta estrutura.

          Terceiro, há pontes e estruturas não esbeltas que são também belas, tudo depende da criatividade do arquiteto e da capacidade do engenheiro calculista.

          Quarto, o teu Blog não permite a colocação de figuras, logo fica meio difícil eu mostrar exemplos.

          • Rogério, uma vez com o link da imagem, é só por o link que qualquer pessoa clica e acessa.
            Caso não tenha onde hospedar as imagens, manda para o Blog que hospedo no próprio Blog. E te envio o link pra postar no teu comentário. O Blog está a disposição de vocês para qualquer coisa que contribua com as discussões.

      • Até a “nossa” estaiada tá mais em conta! E olha que é a “ooooh Curitiba”

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